Não era loucura. Não a meu ver.
Tinha duas coisas que me incomodavam muito, na mesma intensidade- que meus filhos crescessem sem que eu pudesse desfrutar disso e que minha forma física estivesse boa quando sempre foi perfeita. Não queria entrar em declínio primeiro para depois parar, não queria que eu perdesse mais coisa para depois me arrepender e ser tarde de mais. Queria curtir a gravidez de Anahi –uma menininha cujo nome seria Line, em homenagem a Aline (a escolha, como sempre, foi de Anahi) –como deveria ter curtido a de Thiago e Filipe, queria ver o parto de perto e não via net como a dos dois porque estava em jogos importantes.
Queria dar a atenção que minha doce mulher merecia.
Ela me apoiou, mas deixou bem claro que não concordava, que não me aguentaria o dia todo em casa(ela é tão amorosa, como podem ver). Mas a promessa era que eu fizesse uma faculdade, de música, quem sabe. Foi nesse clima que eu acordei –fui acordado –naquela manhã de quinze de maio, um sábado esplendoroso, com o sol da primavera brilhando do lado de fora.
Anahi: Acorda, é Bonito –ela brincou beijando meu queixo, tirando onda com a minha cara porque eu a chamava de Maria Bonita quando a acordava –Vai se atrasar.
Alfonso: Tenho mesmo que ir?-suspirei ainda de olhos fechados.
Anahi: Faltam só quinze dias, pense assim –mordeu meu pescoço.
Alfonso: Quer me deixar com marca, mamãe? –sorri.
Anahi: Ouvi dizer que as fãs inglesas são meio assanhadas –lambeu –só estou marcando meu território.
Dei um gemido baixo abrindo os olhos enquanto ela chupava de leve.
Alfonso: Sabia que o que você faz em mim eu tenho direito de fazer com você? –coloquei seu cabelo atrás da orelha.
Anahi: Sabia! –sorriu descarada, se deitando ao meu lado.
Alfonso: Bandida, fez de propósito.
Ela riu e eu mordi o pescoço dela, repetindo o que ela fez, mas dei outra mordida no final também.
Anahi: Ei, eu só dei uma mordida! –acusou
Alfonso: Bônus. –sorri –Como está minha princesinha? –pus a mão em sua barriga.
Anahi: Com fome. –sorriu –E se mexendo sem parar.
Alfonso: Bom dia, princesa! –beijei sua barriga e ela chutou –Rá, talvez ela seja a jogadora de futebol da casa.
Anahi: Talvez, você não me deu bom dia.
Alfonso: Não? –coloquei os braços ao lado dela para me apoiar sem ficar sobre sua barriga –Achei que o chupão contasse –procurei a boca dela
Anahi: Não conta. –sussurrou.
Alfonso: Bom dia –beijei de leve –mamãe exigente.
Anahi puxou meu pescoço me dando um beijo quase desesperado, me tirando o fôlego. Foi nesse clima que eu acordei –fui acordado –naquela manhã de quinze de maio, um sábado esplendoroso, com o sol da primavera brilhando do lado de fora.
Alfonso: Uau, mamãe, quer me matar? –disse ofegante.
Anahi: Na verdade –sussurrou em meu ouvido –eu quero você.
Alfonso: Achei que estivesse atrasado –gemi.
Any desceu a mão pelo meu peito e, é claro, o encontrou animadinho. Isso a fez dar um sorriso prepotente.
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A Musa do Futebol.
RomanceNinguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por em...