Capitulo 59: Então Me Ame

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Depois que o Bruno estacionou o carro na garagem do prédio, eu saí sem falar nada e parei em frente ao elevador.

- Está quebrado. - Bruno avisou, depois de parar ao meu lado e ler o papel que estava grudado na porta do elevador.

"Em manutenção"

- Ótimo. - resmunguei, e olhei em volta. - Vou de escada.

Comecei a andar em direção às escadas, mas Bruno segurou meu braço me fazendo parar.

- Está brava comigo? - perguntou, confuso.

- Não. - respondi, e me afastei do seu toque.

Abri a porta que levava até às escadas e quando subi o primeiro degrau, Bruno me chamou de novo.

- Queria que eu fizesse o que, Helena? - ele perguntou, irritado. - Ele te ofendeu na minha frente. Queria que eu só fosse embora?

Depois que a palavra "vadia" saiu da boca do Diego, Bruno deu um murro tão forte nele que deixou meu ex sóbrio em um segundo.

Mas, eu não estava brava por causa disso.

Na verdade, eu estava pouco me fudendo para o Diego.

- O problema não é você bater no Diego. - falei. - O problema é essa situação toda.

Sentei no degrau da escada sentindo meu corpo todo dolorido.

Eu precisava de uma boa noite de sono.

Bruno sentou do meu lado e ficou me olhando como se estivesse esperando eu desabafar.

- Eu estou cansada de achar que finalmente vou ter um dia de paz e no final acabar desejando que todo mundo vá a merda.

Eu só queria ter chegado no apartamento e ter contado para o Bruno sobre a gravidez. Mas não, uma coisa ruim tinha que acontecer e acabar com a minha noite.

- Agora vai ficar tudo bem. - ele disse, para me consolar.

Senti vontade de rir.

- Até quando? - perguntei, e encarei seus olhos. - Até seu pai surtar e tentar separar a gente de novo? Até minha mãe aparecer e encher meu ouvido de merda?

- Quer fazer o que, Helena? Quer terminar?

Segurei seu rosto deixando sua boca perto da minha.

- Não, claro que não. - respondi, odiando o fato dele achar que eu estava desistindo. - Você é meu. Eu não vou, e nem posso ficar longe de você.

Só de pensar nisso eu sentia um aperto no peito.

- Então não deixa eles te perturbarem mais. - exclamou. - Vamos enfrentar tudo isso, como fizemos até agora.

Tirei minha mão do seu rosto e olhei para frente encarando a porta.

- Eu só... - suspirei, me sentindo cansada. - Não sei mais como te contar.

Bruno colocou a mão nas minhas costas e por mais que não fosse o momento, eu senti um frio na barriga tão gostoso que os dedos dos meus pés dobraram.

Vou culpar a gravidez por estar mexendo com meus hormônios.

- Contar o que? - Bruno, perguntou, alheio as reações do meu corpo.

- Eu descobri faz alguns dias e seu pai também sabe, por isso ele se desculpou com você. - falei, ignorando minha excitação e focando no que importava naquele momento. - Eu estou grávida.

Bruno parou de acariciar minhas costas e ficou tão quieto que me preocupou.

Encarei novamente seu rosto e vi que ele estava me olhando de um jeito tão intenso que engoli em seco.

- Era isso que eu queria ter te contado quando falei que deveríamos ir embora da boate. - continuei. - Mas então Diego apareceu e você acabou batendo nele.

Quem deveria ter batido no Diego era eu, mas eu estava tão assustada que naquele momento só fiquei observando.

Passei a mão no cabelo dele ficando inquieta com o seu silêncio.

- Não vai falar nada? - perguntei, e no fundo eu estava começando a me arrepender de ter contado.

Será que eu estava enganada de novo e ele não estava feliz de saber da gravidez?

Meus olhos ameaçaram arder só de pensar nisso...

- Eu te amo. - Bruno exclamou, de repente com os olhos brilhando. - Meu Deus, como eu te amo.

- Você gostou? - perguntei, ainda insegura.

- Se eu gostei? - ele sorriu. - Vou comprar uma aliança amanhã mesmo porque pelo jeito você não acredita ainda que estou aqui para ficar.

Não conseguindo me segurar, eu pulei em seus braços e afundei meu rosto no seu pescoço sentindo seu cheiro.

Bruno me abraçou de volta me puxando para seu colo com uma perna de cada lado do seu corpo.

- Helena... - ele murmurou, e eu percebi que comecei a me mexer em seu colo de forma inconsciente.

Com tudo que aconteceu hoje, eu precisava dele de todas as formas possíveis.

Afastei meu rosto do seu pescoço e encarei seus olhos encostando minha testa na sua.

- Você não me ama? - perguntei, ainda me mexendo fazendo ele apertar minha cintura. - Então me ame.

Bruno me beijou colocando sua língua na minha boca me fazendo suspirar.

Tirei sua jaqueta e quando tentei fazer o mesmo com sua blusa, ele foi mais rápido e me impulsionou para cima fazendo meus seios ficarem na altura do seu rosto.

Segurei seu cabelo quando ele passou a língua nos meus seios por cima da blusa me fazendo segurar um gemido.

Eu estava tão excitada que realmente não me importei que estávamos nos pegando na escadaria do prédio.

O pensamento de alguém aparecer e nos flagrar fazia com que tudo ficasse mais excitante.

- Espera... - Bruno tentou falar, mas me inclinei na direção dele e mordi seu lábio inferior. - Não podemos fazer isso aqui.

Verdade.

Quem se importava?

Quando fui beijar ele de novo, Bruno segurei meu cabelo e puxou mordendo meu pescoço logo em seguida.

Eu sei que ele estava tentando me fazer enxergar a razão, mas aquilo piorou tudo.

- Helena. - ele estava implorando, mas não tinha forças para me tirar de cima dele, e isso me fez rir.

- Tá bom. - falei, e levantei segurando sua mão para puxar ele comigo. - Então vamos terminar isso lá em cima.

Bruno pegou sua jaqueta do chão e subiu às escadas comigo.

Assim que entramos no apartamento, ele me encostou na parede e voltou a me beijar pressionando seu corpo no meu.

Agora, que não tinha mais o risco de ninguém nos pegar, ele se soltou me fazendo ter certeza que na manhã seguinte meu corpo estaria marcado.

E eu mal podia esperar por isso.

Ele é o Filho Do Meu Padrasto // ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora