Capítulo 60: Vergonha

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Na manhã seguinte, Diego apareceu no meu trabalho na maior cara de pau me deixando irritada.

Eu respirei fundo quando fui falar com ele porque tudo que eu menos queria era perder meu emprego.

Ele estava encostado no balcão quando me aproximei.

- O que faz aqui? - perguntei, e notei que o murro que o Bruno tinha dado no seu rosto deixou seu olho roxo.

- Queria me desculpar. - disse. - Fui um idiota ontem.

Que bom que ele sabe.

- Não quero falar com você agora. Então me deixa trabalhar. - pedi, e quando tentei passar para o outro lado do balcão, Diego segurou meu braço.

- Por que não quer me ouvir? - perguntou, e seu tom de voz aumentou fazendo as pessoas a nossa volta nos olharem.

Não, ele não ia fazer isso comigo.

- Por que será, Diego? Deve ser porque você tentou me agarrar a força. - exclamei, mais irritada.

- Eu estava bêbado.

- Isso não é desculpa. - falei.

- Aquele cara é agressivo, Helena. - disse.

Ele estava falando sério?

- Disse o cara que está me segurando contra a minha vontade. - exclamei, e ele me soltou. - Agora vai embora.

Diego suspirou.

- Eu só vim conversar.

- Acontece que eu não estou interessada.

Ele deu um passo na minha direção.

- Como eu não enxerguei como você é de verdade. - falou, com desprezo na voz. - Certeza que me traiu mais vezes do que pode contar.

- Não vou ficar aqui e ouvir você tentar me ofender porque não te quero mais. - exclamei.

Me virei, e quando fui me afastar, ouvi ele dizer:

- Aquele idiota pode me bater quantas vezes quiser, Helena, mas nunca vou me cansar de dizer o quanto você é uma vadia.

Eu sabia que todos os clientes do restaurante estavam nos olhando naquele momento, e isso me deu mais raiva.

Fechei minhas mãos e me virei para encarar seus olhos de novo.

- Quer saber? - me aproximei dele. - Eu tô cansada de você.

Levantei minha mão direita e dei um soco tão forte nele que Diego acabou caindo no chão.

Balancei minha mão quando ela começou a latejar e sorri sentindo uma satisfação enorme em ver o Diego me olhar horrorizado.

Ele não achava que eu fosse capaz de bater nele.

Quando ele levantou do chão e tentou se aproximar, alguns clientes entraram na frente e meu patrão apareceu naquele momento.

Ele é o Filho Do Meu Padrasto // ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora