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(PENÚLTIMO CAPÍTULO)

Valesca narrando:

Alguns dias se passaram desde que começamos a colocar o plano em prática. Todos estão de acordo, até mesmo Pom, no início foi difícil, mas conseguimos convencer a fera. Pegamos um celular grampeado, liguei pra Eliseu e chamei ele pra me ajudar num um corre na pista amanhã na hora do baile, ou seja, sábado. Mas tudo forjado, assim os polícias iriam focar em nos, montar uma operação e ai era nossa chance. Nesses dias Talibã ficou me ensinando andar de moto, eu precisaria e aprendi. Não posso dizer que não estou com medo, to morrendo de medo, mas o meu amor não me deixa fraquejar.
Neste momento estou sentada no alto do morro com Sara, Rúbia e Nanda.
_ Meninas, se acontecer alguma...- Nanda me interrompeu.
_ Cala boca. - repreendeu.
_ Vai da tudo certo. - Rúbia zlisou meu cabelo.
_ Eliseu falou que você é muito corajosa, que Pom deve ter orgulho de você. - Sara me olhou e nessa hora, eu não aguentei, chorei, chorei muito. Eu precisava ser fraca, venho sendo forte a muito tempo, e eu não aguento mais. Doí muito ficar engolindo sofrimento.
Eu chorava de soluçar, mas ao mesmo tempo sentia um alívio de estar chorando, descarregando tudo, as meninas não falaram nada, elas sabiam muito bem que eu precisava desse meu momento.
Depois de tanto chorar, as meninas me levaram pra casa, eu fui tomar banho e elas fizeram janta, coloquei uma lingerie e um pijama, comemos torta de frango, eu comi super pouco. Sara lavou a louça, escovei os dentes, elas foram embora e eu me deitei para dormir, mas quem disse que conseguia
(...)

O dia clareou e eu ainda estava ali, jogada na cama acordada peguei o travesseiro dele e apertei o máximo que conseguia
_ Meu amor, hoje que você volta pra mim. - aquele pensamento de certa forma confortava meu coração.
Levantei, fiz minhas higienes, coloquei uma calça jeans de lavagem escura, uma blusa rosa soltinha, calcei meu mocassim preto, fiz um coque frouxo no meu cabelo, coloquei a 38 na cintura, peguei meu celular e desci pra boca.
Os meninos já estavam agilizando as coisas do baile. Resolvemos fazer pra não dar muito na cara que estávamos planejando algo.
_ Bom dia Valesca. - Tik falou.
_ Bom dia, eai como tá os andamentos do nosso plano ?
_ Tudo pampa, vai dar tudo certo nega, é só ter fé. - falou e eu sorri.
_ Valesca. - Alanzin chamou entrando e os dois ficaram sem graça. - Foi mal, não sabia que tava ocupada. - falou e já ia saindo.
_ Não, pode fala sô. - olhei pra ele e ri.
_ Chegou uma mina toda desbancada aí, parou lá na casa de Vitória, falando que era pra eu chamar o patrão, quer conhecer porque soube que ele é muito gostoso, essas paradas assim. - Coçou a nuca.
Ajeitei a arma na cintura, sai da boca e montei na meiota de Pom. Subi em direção a casa da Vitória e ela tava conversando com uma menina, na hora que me viu se afastou, com certeza não falou nada com a menina porque gosta de uma treta.
_ Tá afim de me conhecer ? Prazer. É realmente sou muito gostosa. - me aproximei.
_ Vim conhecer o Pom, quem é você querida ? . - fez cara de deboche.
_ Eu ? hahahaha. Eu sou Valesca, dona desse morro. - ri da cara dela.
_ Do..dona ? - tremeu na base.
_ Tá tremendo porque mandada ? Ninguém te disse que aqui a patroa é quem comanda ?
_ N..não, desculpa. - ela já estava suando frio.
_ Vem cá. - peguei ela pelo braço. - Não se envolve no meu morro e não se envolve com meu homem, que eu te furo na bala, sua safada. - esfreguei a .38 na cara dela que já queria chorar.
_ Por favor, desculpa, eu não sabia. - falou chorosa.
_ Vaza daqui agora é não sobe nessa porra nunca mais. - soltei ela com tudo e ela foi direto pro chão. Subi na moto e sai vazada pra boca.

A fiel mandou avisar 🎶{Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora