Alfonso: Passa pro Mane.
Mane: Que foi? –falou –Tua mulher tem umas pernas, hein, Ponchão! –comentou rindo.
Alfonso: Escuta aqui, engraçadinho, se rir mais uma vez da dor da minha mulher é melhor pedir pra Mai providenciar seu enterro.
Mane: Posso ver sem pudor o meio das pernas dela?-riu novamente sabendo que isso iria o irritar.
Desliguei o celular em resposta.
Mai a daria, com certeza. Cheguei vinte minutos depois no hospital e tinha fotógrafos em toda a parte, rolei os olhos e passei por eles ignorando os chamados. Sinceramente, eles acharam mesmo que eu daria entrevista com a minha mulher tendo uma filha lá dentro? Por favor!
Alfonso: Anahí Herrera –falei com a recepcionista –Já entrou em trabalho de parto?
Recepcionista: Só um minuto... Não.
Alfonso: Está em que quarto?
Recepcionista: Desculpe, não posso falar a não ser pro... –me olhou –pai.
Alfonso: É, eu. Fala logo, por favor.
Recepcionista: Segundo andar, 132. Boa sorte, papai.
Alfonso: Obrigado.
Eu corri o mais rápido que pude e cheguei quase sem ar no corredor. Mane estava com Filipe e Thiago no banco.
Mane: Demorou, hen? -sorriu
Alfonso: Não enche. Ela está aqui dentro?
Mane: Tá, Mai expulsou os homens.
Dei um beijo nos meus filhos.
Alfonso: Eu sou o pai ela não vai ter coragem.
Mane: Vai nessa.
Sorri e entrei.
Maite: Aleluia, hein, Alfonso! –reclamou.
Alfonso: Não tenho turbina no carro então ele não voa.
Maite: Nem devia ter deixado Any nesse estado.
Alfonso: Tambem acho –dei um beijo na minha mulher.
Anahi: Achei que não ia chegar a tempo, amor. –sussurrou.
Alfonso: Eu prometi, não prometi?
Maite: É, ela ta te chamando a cada gritinho –rolou os olhos –Sabia que não dói tanto assim? É o seu terceiro filho, pela mor.
Alfonso: Filha.
Maite: O que? Desde quando vocês sabem o sexo?
Anahi: Ele? Desde o terceiro mês.
Maite: É um canalha mesmo.
Alfonso: Ela não queria saber. Não é, Maria Eduarda? –fiz carinho em sua barriga.
Maite: Maria Eduarda... Bonito.
Anahi: Não –arfou –Não dá moral, Maite. Não vai ser Maria Eduarda. Vai ser Serafina.
Maite: Tá falando sério? Serafina? Vem cá, tu não tem amor na sua cria não?
Anahi: Eu acho bonito, dá licença?
Alfonso: Não acha nada. Serafina foi o primeiro nome que veio na cabeça, só porque Maria Eduarda foi minha e não dela.
Anahi: Não, eu gosto. É, aí, -suspirou –verdade.
Alfonso: Tudo mentira –sorri –Mas vai ser Duda, sem discussão.
Anahi: Duda não, droga!
Maite: Tô achando que o problema é no apelido –riu
Anahi: É em tudo. A menina vai se chamar Maria Eduarda Portilla Herrera De La Parra, é grande de mais, por favor!
Maite: Eu acho normal –deu de ombros –Ucker chama Mane De La Parra Rodrigues Herrera. Anahí arregalou os olhos para mim.
Alfonso: É isso aí. Nunca te contei?
Anahi: Eu juro que um dia quero entender porque você é Herrera Rodriguez e seu irmão é De La Parra .
Alfonso: Eu já te falei isso, loirinha, Ron e eu somos filhos do primeiro casamento, Mane e Meliandra do segundo caso.
Anahi: Nem lembrei. Porra!
Alfonso: Respira, amor.
Anahi: Fácil falar, né? To há duas horas aqui, droga. Não é possível que não tenha dilatado o suficiente –apertou minha mão com força
Maite: Normal, fiquei cinco horas pra ter a Mel.
Alfonso: Dá pra parar de falar, Mai?
Maite: Que? To dizendo a verdade.
Anahi: É diferente. Foi a primeira filha, demora mais –arfou –Com o passar do tempo ficamos mais relaxadas.
Maite: Bota relaxada nisso!
Anahi: Maite! –riu.
Maite: Menti?
Anahi: Amor, chama a enfermeira pra mim.
Alfonso: Tudo bem –a beijei
Anahi: Não demora.
Maite: Alguém me dá um balde, quero vomitar. Como se aguentam vinte e quatro horas por da? Puta que pariu.
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A Musa do Futebol.
RomanceNinguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por em...