Capítulo 80: Você Pode Tentar

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Quando Bruno chegou, eu estava sentada no sofá assistindo tv

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Quando Bruno chegou, eu estava sentada no sofá assistindo tv. Depois de me dar um selinho, ele subiu para o quarto e foi tomar banho. E, assim que ele voltou e sentou ao meu lado, eu não estava mais prestando atenção no filme que passava.

- Você me disse que saiu com a Ângela, como foi? - ouvi a voz dele quebrar o silêncio.

Dei de ombros.

- Foi legal. - respondi, e meus olhos continuaram na televisão.

Mas eu estava atenta a cada movimento que ele fazia.

- E você fez mais alguma coisa "legal" hoje? - perguntou, novamente.

- Não muito. - respondi. - E seu dia?

- Normal.

- Que bom.

Não gostando das minhas respostas, Bruno sentou um pouco mais perto e quando seus dedos tocaram minha coxa, eu senti meu corpo reagir imediatamente. Mas, meu namorado não parecia querer nada, só ficou me tocando enquanto seus olhos também foram para a tv.

Ele encostou suas costas no sofá e continuou acariciando minha pele.

- Meu pai acha que você deveria passar com o médico da família. - comentou.

- Ele acha que o médico que escolhemos não é bom? - perguntei, finalmente virando o rosto para olha-lo.

- Não exatamente. Ele afirmou que o dele é mais confiável. - contou.

- Você acha que ele está certo?

Ele sorriu sem humor.

- Eu acho que ele odeia não ficar no controle. Se você passar com o médico da família, meu pai vai saber de tudo.

Isso era bem a cara do Damon mesmo.

- E vamos fazer o que? - perguntei.

- Vamos deixar as coisas como estão. - respondeu. - Isso vai endoidar ele. Mas quem realmente se importa?

Eu sabia que no fundo Bruno gostava de provocar o pai. E, que mesmo que tentasse esconder, ele se importava. Mas, fiquei quieta e assenti diante de suas palavras.

- Hum... Que cheiro é esse. - ele de repente se inclinou na minha direção e a ponta do seu nariz tocou meu pescoço.

Então lembrei do perfume que a Ângela me deu de presente.

Era óbvio que só de olhar a embalagem do perfume você percebia como ele era caro, mas, quando fui negar, ela começou a fazer drama.

- Ângela me deu. - respondi, e senti meu sangue esquentar quando sua respiração bateu na minha pele. - Ela disse que combina com minha personalidade.

O cheiro daquele perfume era tão bom que depois do banho eu não aguentei e passei um pouco no meu corpo.

- Eu concordo com ela. - e sem tirar o rosto do meu pescoço, ele segurou minha outra perna que não estava do seu lado e tentou puxar ela em sua direção.

E pronto, era assim que começava.

Sentindo meu coração batendo mais rápido que o normal, eu lembrei do que comprei mais cedo.

- O que acha da gente jogar baralho? - perguntei, quando senti a ponta da sua língua no meu queixo.

Vendo que ele não estava me ouvindo, eu dei um pulo do sofá sabendo que mais um pouco ali e eu ia acabar me entregando.

- É sério. Vamos jogar baralho. - falei, agora de pé na sua frente.

Bruno estava com a respiração acelerada e pareceu ter dificuldade para processar minhas palavras.

- Baralho?

- É. - respondi. - Eu comprei. Vou pegar.

Andei até a cozinha e assim que peguei a sacola com o baralho em cima da mesa, eu respirei fundo.

Vamos lá, Helena.

Voltei para sala e Bruno continuava no mesmo lugar.

- Senta no chão comigo. - pedi, e sentei no tapete cruzando as pernas.

Bruno ficou me olhando como se não acreditasse muito no que estava acontecendo, mas no final, levantou e se aproximou.

Eu tirei o baralho da sacola quando ele sentou na minha frente com as costas apoiadas no sofá.

Quando as cartas estavam livres nas minhas mãos, eu quis me bater quando lembrei de um detalhe muito importante.

Eu não sabia jogar baralho.

- Tudo bem? - ele perguntou, vendo minha expressão.

- Tudo ótimo. - eu tentei sorrir. - Talvez você devesse começar.

Ergui o baralho na direção dele e quando Bruno fixou seu olhar no meu, eu percebi que ele notou.

Droga.

- Não sabe jogar, né? - ele pegou as cartas da minha mão.

- Claro que sei. - menti.

- Está mentindo. Já falei que você não sabe mentir, Helena. - ele mexeu as cartas em suas mãos e se desencostou do sofá para colocar o baralho no tapete no meio de nós dois. - E está fugindo de mim. Por que?

Nesse momento, eu odiei como ele me conhecia tão bem.

- Não estou fugindo. Só acho que poderíamos jogar um pouco. - falei.

Ele franziu o cenho parecendo pensativo.

- Não vai me dizer que ainda está com aquilo na cabeça sobre transarmos demais?

Sabendo que não adiantava mentir, eu suspirei.

- E acha que estou errada?

- Já falei o que penso sobre esse assunto. - exclamou.

E eu lembrava muito bem da parte "me fuder cada segundo do dia".

- Só acho que deveríamos fazer uma coisa nova. - murmurei.

- Eu poderia te amarrar na cama e fazer você implorar para que eu a tocasse. - ele juntou as cartas e depois de guardar elas no pacote, ele jogou elas na minha direção. - Isso é novo o bastante para você?

- Eu estou falando sério, Bruno.

- E parece que estou brincando? - seu rosto era sério, e eu sabia que se eu deixasse, ele faria aquilo agora.

No entanto, eu foquei no desafio em seus olhos.

- Acha que não consigo ficar sem te tocar?

- Eu acho que pode tentar, mas no final, nós dois sabemos como essa noite vai terminar.

Eu peguei o baralho do chão, mas mantive meus olhos nele.

- Você não cansa de ser tão convencido?

Ele levantou do chão e começou a andar em direção às escadas, mas antes de subir, disse.

- Estou indo deitar, meu amor. Espero ansioso pela sua companhia.

E quando ele subiu, eu deitei no tapete e encarei o teto sabendo que Bruno estava certo.

Eu era incapaz de manter minhas mãos longe dele.

Mais tarde, naquela noite, eu deitei ao seu lado na cama e por mais frustrante que fosse não ter ele me tocando, eu resisti e fechei os olhos disposta a dormir.

- Tenha uma boa noite, Helena. - ele disse, e sua voz era pura provocação.

- Desejo o mesmo para você, Bruno.

Ele é o Filho Do Meu Padrasto // ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora