Livro Um
"Não é que seja proibido... é porque é real."
Até onde você iria por algo que sente de verdade?
Teria coragem de arriscar tudo - o que tem e o que ainda nem viveu - por um sentimento que nunca planejou?
Helena nunca imaginou mudar de país...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Quando o sinal tocou anunciando o final da última aula, eu levantei e me despedi da Jennifer antes de sair da sala.
O corredor estava cheio de alunos e isso fez o espaço ficar pequeno. Fiquei contente quando vi o Caio no meio da multidão. Para chegar até ele tive que empurrar algumas pessoas.
- Você viu o Bruno? - perguntei, assim que me aproximei.
Caio se virou e me encarou.
- Oi pra você também, Helena. - debochou. - Como está?
- Bem, e você?
Ele sorriu satisfeito.
- Estou ótimo.
- Agora me fala onde o Bruno está. - ele ergueu uma sobrancelha. - Por favor?
- Eu acho que ele ainda está na sala. Não tenho certeza. - deu de ombros.
Uma morena de olhos verdes se aproximou e colocou um braço em volta da cintura dele.
- Vamos? - perguntou a recém chegada com a voz baixa. - Eu aceito aquela sua carona.
Caio abriu ainda mais seu sorriso quando olhou a garota.
- Vamos sim, Isa. - falou.
Ele se afastou com a menina me ignorando completamente.
- Tchau para você também, Caio. - murmurei, quando o mesmo já não podia me ouvir.
Me encostei na parede e peguei meu celular. Fiquei frustrada quando vi que meu pai não tinha respondido nenhuma das minhas mensagens. Disquei seu número e esperei.
- Alô. - uma voz irritante murmurou do outro lado da linha.
Minha felicidade morreu assim que eu reconheci aquela voz.
Paciência.
- Quero falar com o meu pai. Ele está? - perguntei, direta.
Não iria dar corda para a Camila começar a me encher.
- Ah, é você. - ela disse nada animada.
- Ele está ou não? - perguntei novamente.
- Talvez, mas eu não sei se ele vai querer falar com você.
- Por que você não passa o telefone pra ele e descobre?
- Seu pai está muito melhor sem você. Não precisa mais voltar.
Eu até podia imaginar ela encarando suas unhas enquanto falava.
- Escolha outra pessoa para despejar seu veneno, Camila. Passa logo o telefone.
Ela suspirou como se tivesse entediada.
- Não vai ser possível, Heleninha, meu marido está ocupadíssimo. E eu também tenho um compromisso. Tchau.