(CONCLUÍDA)
Livro Um
"Não é que seja proibido... é porque é real"
Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir?
Helena nunca imaginei mudar de país...
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Dias depois do evento no colégio...
- Quer se sentar como uma pessoa normal, Helena? - minha mãe exclamou, depois de ajeitar sua bolsa no ombro. - Vai acabar ficando com dor na coluna.
Me senti inquieta e resolvi sentar de cabeça para baixo no sofá. Meus pés estavam balançando no ar quando minha mãe entrou na sala.
- Estava me alongando. - falei, e sentei de forma certa. - Você vai sair?
- Dia de clube. - disse, e caminhou em direção a porta. - Tenta não colocar fogo na casa.
- Não prometo nada.
Ela saiu da casa me deixando sozinha. Com um suspiro, encarei a TV desligada na minha frente.
Minha vontade era de ir até o quarto do Bruno e perguntar até quando ele ia me ignorar.
O loiro não estava falando comigo, e por mais que eu tentasse não me importar, sempre me aproximava para ver se ele ia puxar assunto.
Mas nada.
Estava difícil seguir a regra de não me importar.
Levantei do sofá quando ouvi um barulho no corredor que ficava o escritório do Damon. Se a Lúcia estava na cozinha, Damon na empresa e minha mãe foi no clube... só podia ser o Bruno.
Andei em direção ao escritório sentindo meu coração apertado no peito.
Eu não gostava da ideia de ter magoado o Bruno, e a forma que ele me olhou na festa do colégio me fez ter certeza que eu fiz isso.
Parei em frente á porta do escritório e girei a maçaneta. Assim que entrei, vi o Bruno sentado na cadeira com os pés cruzados em cima da mesa.
Ele estava com uma postura relaxada enquanto segurava um livro.
Ele nunca esteve tão bonito.
Fechei a porta e andei até a mesa sabendo que ele já tinha notado minha presença.
No entanto, ele não desgrudou seus olhos do livro.
- Então... - falei, e cruzei os braços. - Quero falar com você.
- Que fetiche é esse em atrapalhar minha leitura? - perguntou, finalmente me olhando.
- Eu só quero saber até quando vai ficar me ignorando. - falei, não me intimidando com seu olhar.
- Talvez eu só quisesse ler. - ele fechou o livro e tirou as pernas de cima da mesa.
- Você não gosta de ler.
Ele ergueu uma sobrancelha na minha direção.
- Você não me conhece, Helena. - falou, e dessa vez, não consegui retrucar.
Respirei fundo antes de voltar a falar.
- Tem razão, eu não te conheço. - falei. - Eu só estou aqui por causa das coisas que disse na quadra.
- Sobre não sermos nada e só ficarmos de vez em quando?
Ele como sempre direto.
- É...
- Você acredita realmente nisso? - perguntou, me olhando com interesse. - É isso que eu sou para você?
- Não pode ser mais, então sim. - respondi.
- Não posso. - repetiu minhas palavras, e deu uma pausa. - Ou você não quer?
O fato de não conseguir responder aquela pergunta me fez ter um nó na garganta.
- Não importa o que eu quero. É isso que somos. - falei, finalmente.
Ele cruzou seus braços em cima da mesa enquanto seus olhos não desviaram dos meus.
- Pode importar pra mim.
A conversa estava tomando um rumo perigoso e eu novamente não consegui responder.
Ele suspirou e voltou a abrir seu livro.
- De qualquer forma eu estava lendo então se você não tiver mais nada para dizer, pode ir. - exclamou, voltando a colocar seus pés em cima da mesa.
- Sério? - estava surpresa com o fato dele estar obviamente me expulsando do escritório.
Bruno voltou a ler me ignorando completamente.
Encarei ele um pouco mais e então sai do escritório me sentindo frustrada.
Voltei para o corredor enquanto suas palavras estavam martelando na minha cabeça.