Depois que saímos do banheiro, Bruno deitou na cama para dormir, mas antes me emprestou uma blusa dele porque eu não tinha nada mais para vestir. Eu até deitei ao lado dele por alguns minutos, no entanto, fiquei com tanta fome que foi impossível não levantar e ir até a cozinha.
Não tinha muita coisa na geladeira para comer porque o Bruno não passava muito tempo aqui, então fiquei feliz quando encontrei 3 ovos.
Peguei a frigideira no armário e liguei o fogo querendo fazer um omelete.
Depois de tudo pronto, sentei na mesa para comer, mas senti uma vontade tão forte de vomitar que tive que respirar fundo para tentar segurar. Quando vi que não tinha jeito, corri até o banheiro que ficava no corredor e soltei todo meu café da manhã na privada.
Eu estava ajoelhada no chão tentando não vomitar de novo quando Bruno bateu na porta me assustando.
- Helena, tudo bem? - ele perguntou, preocupado. - Eu ouvi um barulho.
Só respondi ele depois que levantei do chão e passei a mão na minha boca.
- Tudo sim. - menti.
Eu ainda sentia meu estômago embrulhado, mas não tinha nada mais para soltar.
- Então sai. - pediu, não acreditando na minha responda. - Me deixa te ver.
- Já vou sair. - exclamei. - Eu coloquei minha roupa na secadora a um tempo, você pode ir lá ver se ela já secou?
Eu queria ganhar tempo para conseguir me ajeitar.
Não ia deixar ele me ver assim.
- Helena...
- Por favor, Bruno. - pedi, e me apoiei na pia. - Só vai lá.
Por fim, ele acabou se afastando da porta me deixando aliviada.
Dei descarga na privada e liguei a torneira para jogar água na minha boca. Fiquei feliz quando encontrei uma pasta de dente dentro da gaveta da pia.
Por mais que eu tentasse não pensar na Camila, as palavras dela estavam agora martelando na minha cabeça. E agora eu estava desconfiada que esses enjôos, não eram apenas enjôos.
Eu saí do banheiro e voltei para a cozinha. Chegando lá, eu joguei o omelete fora não sentindo mais fome.
- Sua roupa já está seca. - Bruno contou, depois que entrou na cozinha.
Eu sentei na mesa e olhei na direção dele.
- Obrigada. - falei, e vi que ele estava sem camisa e usava só uma calça de moletom. - Não quis te acordar.
Ele se aproximou e sentou do meu lado.
- Eu acordei assim que você levantou da cama. - disse. - Você está bem mesmo?
Segurei sua mão que estava em cima da mesa e sorri tentando tranquilizá-lo.
- Eu estou. Juro.
Ele apertou minha mão aceitando meu toque.
- Mas já que você acordou. Me fala como foi com o seu pai. - pedi, querendo mudar de assunto.
- Não adiantou nada ter ido falar com ele. - começou. - Meu pai continua achando que eu deveria ficar com a Charlotte. Não acho que ele vai mudar de ideia.
Eu sabia que isso machuca o Bruno. Damon estava fora de si, mas ele ainda era seu pai.
- Sinto muito. - falei.
- A culpa não é sua, Helena. - disse. - Ele que tem que parar de achar que pode mandar na minha vida.
Ele soltou minha mão e levantou para pegar a garrafa de café que estava em cima do balcão. Depois pegou duas xícaras e as colocou em cima da mesa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ele é o Filho Do Meu Padrasto // Concluído
Teen Fiction(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir? Helena nunca imaginei mudar de país...
