Branco.
A primeira coisa que vi assim que abri os olhos foi a cor branca. Ela estava na parede, no teto, na coberta que me cobria.
Sentindo minha boca seca, eu tentei mexer meu braço direito e resmunguei quando ele ardeu. Era como se tivesse alguma coisa presa na minha pele.
- Helena? - uma voz masculina chamou meu nome, e por mais que minha cabeça estivesse uma bagunça, eu reconheci ela.
Damon.
Quando minha visão clareou e eu vi o pai do meu namorado parado na minha frente, a lembrança do que aconteceu me bateu.
E bateu tão forte que eu automaticamente coloquei a mão na minha barriga.
Por favor, não.
Mesmo com medo da resposta, sabia que precisa perguntar.
- Damon, meu bebê... - era tudo que importava naquele momento. - Ele está bem?
Eu não podia suportar a ideia de ter perdido ele.
- Helena, calma. Você não pode ficar nervosa. - exclamou, notando meu desespero.
- Me responde. - ordenei, com urgência. - Ele está bem?
- Não se preocupe. Ele está bem. - me tranquilizou.
Suspirei sentindo como se um peso tivesse saído dos meus ombros.
Ele está bem.
Ele ainda está comigo.
- E o Bruno? - perguntei, estranhando não ver ele no quarto.
Damon caminhou até as janelas e abriu as cortinas deixando o claridade do sol entrar. Eu pisquei os olhos quando eles se incomodaram com a luz.
Aquele quarto era grande e eu tinha certeza que custava uma fortuna estar sendo tratada naquele hospital.
- Eu falei para ele ir comer alguma coisa. - contou. - Estava muito preocupado e não queria sair do seu lado.
- Você pode chamar ele de volta? - eu sentia uma necessidade muito grande de ter o Bruno ao meu lado naquele momento.
- Posso sim. - respondeu, e voltou a se aproximar da cama. - Está se sentindo melhor? O médico disse que você passou muito nervoso e sua pressão caiu.
Então lembrei da minha mãe, e da minha pequena discussão com a Charlotte.
- Eu estou melhor agora. - falei, sem certeza.
Olhei para o meu braço direito e vi que o que estava incomodando era a agulha enfiada na minha pele.
Desviei os olhos engolindo em seco.
Eu odiava agulhas.
- Sua mãe...
- Por favor, não fala dela. - pedi.
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Ele é o Filho Do Meu Padrasto // Concluído
Teen Fiction(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir? Helena nunca imaginei mudar de país...