Capítulo 18

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Fechei os olhos e entrei no meu apartamento; A sala estava vazia, exceto, é claro, por uma revista aberta sobre a mesa de centro.



Que ótimo ! Agora você está mesmo ferrada, se é que eu não tenha estado antes.



Anahi: Dulce-chamei - Dul?



Dulce: Oi- reapondeu, seca de mais, distante de mais pro meu gosto- Cansou das férias?



Anahi: A promoção acabava hoje. Lembra?



Dulce: Sério? Alfonso te trouxe de conversível vermelho?



Anahi: Dulce.- tentei a cortar, mas...

Dulce: Andar de conversivel é super importante, Any. Especialmente no conversível do meu ídolo, astro de futebol, com câmeras observando 24 horas por dia-é, ela tinha que falar sobre isso.

Um sorriso debochado brotou no seu rosto que me dizia que não estava nada bem, mesmo que ela estivesse "brincando".



Anahi: Dulce-repeti- Alfonso-me forcei a falar o nome dele todo, tudo que eu (nao) queria era que ela surtasse porque o comecei a chamar de Poncho como o resto do mundo- só me levou naquele carro inútil pra chamar atenção dos paparazzis. Bem o jeito dele, você sabe, é obvio-revirei os olhos- E tu sabe também, revista de fofoca é um cú.



Dulce: E por que dançaram juntinhos com ele falando em seu ouvido? Pra chamar atenção também, é?



Papai do Céu, tampe os ouvidos para as mentiras que vem a seguir, não quero perder meu lugar aí do seu lado.

(A) E tudo isso aqui é pra preservar minha vida, e meu intacto mental e físico. Sabe, eu tô nova pra morrer, tenho que fazer muita coisa ainda. Você sabe, não sabe? Então, me perdoe. Whatever.



Anahi: Por que estamos falando de Alfonso Herrera, lembra? Como eu não dei bola para aquele energúmeno, o idiota se achou no direito de ficar falando em meu ouvido. Urgh. Canta tão mal quando joga bola, fato.


Dulce me olhou tentando saber se eu mentia ou não, tentei manter a calma e ficar o mais normal possivel.



Dulce: Mas ele nao te obrigou a dançar.



Anahi: Não, maas eu não podia dizer não na frente daqueles paparazzis inúteis também .



Dulce: E por que não? Você não era louca para jogar Poncho no chão?



Anahi: Maite me mataria. Aliás, a empresária dele é super de mais. Pena que trabalha pra quele ser inútil. Olha só, Dulce, Alfonso e eu dançamos mesmo juntos, mas não foi nenhuma música . Ele ficou bravo porque não o beijei e me deixou sozinha na pista de dança. Total ogro máster ele, como sempre- isso era verdade, ainda tinha salvação pra mim. Como eu sempre afirmei, uma semana não é o bastanta para mudar minha opinião sobre ele. Nem um mês. Um ano. Uma década. Um século. Ele continua sendo um idiota pra mim.



Um idiota gostoso que beija bem, mas ainda sim, um idiota.



Anahi: Acha mesmo que sou tão falsa ao ponto de dar uma chance à ele sabendo que é o único, puro e verdadeiro amor da minha melhor amiga (BLARGH) ?



Graças a Deus ela perdeu os argumentos. Já não aguentava mais mentir pra ela, fato.



Anahi: Vai acreditar em mim ou prefere engolir o que essas revistas estupidas andam falando?



Ela abriu um sorriso e aí sim eu pude relaxar.



Hm.



Vou começar a pensar na possibilidade de vir a fazer artes cênicas depois de me formar na faculdade.

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