Capítulo 69: Fala Comigo

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Eu estava enrolando a toalha em volta do meu corpo quando meu celular começou a tocar no quarto.

Sai do banheiro e peguei o aparelho que estava em cima da cama.

Era a Beatriz me ligando.

- Alô. - exclamei, assim que atendi.

- Ei, você não vem? - minha amiga perguntou, e eu podia escutar um barulho muito alto no fundo da ligação.

- Pra onde?

- Não acredito que você esqueceu, Helena. É meu aniversário. - contou. - Eu passei essa semana toda te atualizando sobre a festa.

Droga.

Eu andei tão ocupada com os últimos acontecimentos que acabei esquecendo da festa dela.

Hoje fazia uma semana que a Charlotte apareceu querendo "conversar" comigo. Apesar da polícia ter revistado o outro apartamento e jurado que não tinha ninguém lá, eu ainda não me sentia segura.

Sabia que a Charlotte tinha arrumado outro lugar para se esconder, e que ela estava por perto.

- Claro que eu não esqueci... - menti, e caminhei até o guarda roupa. - Na verdade, já estou chegando.

- Que bom. Eu vou te esperar na porta. - disse, e parecia animada.

- Ok. - encerrei a ligação e vesti uma blusa preta e uma calça jeans.

Depois de prender meu cabelo não me importando que ele estava molhado, sai do quarto. Assim que vi o Bruno na cozinha, me aproximei dele.

Ele estava agindo de forma estranha depois da "visita" da Charlote, mas sempre que eu tentava conversar, ele mudava de assunto.

Eu sentia que ele estava me escondendo alguma coisa, e o fato dele não conversar comigo me frustrava.

- Viu a chave do meu carro? - perguntei, e andei até o balcão para procurar a chave.

Bruno, que estava sentado na cadeira, ergueu seus olhos na minha direção e franziu o cenho.

- Vai sair?

- Sim. - respondi, e depois de não achar as chaves no balcão, eu abri as gavetas que ficavam em baixa da pia. - A Beatriz faz aniversário hoje e eu esqueci.

- Eu te levo. - ele disse, me fazendo parar de procurar as chaves.

Eu sabia que ele queria me levar porque não queria que eu saísse sozinha. Ainda sim, eu fiquei feliz com a ideia de sair com ele.

- Tudo bem. - falei.

A viagem de carro até a casa da Beatriz foi silenciosa, e apesar de amar o silêncio, eu odiei não ter assunto com o Bruno

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A viagem de carro até a casa da Beatriz foi silenciosa, e apesar de amar o silêncio, eu odiei não ter assunto com o Bruno.

A gente sempre estava conversando, mas agora, é como se estivesse uma barreira enorme entre nós.

Ele é o Filho Do Meu Padrasto // ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora