(CONCLUÍDA)
Livro Um
"Não é que seja proibido... é porque é real"
Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir?
Helena nunca imaginei mudar de país...
Entrei em um corredor para procurar o Bruno quando alguém me puxou fazendo minhas costas baterem na parede.
- O que você está aprontando? - meu namorado perguntou na minha frente.
Ficando aliviada por ser ele e não uma doida querendo vingança, eu sorri.
- Por que acha que estou aprontando?
- Estão dizendo que sua conversa com as outras mulheres foi... animada. - disse, e quando ele chegou mais perto e encostou seu corpo no meu, minha pulsação acelerou.
Eu estava ficando louco com meus hormônios e meu namorado ser gostoso não estava ajudando.
- Boatos. - menti.
Encarei seu pescoço e quando passei meu dedo levemente por aquela região, ele engoliu em seco.
- Eu preciso de você.
Minha pele formigava e tudo que eu conseguia pensar era em como ele estava bonito.
E era irresistível.
- Eu estou aqui, mon amour. - Bruno, exclamou com o rosto perto do meu.
Desci minha mão que estava tocando seu pescoço e coloquei ela de baixo do seu paletó sentindo o calor da sua pele.
- Eu quero mais. - revelei, com a voz baixa.
Bruno sorriu e encostou sua testa na minha me fazendo sentir sua respiração.
- Não vamos fazer isso aqui. - ele disse, sabendo muito bem o que eu queria.
Mas era como uma neblina me cercando e tudo que eu sentia era desejo.
- Por que não? Aqui tem muitas salas, certeza que não seríamos o primeiro casal a fazer isso. - exclamei.
- Você não tem jeito, né? - ele não parecia incomodada, na verdade, eu sabia que ele gostava.
Gostava muito.
- Não com você tão perto. - falei.
E o cheiro maravilhoso dele piorava tudo.
Bruno afastou seu rosto do meu e olhou em volta.
- Já vão servir o jantar. - contou, depois que seus olhos azuis fixaram nos meus de novo.
Mas eu sentia outro tipo de fome.
Ele pegou minha mão que estava tocando sua barriga e começou a me levar até o final do corredor.
Suas ações me deixaram na expectativa do que vinha a seguir.
Depois que entramos em uma sala vazia, Bruno trancou a porta e eu olhei em volta.
- Nada para me apoiar. - comentei, em voz alta.
- Você pode me usar. - ele disse, e puxou meu braço me levando de encontro ao seu corpo. - Tem que ser rápido, Helena.
- Eu sei.
Bruno andou comigo até que minhas costas bateram na parede, e então ele me levantou fazendo minhas pernas se enrolarem em volta da sua cintura.
Quando seus lábios tocaram os meus, eu desci minhas mãos e coloquei em cima da sua calça querendo abrir o zíper.
E, minutos depois, nós dois estávamos nos movendo no mesmo ritmo ignorando completamente as pessoas lá fora.
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- Seu cabelo está bagunçado. - Ângela disse, quando voltei para o grande salão.
Passei a mão no meu cabelo ficando preocupada.
- E agora? - perguntei, depois de ter passado os dedos entre os fios.
- Melhorou. - disse, e sorriu. - A julgar pelo seu olhar eu imagino o que deixou seu cabelo bagunçado.
- O vento.
E esse vendo era loiro e tinha lindos olhos azuis.
- Eu que queria um vento assim. - disse, me fazendo rir.
Olhei para o outro lado do salão e quando vi que os olhos do Bruno estavam nos meus, eu acenei para ele.
Nós éramos bons em fazer coisas proibidas.
Na verdade, nossa relação começou assim.
- O jantar será servido. - uma senhora, anunciou na entrada do salão.
- Finalmente. - Ângela disse, e concordei com ela.
Quando fiz menção de caminhar até o Bruno, minha mãe apareceu na minha frente.
- Vamos conversar um pouco antes, Helena. - ela disse, e sabia que não aceitaria um "não" como resposta.
Ângela nos deixou sozinha e vi que o Bruno continuou no mesmo lugar me esperando.
- Foi um show muito bom o que você deu na frente das outras mulheres. - disse. - Foi ali que eu te vi de verdade.
- Não entendi.
Ela sorriu.
- No começo, eu achei que você não ia se dar bem nesse mundo. Mas eu estava enganada. No fundo, somos parecidas.
Não.
Não mesmo.
- Não somos nada parecidas, mãe. - exclamei.
- Nós agimos da mesma forma quando algo atravessa nosso caminho. - falou.
- Eu fiz aquilo porque você não mandou ela embora. - falei. - Você quis me provocar.
- Não, Helena. Eu te testei. - disse, parecendo satisfeita. - E fico feliz que você tenha passado no teste.
- Me testou?
- Para ficar aqui, você tem que mostrar que está sempre no controle. Que não vai abaixar a cabeça para nenhum desses idiotas no salão. - falou. - Bem-vinda á família, minha filha.
Com essas palavras, ela se afastou fazendo o Bruno se aproximar.
- Tudo bem? - peguntou, notando minha expressão.
- Eu não entendo ela.
Na verdade, eu não tinha entendido nada daquela conversa.
Me testar?
- Vamos comer. - ele segurou minha mão, e caminhamos para o outro lado do salão.
Por mais que o começo tenha sido movimentado, o resto da noite foi tranquila. No entanto, as palavras da minha mãe continuaram martelando na minha cabeça.