"Rose?"
Eu resmungo e rolo pela cama, o meu olhar fixado na porta fechada. A minha mãe tem estado a bater na porta desde há uns minutos agora. Ela continua a mesma persistente que sempre foi.
Eu tiro-me da cama e destranco a porta, cerrando o maxilar para ela.
"São onze e meia, levanta-te." ela diz simplesmente.
"Mudei de horário." digo. "São oito horas para mim."
"Bem, tu vais às compras com a tua irmã para trazer comida para logo à noite. Os teus avós vêm para jantar."
Cruzo os meus braços sobre o meu peito. "Porque é que eles iriam querer vir jantar com a sua filha e o seu brevemente ex-marido?"
"Chega, Rosalie. Agora veste-te e encontra-te com a Elizabeth na entrada."
Faço uma careta e ela fecha a porta. Eu tomo um banho rápido e passo o alisador pelo meu cabelo antes de me mudar para uma blusa turquesa e calças de ganga. Eu agarro no meu telemóvel e saio do meu quarto.
"A Elizabeth está à espera no carro." a minha mãe diz da cozinha.
Isto foi um erro, vir a casa. Um grande erro.
Eu deslizo para o lugar do passageiro no carro cinzento da Elizabeth, evitando o seu olhar. Ela funga um pouco e sai do estacionamento.
Um silêncio estranho cai no carro. A Elizabeth não me olha e eu finalmente estalo.
"Sabes, também não estou contente com isto." digo e ela olha para mim. "Não devíamos estar juntas nisto?"
Ela ri sem humor. "Juntas em quê?"
"No divórcio. Não estamos contentes com isto, não devíamos no mínimo termo-nos uma à outra?"
"Devías ter pensado nisso à uma ano atrás." ela estala.
"O pai e a mãe não se estavam a divorciar à um ano atrás." estalo de volta.
"Olha, tu foste a única que fodeu tudo, por isso não venhas chorar para mim. Eu só estou a fazer isto porque a mãe esteve uma lástima emocional desde que eles estiveram no tribunal para o divórcio e tu estiveste muito ocupada a viver na merda de Portland para te preocupares"
Cerro o meu maxilar. "Eu fui embora por causa de ti!" grito.
Elizabeth revira os olhos. "Não me dês essa merda. Tu foste embora porque és uma puta!"
"Eu não o fiz!"
"Oh, por favor. Tu sabias que eu o amava."
Mordo o meu lábio para evitar chorar. Elizabeth passa uma mão pelo cabelo dela e estaciona num lugar em frente ao supermercado.
"Vamos acabar com isto." ela estala antes de sair do carro.
O meu peito dói da nossa discussão. Nós costumávamos ser tão próximas, tipo melhores amigas. O que aconteceu a isso?
Oh, certo. Ela pensa que eu fiz algo que eu não fiz. Como me podia esquecer.
Os saltos da Elizabeth batem no passeio enquanto entramos na loja.
Eu sigo-a por aí, empurrando o carrinho enquanto ela atira coisas diferentes lá para dentro. Suspiro, desejando que nunca tivesse entrado naquele avião para Nova Iorque.
"Vai buscar framboesas." Elizabeth manda. "Estão no próximo corredor. Eu vou buscar as batatas fritas."
Sem mais nenhuma palavra, ela empurra o carrinho de mim e caminha.
Sozinha, caminhei até ao próximo corredor. Eu analiso as prateleiras, procurando por framboesas, mordendo o meu lábio em concentração.
Finalmente encontro e tiro-as da prateleira, lendo o rótulo. Ouço alguém a andar próximo de mim e desvio-me, olhando brevemente para a pessoa, tentando reconhecê-la.
O meu sangue fica frio e deixo o frasco cair no chão, o vidro a espalhar-se por todo o lado.
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Hidden / h.s [tradução pt]
FanfictionA Rose não gosta do Harry. E o Harry não gosta da Rose. Mas talvez a ameaça de um cérebro implacável e uma conspiração sombria podiam mudá-los. Ou, pelo menos, podiam fazer um esconderijo de Snickers. Ele era como a lua - parte dele estava sem...