Livro Um
"Não é que seja proibido... é porque é real."
Até onde você iria por algo que sente de verdade?
Teria coragem de arriscar tudo - o que tem e o que ainda nem viveu - por um sentimento que nunca planejou?
Helena nunca imaginou mudar de país...
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- É espaçoso. - Ângela exclamou, assim que entramos no cômodo que seria o quarto do bebê.
- Eu já estou planejando comprar o berço. - contei, e andei até o meio do quarto já imaginando onde os móveis ficariam. - Sei que é cedo e minha barriga ainda não cresceu muito, mas quero ter algo para ele logo.
Eu li que a barriga costuma crescer no quinto mês e eu estava ansiosa. Minhas roupas iam ter que mudar e nada de calças jeans que eu tanto amava.
Ângela ficou perto da janela e fez uma careta.
- Aquele seu vizinho está fazendo aquilo de novo. - comentou.
Depois de parar ao lado dela, eu olhei pela janela e vi o vizinho perto do carro tomando banho de mangueira.
- Ele só quer uma namorada. - falei, e sorri. - Você não disse que pularia em cima de qualquer homem que aparecesse na sua frente? Então...
- Helena, por favor. - ela disse, e se afastou da janela. - Não vai rolar.
- O que? Ele é bonito. - insisti.
- Bonito ele até pode ser. Mas a forma que ele força para parecer sexy acaba me fazendo perder todo o interesse. - falou.
- É, não posso te culpar. - falei.
- E você não deveria se interessar tanto pela minha vida sexual. Não quando a sua está ativa. Nunca vi uma grávida transar tanto. Daqui a pouco vocês colocam outro bebê aí dentro.
Eu senti vontade de rir, então lembrei de hoje mais cedo.
- Não está tão ativa assim. - murmurei.
Ela me olhou com um sorriso nos lábios.
- Não vai me dizer que agora o lance do baralho está funcionando? - estava curiosa.
- Não, só joguei dinheiro fora comprando aquilo. - contei. - Depois que sai do hospital Bruno não está mais me tocando. Parece que tem medo de me machucar. Eu entendo ele, mas...
- Seus hormônios estão gritando. - completou, me entendendo. - Daqui a pouco o medo passa. Pelo que percebi, Bruno se preocupa demais com você, então não esperava outra reação dele.
Nesse momento, Alfredo entrou no quarto e começou a cheirar a parede.
- Pelo que conheço de gatos, ele quer mijar. - Ângela, disse.
Eu me afastei da janela e andei até o Alfredo pegando ele no colo.
- Eu comprei uma caixa de areia para você. - exclamei, e sai do quarto levando ele.
Depois que saímos do quarto e descemos às escadas, andamos até o banheiro do primeiro andar, e eu coloquei meu gato no chão.
- Aqui está. - falei, e apontei para a caixa de areia que estava perto do vaso.