Olhei desolado pro vômito do meu carro e mais desolado ainda pro paparazzi que estava há dois metros de distância e pegou a cena no flagra.
Anahi: Desculpa -ela começou a rir.
Alfonso: Maldição. -ergui a capa do carro tentando, em vão, tampar a cena.
Anahi: Vai ficar com raiva de mim? -ela murmurou quando abri a porta do quarto dela.
Alfonso: Se eu conseguisse... -resmungou.
A garota me dispensa quando vou pedi-la em casamento. Ela vomita no meu carro preferido e eu ainda quero beija-la. Eu devia estar louco. Completamente louco.
Eu parei o carro no hotel, não podia deixa-la sozinha, sem cuidar, tipo, dar banho gelado, um café amargo... Afinal, a deixei beber, era meio por isso e , depois, era a mulher que eu amava, apesar de tudo.
Anahi: Você vai ficar? -ela murmurou quando abri a porta do quarto dela.
Alfonso: Até você melhorar.
Anahi: E se eu não melhorar nunca?
Alfonso: Está sendo incoerente, Any.
Anahi: Eu to com saudade. -ela murmurou puxando meu cabelo.
Fingi não ver, ela estava bêbada. Não ia me aproveitar dela assim, por mais que meu corpo e meu coração ardessem de necessidade.
Necessidade mesmo.
De doer.
De tirar o fôlego.
Abri o chuveiro na agua gelada e a coloquei de baixo e antes que percebesse ela me puxou para o banho também.
É muita provação para uma noite só, meu Deus!
O depois era a parte mais difícil; quando eu precisaria ajuda-la a tirar a roupa molhada. Se eu sobreviver, mereço um premio.
Alfonso: Any... -dei um riso nervoso -Pode por favor tentar de tirar minha roupa?
Anahi: Mas você está fazendo isso comigo, por que não posso fazer contigo?
Alfonso: Estou tirando esse maldito vestido molhado para que você não adoeça.
Anahi: Eu também.
Suspirei exausto e derrotado. Não olhei pro corpo dela enquanto seu vestido escorregava pelas pernas e, o mais rapido que pude, coloquei sua camisola. Ela, apesar de seu teor alcóolico, pareceu percerber minha distância forçada.
Anahi: Você não quer. -balbuciou.
Alfonso: Não assim. -concordei.
Anahi: Já me esqueceu, não é?
Preferir não responder.
Alfonso: Durma, Any. Não tem porque conversar contigo assim.
Anahi: Poncho... -ela segurou na minha mão-Sei que acha que estou bêbada, mas estou bem. E quero te falar uma coisa, pode ouvir e pensar sobre isso?
Alfonso: Diga.
Anahi: Lembra-se daqueles filmes que assistiamos? -segurou meu rosto -A maioria era meio bobo, concordo, mas teve um que diz exatamente o que sinto. Quando a mulher vai atras dele e diz: _Eu não vou dizer que não posso viver sem você, porque é claro que posso. Mas eu não quero._
Nós nos encaramos.
(O filme citado é "Dizem Por Aí".)
Não, eu não queria ouvir. Ah, droga. Eu sabia, eu não devia ter ido ve-la, eu não sofreria assim.
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A Musa do Futebol.
RomanceNinguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por em...