- Você precisa de um nome. - falei, enquanto olhava o filhote na minha cama. - Mas não fica esperando algo bonito não. Nunca fui boa com escolhas.
Isso era em todas as áreas da minha vida. Muitos dizem que a sabedoria vem com a idade, e como ainda nem cheguei aos 20... terei muito para errar.
O filhote era um macho com pelagem amarelada e algumas manchas brancas.
- Você é fofinho. - abri um sorriso quando tive uma ideia. - É isso... seu nome vai ser Fofo.
Minha animação durou pouco porque alguém bateu na porta me assustando. Antes de atender a pessoa lá fora, peguei o Fofo e escondi o mesmo no banheiro.
- Tem alguém aí com você? - minha mãe perguntou assim que abri a porta.
- Não, por que? - abri mais a porta para ela ver dentro do quarto.
- Você parecia estar falando com alguém.
- Eu estava cantando na verdade. - menti, sabendo que poderia ter inventado algo melhor.
Ela me olhou desconfiada, mas acabou dando de ombros.
- Eu vou sair com algumas amigas e como elas vão levar as filhas, você não quer vir junto? - quis saber.
Repudiei a ideia assim que saiu de seus lábios. Com certeza minha mãe passaria o passeio todo me repreendendo.
"- Isso está errado, Helena."
"- Se comporta."
"- Arruma essa roupa."
Sem falar que ela vai ficar me comparando com as filhas das suas amigas.
- Eu estou com dor de cabeça. Vou dormir mais cedo. - menti, novamente.
Ela suspirou.
- Você não pode fazer um esforço para ir comigo? Pode aprender algo com as meninas. - insistiu.
Está vendo, como imaginei.
- Ainda com dor de cabeça.
Ela simplesmente ergueu as mãos como se tivesse desistido e se afastou.
Fechei a porta com um pouco de força demostrando minha impaciência.
Impossível ter uma boa convivência com minha mãe.
Eu realmente estava planejando dormir cedo, mas a fome começou a me incomodar e mesmo com preguiça, levantei da cama. Ao descer às escadas, percebi que a casa estava em silêncio. Só conseguia ouvir algumas vozes que escapavam da TV.
Me aproximei da sala vendo ela vazia. O controle estava na mesinha de centro e um balde de pipoca repousava em um dos enormes sofás.
Voltei a andar até a cozinha e ao chegar lá, vi o Bruno em frente a mesa cortando morangos.
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Ele é o Filho Do Meu Padrasto // Concluído
Teen Fiction(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir? Helena nunca imaginei mudar de país...