Depois de encher a vasilha do Alfredo de ração, eu encarei meu gato profundamente nos olhos.
- Vamos ficar algumas horas fora e eu quero que você se comporte. - falei, e levantei do chão quando Bruno começou a buzinar.
Ao lado da vasilha de comida tinha um pote cheio de água, e a caixa de areia estava limpa no banheiro.
Depois de pegar minha bolsa que estava em cima do sofá, olhei uma última vez para o Alfredo e sai de casa.
Estava indo em direção ao carro quando vi uma revista jogada no chão. Peguei ela e caminhei até o Bruno.
- Já estou aqui. - murmurei, depois de entrar no carro e colocar o cinto de segurança.
- Só não quero que chegue atrasada. - disse, e ligou o automóvel.
Hoje era o dia de fazer o ultrassom e eu sabia que o Bruno estava ansioso. A gente iria saber o sexo do bebê daqui alguns minutos se eu não tivesse falado para ele que poderíamos esperar até o nascimento.
- Podemos conversar mais sobre a decisão de esperar até o nascimento. - falei, me virando na direção dele.
- Está tudo bem, meu amor. Eu faço o que você achar melhor. - falou, ainda de olho na rua.
- Bruno, se você quiser...
- Confesso que estou ansioso, e muito empolgado. Mas se você quer esperar até o bebê nascer para saber o sexo, nós vamos esperar. - disse, em um tom firme. - Não se preocupe comigo.
Confiando em suas palavras, relaxei no banco e abri a revista.
Estava folheando as páginas quando uma em especial chamou minha atenção. Nela, uma loira estava usando apenas lingerie e sorria mostrando seu perfeitos dentes brancos.
Era a Fanny.
- Ela virou modelo? - perguntei, e meu namorado virou rapidamente na minha direção para saber do que se tratava.
- Sim. Sempre foi o sonho dela. - contou.
Fanny estava radiante na foto e eu sorri lembrando dos nossos momentos na adolescência.
- Éramos tão idiotas. - murmurei, fechando a revista. - Brigávamos por bobagens.
- Eu também não me orgulho das coisas que fiz na adolescência. - Bruno, exclamou.
Se ele não se orgulhava, imagina eu. Ainda lembrava daquele acordo que fiz com a minha mãe.
Bruno me perdoou tão rápido, fico imaginando se tivesse sido comigo.
Coloquei a revista no banco de trás e passamos o resto do caminho conversando sobre coisas aleatórias. Quando chegamos no hospital, Bruno caminhou comigo até o balcão.
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Ele é o Filho Do Meu Padrasto // Concluído
Teen Fiction(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir? Helena nunca imaginei mudar de país...