Capítulo 87: Mau Humor

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Na manhã seguinte, eu estava conversando com a Beatriz pelo computador quando Alfredo pulou no meu colo.

- Quem é esse? - minha amiga perguntou, do outro lado da tela parecendo curiosa.

Deixei minha xícara com café em cima da mesa e olhei o gato.

- É o Alfredo. - contei.

A ruiva franziu o cenho.

- Esse nome não é muito estranho para um gato?

Tirei o filhote do Fofo do meu colo ganhando em troca um rosnado nada amigável.

- Ele não merece um nome bonitinho. - falei. - Esse animal é a reencarnação do mal.

Bruno, que estava de frente para o fogão fazendo panquecas, me olhou.

- Reencarnação do mal? - perguntou, com um sorriso fraco nos lábios.

- Óbvio que ele é. Te falei o que ele fez ontem. - exclamei.

- Ah, eu lembro muito bem de ontem. - meu namorado disse.

Desviei meus olhos dele tentando não ficar constrangida na frente da Beatriz.

- O que ele fez ontem? - ela voltou a perguntar.

Nesse momento, atrás da minha amiga, seu irmão passou correndo.

- Garoto, se você cair e quebrar um dente eu juro que vou te deixar chorando no chão. - Beatriz disse.

Eu sorri vendo a cena.

Isso me fez lembrar do Jonh. Eu precisava ligar para a Camila para saber como ele estava.

- Voltando ao assunto... - a ruiva falou, quando seu irmão saiu da sala. - O que o Alfredo fez?

- Mijou no chão. - contei, escondendo a outra parte da história. - Eu sai ontem com a Ângela e compramos uma caixa de areia...

- Pera ai, você saiu com essa garota? - perguntou. - Vocês estão muito próximas?

Eu assenti.

- Sim, ela é legal. - afirmei, estranhando seu tom de voz. - Não sei qual é seu problema com ela.

- Problema nenhum. - respondeu, e suspirou. - Vou enfiar meu irmão no chuveiro. Aquele garoto anda fingindo que está tomando banho.

Depois de me despedir, fechei o notebook. Bruno se aproximou e colocou um prato cheio de panquecas na minha frente junto com um pote de mel.

- Quando você terminar a gente pode sair. - falou.

- Tudo bem.

Peguei um pedaço da panqueca para sentir o gosto e meu estômago deu pulos de alegria.

- Você cozinha muito bem. - falei. - Eu me mato para aprender a mexer nesse fogão.

Ele sentou na minha frente e cruzou os braços se inclinando na minha direção.

- Eu estava querendo falar sobre isso com você.

Terminei de mastigar a panqueca e encarei seus olhos azuis.

- Pode falar.

- Quando o bebê nascer você pode precisar de alguém para te ajudar. - começou. - Como a Lúcia ajuda na mansão.

- Quer contratar alguém para cuidar da casa? - perguntei.

Nunca pensei nisso, mas seria bom. Eu planejava voltar a trabalhar depois de ter o bebê, e alguém para cuidar da casa será uma ótima ideia.

Ele é o Filho Do Meu Padrasto // ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora