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Valesca narrando:
Sábado, correria total porque temos que agilizar as coisas pro baile. Ontem chegou a carta do Pom e ele como sempre super reservado, escreveu  pouco, mas sei que ele não tem nem noção do que fazer, sofrimento a mil, eu também não conseguiria. Mesmo assim chorei muito ao ler, parecia até escutar a voz dele falando aquelas coisas, como eu o amo.
_ Valesca, a mãe do Manso tá aí. - Lipe falou.
_ Pode pedir pra entra. - assenti.
Ela entrou com uma cara triste que me dava dó, eu imagino como deve ser horrível pra uma mãe ver o filho la dentro.
_ Oi dona Rosinha, pode sentar. - apontei a cadeira. - Quer água?
_ Não minha filha muito obrigada. - sorriu de lado.
_ Como foi lá ?
_ Muito triste sabe, os meninos estão revoltados. Conversei com o Pom sobre o que você pediu.
_ E ai ? - perguntei afobada.
_ Ele ficou super nervoso, falou que isso aqui não é coisa pra você e que se você fosse lá pelo menos pra ver o sofrimento, não iria querer ficar aqui de frente. - ela falou.
_ To fazendo por ele sabe, mas confesso que tenho medo. - mexi no cabelo.
_ Toma muito cuidado, cadeia não é lugar pra homem, quanto mais pra mulher.
_ Verdade isso aí. Mas muito obrigada dona Rosinha, e não precisa se preocupar com nenhum gasto. - me levantei pra abri a porta pra ela.
_ Obrigada, por tudo. - me abraçou forte, e nesse momento lembrei da minha mãe, assim que ela saiu, me desabei.
Eu não aguento mais esse sofrimento, preciso ver meu amor, preciso dele comigo. E eu vou tirar ele de lá, ou eu não me chamo Valesca Guimarães.

A fiel mandou avisar 🎶{Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora