Capítulo 05: Não Atacar De Volta

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Eu estava irritada, mas que irritada, estava puta da vida

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Eu estava irritada, mas que irritada, estava puta da vida. Entretanto, fui paciente. Se ele estava esperando que eu fosse me vingar com algo idiota, Bruno estava completamente errado.

Eu não vou atacar ele na frente do colégio inteiro porque sei que aquele é seu reinado. Se eu queria tirar sangue... tinha que ser inteligente e atingir onde dói.

Uma semana depois de me humilhar no auditório do colégio, Bruno deu mais uma festa.

Fui paciente e esperei.

Para melhorar, a coisa que eu tinha encomendado chegou no mesmo dia da festa tornando tudo ainda mais divertido.

As pessoas estavam tão bêbadas na sala que ignoraram minha presença quando passei por elas. Escondi a tal encomenda atrás do sofá da sala que tinha a mesa de sinuca. Peguei o enorme saco branco e comecei a arrastar ele até o escritório do Damon. Não foi difícil conseguir uma cópia da chave com a Lucia. Só foi preciso ela se distrair com a massa do bolo para eu pegar a chave em uma das gavetas da cozinha.

Entrei no escritório que mais parecia uma biblioteca e fechei a porta. Dentro do saco tinha dois potes de mel e Lucia talvez sinta falta deles na dispensa.

- Se você acha que porcos fazem bagunça... - falei, e abri um dos potes de mel. - Espera pra ver o que penas de galinha fazem.

Comecei a jogar o líquido por todo o cômodo não me importando se estava caindo na mesa com papéis. Ou se sujaria o computador.

Joguei nos livros, no tapete, na janela. Nada ficou sem o mel.

Para finalizar, enchi minhas mãos com penas de galinha e derramei pelo escritório.

Ele pensaria duas vezes antes de insinuar que eu era uma cachorra de rua.

Meia hora depois, eu estava feliz pelo trabalho bem feito.

Peguei o saco vazio junto com os potes e sai do escritório. Tranquei a porta e joguei as provas do crime no lixo da cozinha. Bruno era fresco demais para olhar a lixeira em busca de provas então eu estava salva.

Lavei minhas mãos e quando fui me virar, levei um susto com a garota que estava atrás de mim.

- Desculpa te assustar. - a menina do auditório que segurava o pompom vermelho disse. - Sou a Jennifer.

- Ah, oi. Sou a Helena. - falei, ficando envergonhada. - Sinto muito pelo que disse aquele dia.

Chamei ela de fracassada totalmente de graça.

Ela deu de ombros e sorriu.

- Não levei para o lado pessoal. - esclareceu. - E sobre o Bruno... ele pode ser dificil no começo, mas é um cara legal.

Senti vontade de rir com suas palavras.

- Estamos falando da mesma pessoa? - exclamei, incrédula.

- É sério, é só você não atacar de volta e ele vai parar.

Bom, tarde demais para isso.

- Não se preocupe, já resolvemos as coisas entre nós. - falei, mentindo. - Eu vou subir agora porque esqueci de trancar meu quarto e estou com medo de algum casal transformar ele em hotel.

Quando fui passar por ela, Jennifer segurou meu braço e tirou uma pena de galinha que estava no meu ombro.

- É falso. - peguei a pena a coloquei no bolso.

- Se quiser andar comigo na escola... Com o tempo te mostro que nem todo mundo aqui é como a Fanny. Podemos ser legais.

Assenti, ansiando por sair da cozinha. Me despedi dela e passei pela sala vendo o filho do Damon conversando com um grande número de garotos.

No meio da multidão, ele me olhou e eu tentei manter minha expressão a mais neutra possível.

Você não perde por esperar, idiota.

Ele é o Filho Do Meu Padrasto // ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora