Capítulo 48: Assim Eu Espero

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- E você acredita que ele desligou o telefone na minha cara me deixando falando sozinha? - Beatriz exclamou, do outro lado da minha enquanto eu dirigia até o apartamento do Bruno

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- E você acredita que ele desligou o telefone na minha cara me deixando falando sozinha? - Beatriz exclamou, do outro lado da minha enquanto eu dirigia até o apartamento do Bruno.

Eu gostei da ligação dela porque isso me deixaria mais calma para a conversa que eu teria com o Bruno. Estava sentindo que o que ele tinha para me contar não seria nada legal.

- Você acha que ele está estranho? - perguntei, e estacionei o carro na garagem do prédio.

Era bem raro uma briga entre o Peter e a Beatriz. Eles se davam tão bem que eu sabia que daqui a pouco eles fariam as pazes.

- Sim. - minha amiga respondeu. - Estou me segurando para não ligar para ele. Apesar de tudo, eu estou com saudade.

Eu sorri e sai do carro.

- Liga e pergunta o que tá rolando, só assim vocês vão se resolver. - falei, sabendo que o orgulho não ajudaria ela.

Coloquei a chave do carro no bolsa da minha blusa e andei até o elevador que tinha na garagem. O porteiro só me deixou entrar quando falei que conhecia um dos moradores.

- Vou pensar no caso dele. - falou. - E você? Conseguiu falar com o Diego?

Entrei no elevador e apertei o andar do Bruno antes de responder.

- Acho que ele está me ignorando. - contei.

Depois da boate, ele tinha me mandado mensagem avisando que queria me encontrar, mas parece ter mudado de ideia porque não estava respondendo nenhuma das minhas mensagens.

- Vocês terminam, ele precisa de um tempo. - ela disse.

- Espero.

Eu gostava do Diego, não como ele queria, mas eu gostava dele. Era por causa disso que eu não queria que a gente se afastasse, no entanto, se ele quisesse, eu não iria forçar nada.

O elevador abriu e eu andei até a porta do apartamento do Bruno. Beatriz não sabia que eu estava aqui e eu só iria contar quando tudo tivesse resolvido.

- Preciso desligar. - falei, já ficando ansiosa para ver o loiro.

Era ainda difícil acreditar que ele estava aqui, e que estava por minha causa.

Beatriz deu "tchau" e eu encerrei a ligação.

Toquei a campainha e esperei o Bruno aparecer.

- Boa noite. - falei, quando ele abriu a porta.

Notei que ele usava uma blusa azul e uma calça de moletom branca. Seu cabelo estava bagunçado como se ele tivesse acabado de levantar.

- Entra. - ele abriu ainda mais a porta e foi para o lado me dando espaço.

Entrei no apartamento e olhei em direção a cozinha sentindo um cheiro muito bom.

- Isso é cheiro de lasanha? - perguntei.

Bruno fechou a porta e me olhou antes de responder:

- Eu achei que você estaria com fome.

Se eu não estava, fiquei agora.

Observei seu rosto sentindo uma vontade muito grande de me aproximar e beijar ele.

Eu não parei de pensar no nosso encontro atrás do restaurante e em como eu gostaria de repetir tudo de novo.

- Vem aqui. - Bruno pediu, e estendeu o braço na minha direção como se tivesse lido meus pensamentos.

Coloquei minha mão sobre a sua e ele me puxou para perto juntando nossos corpos.

E como tinha feito mais cedo, Bruno inclinou seu rosto na minha direção e me beijou me fazendo segurar seus cabelos querendo mais.

Só que por mais que beijar ele me fizesse perder a razão, eu comecei a sentir um cheiro estranho.

- Está queimando. - consegui falar depois de afastar sua boca da minha.

- Uhum. - ele murmurou, e voltou a me beijar não se importando.

Ou talvez ele só não tivesse entendido.

- Tô falando sério, Bruno. - falei, e empurrei seu ombro de leve. - Tem alguma coisa queimando.

Ele piscou e pareceu ter finalmente me escutado.

- Que merda. - ele andou até a cozinha me fazendo segui-lo.

Quando ele tirou a lasanha do forno e colocou em cima da mesa, eu segurei a risada.

- Não ri, Helena, era seu jantar. - falou, mas eu sabia que ele também estava achando aquilo engraçado.

Me aproximei e fiquei do seu lado.

- Não está tão ruim. A gente pode comer... - falei, tentando animar ele. - Se a gente ignorar o queimado e o gosto de carvão...

- Ou a gente pode pedir uma pizza. - ele sugeriu me interrompendo.

- É uma boa ideia. - falei.

Bruno me deu um beijo rápido e se afastou para ir pegar seu celular.

Peguei a lasanha e coloquei na pia. Depois de jogar um pouco de água para fazer o cheiro de queimado ir embora, eu peguei meu próprio celular depois de sentir ele tocar.

Senti um embrulho no estômago quando vi que era minha mãe me ligando.

Resolvi ignorar a ligação sabendo que não estava com cabeça para conversar com ela. Não depois de descobrir que ela tinha mentindo quando falou que o Bruno ia casar.

Eu ainda não sabia o que ela ganharia inventando aquilo, mas não estava com coragem para perguntar.

- Tudo bem? - Bruno perguntou, quando voltou notando minha expressão.

Guardei meu celular e assenti.

- Tudo sim. - respondi. - Conseguiu pedir a pizza?

Ele veio por trás, passou seus braços em volta dos meus ombros e beijou a minha cabeça.

Me encostei em seu peito me sentindo bem em ter ele tão perto.

Eu até conseguia esquecer da minha mãe e de todo o resto.

- Sim, vai chegar em meia hora. - respondeu e aproximou sua boca do meu ouvido. - Até lá, que tal a gente ter aquela conversa?

Então tinha chegado a hora de descobrir porquê ele ficava estranho quando tocava no nome do Damon e porque ele tinha que voltar tão rápido para a mansão.

- Ok. - falei, e afirmei mentalmente que eu ia conseguir lidar com o que ele tinha para dizer.

Assim eu espero.

Ele é o Filho Do Meu Padrasto // ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora