Capítulo 29

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Eu não gostava de falar sobre Aline, não falava dela nunca e tentava não pensar também. Pensar era um pouco mais difícil, mas Anahi me fazia ter necessidade de conversar coisas que eu não gostava.

Ela fez carinho no meu rosto, e eu sorri.

Anahi: Acho que eu entendo. –sussurrou –Deve ter sido difícil.

Alfonso: Foi. –suspirei fechando o olho

Anahi: Se você quiser a gente pode mudar de assunto.

Alfonso: Não, tudo bem. Acho que vai ser até bom falar disso.

Anahi: Mesmo? Não quero te forçar a nada.

Alfonso: Mesmo. –sorri –Aline foi uma pessoa maravilhosa, talvez, se ela tivesse vivido mais eu provavelmente me apaixonaria, mas aos 18 anos eu não estava pronto para isso.

Anahi: Você está pronto agora?

Nós nos encaramos.

Me sentia pronto, olhando o azul de seus olhos brilhando intensamente para mim.

Alfonso: Quem sabe?

Eu a beijei.

Anahi: Escuta, posso fazer um comentário maldoso?

Alfonso: Fale. –sorri.

Anahi: De onde saiu o nome Meliandra?

Alfonso: Provavelmente do mesmo lugar que Alfonso.

Nós rimos.

Ela deitou a cabeça no meu ombro.

Alfonso: Está cansada? Quer que eu te leve pra casa?

Anahi: Quero, esse salto tá me matando.

Eu a segurei pela cintura e a levantei, sorrindo.

Anahi: Você não vai me aguentar até o carro. Eu sou pesada.

Alfonso: Ele não está muito longe.

Anahi: Quer conhecer meu apartamento? –ela sussurrou.

Alfonso: Adoraria. Mas você está pronta para os paparazzis na sua porta amanha? –sorri.

Anahi : Quem sabe? –murmurou e então voltou a deitar a cabeça.

Não, eu não estava. O problema não são os paparazzis, e sim é o que eles podem trazer para mim: meu pai. Mas Alfonso não tinha nada a ver com isso e eu não queria que tivesse. Ele era um cara legal, apesar de prepotente e famoso e era bom de cama, apesar de ser um grosso depois do sexo. Por isso o convidei para minha casa.

Anahi: Promete não reparar na bagunça? –murmurei quando chegamos ao meu andar –Eu não tenho dezenas de empregados a minha disposição e tenho passado as duas últimas semanas de teste em teste, tentando arranjar logo um emprego.

Alfonso: Relaxa. –ele beijou meu pescoço –Sua casa é a ultima coisa que vou reparar.

Anahi: Seu tarado. –ri, abrindo a porta.

Ele não esperou muito, bateu a porta atrás de mim e me beijou. Deixei a chave cair em qualquer lugar, perdida com o perfume dele e sua língua dentro da minha boca. Nós caimos no sofá e isso o fez rir.

Anahi: Você devia ser mais cavalheiro, não acha? –grunhi.

Alfonso: Devia? –ele disse beijando meu pescoço.

Anahi: Unrum... –falei vacilante.

Alfonso: E por que você acha isso?

A mão dele desceu ate o cinto do meu short, sem qualquer pressa, e eu perdi a linha do raciocínio.

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