Capítulo 08: Essa Já É Minha

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Ainda segurando a cesta básica, entrei no vestiário masculino ao som de risadas e piadas cheias de segundas intenções

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Ainda segurando a cesta básica, entrei no vestiário masculino ao som de risadas e piadas cheias de segundas intenções. Metade dos garotos estavam sem camisa e pareciam muito animados em me ver naquele ambiente. Mas, eu não estava lá por eles, meu objetivo era um certo loiro de olhos azuis tão claros que pareciam refletir a porra do céu.

Andei até meu alvo reparando que ele também estava com o peito descoberto. E, para piorar tudo, parecia suado como se tivesse acabado de correr em volta do campo. Seu cabelo grudava em sua testa deixando o idiota mais agradável.

- O que está fazendo? - ele questionou, quando coloquei a caixa perto de seus pés.

- Isso tudo é culpa sua. Fala para eles pararem. - exclamei. - Eu não sou um cachorro que você resgatou ou sequer estou morando de favor na sua casa.

Franziu o cenho.

- Ainda nisso? Supera, Helena.

- Superar? É fácil falar quando não é você que está sendo tratada como uma desabrigada.

Ele sorriu e jogou o cabelo para trás deixando seu rosto livre.

- Deveria morder eles de volta. - sugeriu. - Você é boa nisso.

Senti um frio na barriga quando lembrei de quando ataquei seu pescoço na piscina. Tudo porque ele estava perto demais e me fazendo sentir coisas... nada apropriadas.

- Qual a dificuldade de fazer o que pedi? Eu saio do seu caminho, vou fingir que você nem existe. Só pede para eles me deixarem em paz.

- O problema é que eu sou um cara carente, não gosto de ser ignorado. - brincou, me irritando ainda mais.

- Você é um desgraçado, isso sim.

Estava quase pensando em partir para agressão, quando um colega dele se aproximou. Percebi que era o mesmo da primeira festa que estava com ele na sala de jogos da mansão.

- Que isso Bruno, ainda não me apresentou sua amiga. - o menino disse.

- Eu não sou amiga dele. - afirmei.

- Mas eu posso ser seu amigo se quiser. - disse, com bom humor. - Aliás, sou o Caio. A melhor companhia da escola.

- Fica fora disso. - Bruno pediu, sem mais sorrisos.

- Eu só estou sendo educado. - Caio se defendeu. - Ela pode muito bem decidir sozinha se me quer longe.

- Eu não estou brincando. - se manteve sério.

Agora o que, ele quer decidir até quem se aproxima de mim?

- Ou você vai fazer o que? - chamei sua atenção de volta. - Não importa de verdade quantos deles se aproximem. O única que nunca terá chance é você.

Ouvi mais risadas como se fôssemos um espetáculo.

Bruno manteve seus olhos nos meus como se tivéssemos em uma batalha. Por alguns segundos, senti que só tinha ele comigo no vestiário.

Ele é o Filho Do Meu Padrasto // ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora