Na manhã seguinte, eu estava conversando com a Beatriz pelo computador quando Alfredo pulou no meu colo.
- Quem é esse? - minha amiga perguntou, do outro lado da tela parecendo curiosa.
Deixei minha xícara com café em cima da mesa e olhei o gato.
- É o Alfredo. - contei.
A ruiva franziu o cenho.
- Esse nome não é muito estranho para um gato?
Tirei o filhote do Fofo do meu colo ganhando em troca um rosnado nada amigável.
- Ele não merece um nome bonitinho. - falei. - Esse animal é a reencarnação do mal.
Bruno, que estava de frente para o fogão fazendo panquecas, me olhou.
- Reencarnação do mal? - perguntou, com um sorriso fraco nos lábios.
- Óbvio que ele é. Te falei o que ele fez ontem. - exclamei.
- Ah, eu lembro muito bem de ontem. - meu namorado disse.
Desviei meus olhos dele tentando não ficar constrangida na frente da Beatriz.
- O que ele fez ontem? - ela voltou a perguntar.
Nesse momento, atrás da minha amiga, seu irmão passou correndo.
- Garoto, se você cair e quebrar um dente eu juro que vou te deixar chorando no chão. - Beatriz disse.
Eu sorri vendo a cena.
Isso me fez lembrar do Jonh. Eu precisava ligar para a Camila para saber como ele estava.
- Voltando ao assunto... - a ruiva falou, quando seu irmão saiu da sala. - O que o Alfredo fez?
- Mijou no chão. - contei, escondendo a outra parte da história. - Eu sai ontem com a Ângela e compramos uma caixa de areia...
- Pera ai, você saiu com essa garota? - perguntou. - Vocês estão muito próximas?
Eu assenti.
- Sim, ela é legal. - afirmei, estranhando seu tom de voz. - Não sei qual é seu problema com ela.
- Problema nenhum. - respondeu, e suspirou. - Vou enfiar meu irmão no chuveiro. Aquele garoto anda fingindo que está tomando banho.
Depois de me despedir, fechei o notebook. Bruno se aproximou e colocou um prato cheio de panquecas na minha frente junto com um pote de mel.
- Quando você terminar a gente pode sair. - falou.
- Tudo bem.
Peguei um pedaço da panqueca para sentir o gosto e meu estômago deu pulos de alegria.
- Você cozinha muito bem. - falei. - Eu me mato para aprender a mexer nesse fogão.
Ele sentou na minha frente e cruzou os braços se inclinando na minha direção.
- Eu estava querendo falar sobre isso com você.
Terminei de mastigar a panqueca e encarei seus olhos azuis.
- Pode falar.
- Quando o bebê nascer você pode precisar de alguém para te ajudar. - começou. - Como a Lúcia ajuda na mansão.
- Quer contratar alguém para cuidar da casa? - perguntei.
Nunca pensei nisso, mas seria bom. Eu planejava voltar a trabalhar depois de ter o bebê, e alguém para cuidar da casa será uma ótima ideia.
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Ele é o Filho Do Meu Padrasto // Concluído
Teen Fiction(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir? Helena nunca imaginei mudar de país...