Por mais tentador que fosse passar o resto do dia deitada, eu sabia que não podia deixar o Bruno sozinho. Não em um evento como o que teria na mansão do pai dele. Era estranho voltar para aquele lugar. Um dia, tive medo de descobrirem que eu ficava com o Bruno, e agora, estávamos entrando pela porta da frente de mãos dadas.
- Você está linda. - ele sussurrou, assim que entramos em um salão que minha mãe usava para dar festas.
Eu sabia que ele estava sendo sincero, mas também estava tentando me distrair. Ele me conhecia e notou meu desconforto.
- Você não está tão ruim. - brinquei, quando paramos em um canto do salão.
Ele estava irresistível com aquele smoking que foi feito especialmente para ele.
Em volta, as pessoas conversavam e bebiam a vontade.
Eu reconheci algumas mulheres do chá da tarde, mas muitos rostos eram desconhecidos.
Bruno colocou a mão na minha cintura chamando minha atenção de volta para ele.
- E azul definitivamente combina com você. - disse, referente a cor do vestido que eu usava.
Eu sorri gostando da forma que ele estava me olhando.
- Você acha? - perguntei, e coloquei minha mão sobre a sua que estava na minha cintura. - Então você vai adorar o que eu estou usando por baixo.
Ele me puxou calmamente em sua direção para não chamar atenção das pessoas a nossa volta. Quando sua boca estava perto da minha orelha, eu apoiei minhas mãos em seu peito.
- Quando você pretende ceder e acabar com essa greve? - perguntou, e sua outra mão subiu para a parte de trás do meu pescoço. - Eu estou com saudades.
Depois da nossa noite na cachoeira, Bruno começou a me contar coisas do seu passado sempre que estávamos sozinhos. E, sem o sexo constante, a gente conversava mais.
Eu estava gostando.
No entanto, a vontade de voltar a ficar com ele era grande.
Grande demais.
- Se você prometer ser um bom garoto hoje. - exclamei.
Ele deu um beijo suave no meu pescoço e quando nos afastamos, um casal se aproximou para nos cumprimentar.
Eu falei um pouco com eles e me afastei para ir ao banheiro. Já conhecendo muito bem aquele lugar, eu não tinha porque pedir ajuda.
Quando vi minha mãe do outro lado do salão, passei rapidamente não querendo que ela notasse minha presença.
Entrei em um corredor e lembrei de quando ele me jogou na piscina depois de uma discussão idiota.
Essa mansão era cheia de lembranças boas de nós dois, e isso me relaxou um pouco.
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Ele é o Filho Do Meu Padrasto // Concluído
Teen Fiction(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir? Helena nunca imaginei mudar de país...