Capítulo 85: Vai Ficar Emburrada?

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Dias Depois


Eu queimei o café.

Era incrível. Quando eu finalmente achei que tinha aprendido a mexer naquele fogão, eu vou lá e queimo o café.

- Helena, tudo bem? - Bruno, perguntou do segundo andar. - Estou sentindo cheiro de queimado.

Coloquei o bule na pia e joguei água para abafar o cheiro forte de queimado.

- Está tudo ótimo. Deve ser a vizinha. - menti, e joguei detergente dentro do bule para desgrudar o café torrado.

Desliguei o fogão na tomada com medo daquele troço ligar sozinho e acabar incendiando a casa.

Eu estava secando minha mão quando a campainha tocou. Caminhei até a porta querendo saber quem era.

Fiquei surpresa quando abri a porta e vi a filha da Lúcia.

- Desculpa incomodar, você lembra de mim? - perguntou.

- Claro que sim. - respondi, e sorri. - Quer entrar?

Ela balançou a cabeça de forma negativa.

- Eu estou atrasada, mas agradeço. - falou. - Eu vim saber se você ainda quer ficar com um dos filhotes do Fofo.

Eu sorri lembrando da nossa conversa no hospital.

- Sim. Você está com ele? - perguntei, e olhei em direção ao seu carro que estava estacionado na frente da casa.

Ela assentiu.

- Vou pegar.

Ela se afastou e caminhou até seu carro, depois de abrir a porta, pegou uma caixa e andou de volta na minha direção.

- Aqui. - falou, e me entregou a caixa que estava aberta.

Assim que olhei dentro, me deparei com um gato completamente preto e grande olhos castanhos.

Ele era lindo.

- É macho. - ela contou. - Aí também tem um saco de ração que vai durar até amanhã.

O gatinho não parecia assustado, na verdade, ele me encarava de volta com curiosidade.

- Ele tem um nome? - perguntei.

- Não. Isso é com você. - falou, sorrindo. - Você está melhor? - perguntou, se referindo quando desmaiei e fui parar no hospital.

- Sim, eu tô seguindo as recomendações do médico. Sem estresse, ou muito esforço. - respondi.

- Se cuida direitinho. Assim seu bebê vai nascer grande e saudável. - exclamou. - Tenho quer ir.

Depois de me dar um beijo na bochecha, ela caminhou até seu carro.

- Ainda não sei seu nome. - gritei.

- É, Heloísa. - respondeu, e foi embora.

Entrei de volta em casa, e assim que fechei a porta, coloquei meu novo amiguinho no chão.

- Esse é seu novo lar. - falei, depois de deixar a caixa em cima do sofá.

O gato olhou em volta ainda curioso e começou a cheirar os móveis.

- Você deve estar com fome. - exclamei, e peguei o saco de ração dentro da caixa. - Vem comigo.

Balancei o saco e fui até a cozinha com ele me seguindo. Depois de pegar uma vasilha de plástico no armário, eu coloquei ração dentro dela e coloquei no chão para o gato.

Ele é o Filho Do Meu Padrasto // ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora