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(ÚLTIMO CAPÍTULO)

Valesca narrando:

Foi ficando tarde e a anciedade estava cada vez pior, fui pra casa, tomei um banho, lavei meu cabelo, escovei meus dentes, sai enrolada na toalha, passei hidratante, coloquei uma lingerie, vesti uma calça jeans lavagem escura, um cropped azul, sequei e pranchei meu cabelo, passei uma make bem básica, me perfumei, calcei um sapato preto de salto grosso, peguei meu celular e fui na meiota de Pom em direção ao baile.
Estavam todos os envolvidos no plano conversando.
_ E aí gente. - me aproximei.
_ Fala patroa. - Eliseu falou.
Ficamos conversando, e decidimos que era a hora de ir.
Para pista íamos Eu, Talibã, Sara e Lipe, o resto ia pra cadeia.
Pegamos os armamentos, colocamos coletes e era a hora, subi na moto e me benzi no sinal da cruz, assenti pra quem ia comigo e descemos para pista, tava muito movimentada as rua, escolhemos um lugar bem longe do morro, pra não rolar nada lá, afinal tá tendo baile, demoramos uns 40 minutos pra chegar onde seria o forjado corre e com certeza os meninos também já estava quase chegando na cadeia. Estacionei a moto e continuei em cima dela, os outros também estacionaram mas um pouco afastados.
Passaram minutos e mesmo de costa pude perceber a presença dos gambe pela luz da Cirene, nesse momento meu coração nem batia mais, eram um risco enorme, eu podia ser presa.
_ Valesca Guimarães ? - falou uma voz masculina.
Olhei para trás e era aquele mesmo delegado abusado do outro dia.
_ Você está presa.
_ Sim, mas só se antes disso vocês conseguirem me pegar. - nesse momento liguei a moto e assenti pra Sara e os meninos, cravei a mão no acelerador e no asfalto cheguei a fazer cem por hora, os meninos colados atrás de mim, quando ouvi o primeiro barulho de tiro. Só apontei a arma na direção deles e soltei um também, Lipe tava de garupa com Talibã e trocava na .40 e na 380. O vento batia e eu sentia arrepio cada vez mais, só conseguia pensar no Pom, se tudo estava dando certo. Os tiros não paravam e eu e Sara íamos pilotando em zigue zague, meu coração quase soltava pela boca, era muita adrenalina. O sinal tava vermelho olhei pra Sara e prós meninos, eles assentiram pra mim e nos forjamos o sinal deixando eles lá atrás, cortamos uma outra rua movimentada, e bem longe de nós eles vinham de novo, cortamos outro sinal vermelho, e mais uma vez eles ficaram, quebramos num matagal que os meninos guiaram e subiamos vazados, olhei pra trás e graça a Deus era só nos, desacelerei um pouco e fomos cortando mato até chegar numa trilha perto do morro. Em poucos minutos chegamos e os fogueteiros começará a soltar tiros e foguetes, sinal que tudo tinha dado certo, nesse momento não queria saber de nada, só ver meu amor.
Desci em direção ao baile e na entrada vi uma roda de gente em volta de umas pessoas, eram eles, meu sorriso se abriu sozinho. Desço da moto um pouco afastada e o olho de Pom estava fixo em mim, fomos nas direções um do outro e todos olhavam pra nós.
_ Nem todos os dias bonita, mas sempre bela dona. - me apertou em um abraço, aquele mesmo, que me faz segura, e tira toda minha marra, aquele que me tira a paz e devolve ao mesmo tempo, eu não contive as lágrimas.
_ O seu amor me coroou rainha, sou toda sua e to na disciplina, e hoje chegou a sua liberdade, porque quem é rei nunca perde a majestade. - cantarolei.
Ele me beijou, e nosso beijo tinha uma mistura de saudades com alegria, eu nunca mais quero perder esse homem. Começaram a solta tiros e foguetes, na mesma hora o DJ soltou meu hino, aquele mesmo ( risos ).

(Música na mídia)

" A fiel mandou avisar que a favela tá minada, saiu com o macho dela vai voltar toda marcada, quer curtir o baile, curti na moral, sair com homem dos outros vai acabar ganhando pau. Carinha de boneca empinando o nariz, não a dinheiro que refaça o seu rostinho de atriz, o papo já foi dado quer sentir o gosto do fel ? é só jogar na cara marido da fiel........"

A fiel mandou avisar 🎶{Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora