Sexta-feira chegou e sai com o Nathan como combinado. Ele me levou no cinema mais popular da cidade e escolheu um filme que segundo as críticas, seria o filme do ano.
Estava comendo pipoca quando a primeira mensagem chegou.
"Está gostando do filme?"
Óbvio que era o Bruno.
Antes de sair de casa, bati na porta dele e perguntei se o mesmo podia dar uma olhada no Fofo já que o gato fazia um escândalo quando eu não estava.
Bruno apenas perguntou se eu levaria meu celular, e quando respondi que sim, ele falou um: "tudo bem" e fechou a porta na minha cara.
Pelo menos tinha aceitado olhar o gato.
"Você me abandonou"
Essa segunda mensagem foi seguida de uma foto onde mostrava suas pernas apoiadas na mesa de centro da sala, e na frente a TV ligada.
Ignorei suas mensagens e tentei focar minha atenção no filme. Nathan estava ao meu lado e parecia bem entretido.
Meu celular apitou novamente no meu colo e demorei quase um minuto para ler a próxima mensagem:
"Pensando em como eu ia te beijar inteira aqui no sofá."
Com a pulsação acelerada, deixei meu celular cair dentro do balde de pipoca.
Desgraçado.
- Está tudo bem? - Nathan perguntou, me olhando.
Assenti rapidamente.
- Tudo sim. - menti, e encostei minhas costas no banco.
A sala de cinema não estava cheia, e agradeci a falta de luz do lugar porque assim ninguém ia notar meu constrangimento. Certeza que estava mais vermelha que um tomate.
O resto do filme se passou sem mais nenhuma mensagem e isso me deixou aliviada. Saímos da sala de cinema e fomos até a lanchonete. Eu não estava com muita fome, então só pedi um milkshake de morango.
- Está gostando da cidade? - Nathan perguntou, quando sentamos em uma mesa perto da porta.
- Acho que estou conseguindo lidar com tudo. - ou eu estava tentando pelo menos.
Meu celular começou a tocar com uma ligação, e eu nem precisei olhar para saber quem era.
Desliguei a ligação e sorri para o Nathan.
- Minha mãe gosta de ficar me ligando para saber como estou. - inventei, algo impossível.
Minha mãe estava dormindo tranquilamente nesse momento e eu nem passava por sua cabeça.
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Ele é o Filho Do Meu Padrasto // Concluído
Ficção Adolescente(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir? Helena nunca imaginei mudar de país...