Capítulo 26

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Alfonso.

Anahí brincava com as unhas no meu peito enquanto eu olhava o teto. Quando é que eu podia imaginar que aquela marrenta que entrou na minha casa há pouco mais de dois meses iria terminar na minha cama?

Alfonso: Você fica sempre calada depois do sexo ou isso é um mau sinal? -perguntei passando a mão pelo cabelo dela

Anahi: Só estou pensando... -murmurou

Alfonso: Posso saber em quê?

Anahi: Em Dulce -me olhou.

Fiz uma careta, mas não falei nada. Eu não sou ogro assim com minhas fãs, tento trata-las da melhor maneira possível, mas quando elas se transformam em neuróticas como a amiga de Any me assustam. E quem não se assustaria com aquilo(não estou falando da beleza, juro)?

Anahi: Só estou pensando que agora vou ter que contar a ela sobre tudo.

Alfonso: Tudo o quê?

Anahi: Você é sempre lento assim ou só depois do sexo? -se irritou- Estou falando de nós. E de tudo que aconteceu.

Provavelmente ela viu o terror nos meus olhos porque no segundo seguinte já estava sentada e procurando as roupas.

Anahi: Não estou falando de nós como um casal, seu estúpido. Estou falando que vou ter que contar a ela o que nós fizemos. Não precisa ficar com essa cara de fantasma. Não quero me casar com você e a camisinha não estourou -colocou a roupa- Não vou engravidar e seu dinheiro permanecerá intacto.

Alfonso: Aonde você vai? -tentei segurar no braço dela- São quatro da manhã Anahí.

Anahi: Não se preocupe comigo. Eu sei chegar em casa.

Alfonso: Anahí? -mas ela já havia ido.

Fechei os olhos e suspirei.

Burra. Burra. Burra.

Mil vezes burra.

Um milhão de vezes burra.

Infinitamente burra.

Respira, Anahí, respira. Porra, por que essa casa é tão longe da casa principal? Quantos quilômetros tem a mansão dele, afinal?

Tirei a sandália, essa grama tá acabando com meu salto e esse salto tá acabando com meus pés e meus pés estão acabando comigo. Preciso pensar. Eu não estava em sã consciência, claro que não.

A culpa foi do... do ... do vinho? Eu sempre fui muito fraca para vinho? É isso. Bem feito, Anahí, devia ter os conselhos pudicos de sua mãe (especialmente o que falava sobre bebida fazer mau às pernas -elas abrem). Urgh. Que ódio que estou de mim mesma.

Prazer nenhum pode me fazer me sentir menos suja.

Liguei pro meu fiel companheiro Christian, só ele poderia me salvar e me animar numa hora dessas. Eu quero pegar um escovão e me esfregar até sangrar pelo corpo inteiro, mas não havia remédio para as lembranças do meu cérebro. Acho que seria mais fácil se ele fosse péssimo de carne. Mas, é claro, ele não era -ele deve ter treinado muito desde de sua primeira vez, quer dizer, ele é famoso e rico, prato preferido de 90% das mulheres; as oportunistas.

Provavelmente era isso que ele pensava de mim, que eu era uma oportunista.

Pois bem, sabe aquela frase: A primeira impressão é a que fica?

Acredite, ela é 100% verdadeira.

Christian fez chocolate quente para mim, enquanto eu estava na sala, já passava das cinco da manha e eu estava sem sono. Completamente sem sono. Por isso meu amigo esquentava Nescau para mim.

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