Livro Um
"Não é que seja proibido... é porque é real."
Até onde você iria por algo que sente de verdade?
Teria coragem de arriscar tudo - o que tem e o que ainda nem viveu - por um sentimento que nunca planejou?
Helena nunca imaginou mudar de país...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sexta-feira chegou e sai com o Nathan como combinado. Ele me levou no cinema mais popular da cidade e escolheu um filme que segundo as críticas, seria o filme do ano.
Estava comendo pipoca quando a primeira mensagem chegou.
"Está gostando do filme?"
Óbvio que era o Bruno.
Antes de sair de casa, bati na porta dele e perguntei se o mesmo podia dar uma olhada no Fofo já que o gato fazia um escândalo quando eu não estava.
Bruno apenas perguntou se eu levaria meu celular, e quando respondi que sim, ele falou um: "tudo bem" e fechou a porta na minha cara.
Pelo menos tinha aceitado olhar o gato.
"Você me abandonou"
Essa segunda mensagem foi seguida de uma foto onde mostrava suas pernas apoiadas na mesa de centro da sala, e na frente a TV ligada.
Ignorei suas mensagens e tentei focar minha atenção no filme. Nathan estava ao meu lado e parecia bem entretido.
Meu celular apitou novamente no meu colo e demorei quase um minuto para ler a próxima mensagem:
"Pensando em como eu ia tebeijar inteira aqui no sofá."
Com a pulsação acelerada, deixei meu celular cair dentro do balde de pipoca.
Desgraçado.
- Está tudo bem? - Nathan perguntou, me olhando.
Assenti rapidamente.
- Tudo sim. - menti, e encostei minhas costas no banco.
A sala de cinema não estava cheia, e agradeci a falta de luz do lugar porque assim ninguém ia notar meu constrangimento. Certeza que estava mais vermelha que um tomate.
O resto do filme se passou sem mais nenhuma mensagem e isso me deixou aliviada. Saímos da sala de cinema e fomos até a lanchonete. Eu não estava com muita fome, então só pedi um milkshake de morango.
- Está gostando da cidade? - Nathan perguntou, quando sentamos em uma mesa perto da porta.
- Acho que estou conseguindo lidar com tudo. - ou eu estava tentando pelo menos.
Meu celular começou a tocar com uma ligação, e eu nem precisei olhar para saber quem era.
Desliguei a ligação e sorri para o Nathan.
- Minha mãe gosta de ficar me ligando para saber como estou. - inventei, algo impossível.
Minha mãe estava dormindo tranquilamente nesse momento e eu nem passava por sua cabeça.