Anahi: Urgh! –grunhiu –Quer saber? Vai se danar. Agora quem não quer sou eu. É guerra que tu quer? É guerra que vai ter.
É claro, ela fez isso de caso muito bem pensado, deixando aquela isca insinuando para mim; era uma bandida mesmo, mal caráter, sem vergonha.
Alfonso: Tudo bem. –suspirei –Fala.
Anahi: Agora quer ouvir?
Alfonso: Você sabe o que fez, não sabe? –rolei os olhos –Então fala.
Anahi: É mesmo uma criança imatura –sorriu e ficou de lado me encarando.
Me apoiei no braço e a olhei de cima- esperei.
Alfonso: Vai demorar muito?
Anahi: Por que tanto estresse?
Alfonso: Adivinha. –fiz uma careta.
Anahi: A culpa é sua.
Alfonso: Não vou discutir quem é culpado aqui.
Anahi: Certo, só estava pensando que, bem, podemos discutir as suas ideias para nomes. Quer dizer, você é pai, talvez tenha mesmo direitos.
Alfonso: Talvez? –sorri.
Anahi: Não força que eu já estou no meu limite –avisou.
Alfonso: Tudo bem.
Anahi: Mas vamos discutir, vamos escolher esse nome juntos. Não precisa ficar com esse sorriso de prepotência idiota.
Eu ri.
Alfonso: Você gosta, confessa.
Anahi: Não, eu não gosto. Aliás, esse sorriso fica mais nojento a cada ano que passa- agora é melhor me beijar antes que eu desista da ideia.
Alfonso: Saudade, bandida? –aproximei meu rosto do dela.
Anahi: Muita –fez carinho no meu rosto –Você deveria ser condenado por isso, sabia? Olha meu estado, seu canalha.
Alfonso: Ah, só estava lutando pelos meus direitos, um dia eu tinha que me rebelar, não acha?
Eu a beijei, inocente, mas Any não demorou a aprofundar o beijo, me fazendo soltar um gemido nada inocente. Me separei para recuperar o ar.
Anahi: Opa, acho que te ataquei –riu.
Alfonso: Você acha? É melhor falarmos dos nomes.
Anahi: Por que não deixamos para depois? –roçou os lábios nos meus.
Alfonso: Porque você vai mudar de ideia. Eu te conheço.
Anahi: Credo, amor, olha como fala. Até parece que não me conhece.
Alfonso: Na verdade, Anahi, é por te conhecer de mais que é melhor discutirmos –pisquei.
Anahi: Palhaço –me deu um tapa de leve no peito.
Nós rimos.
Anahi: Certo, para menina primeiro –me olhou –Em que pensou?
Alfonso: Mahara.
Anahi: Má o que? –arregalou os olhos.
Alfonso: Ma-ha-ra –separei em sílabas.
Anahi: Sem chances! Tá maluco? Só porque sua família é cheia de nomes estranhos não quer dizer que meus filhos terão que ter!
Alfonso: Mahara, pelo significado –rolei os olhos –Significa anjinho de Deus, e que sempre haverá um amanhã. –encarei seus olhos azuis –Tem tudo a ver com nossa vida, não percebe?
Anahi: Tá, o significado é lindo, mas parece nome de cachorro. Ou então vão ficar brincando com (a)marrara seu filho onde? Não. Nome de filho é coisa séria, tu vai carregar pelo resto da vida.
Alfonso: Imaginei –bufei.
Anahi: Ah, Alfonso, só porque eu falei que vamos discutir juntos não quer dizer que vou aceitar a primeira sugestão, né? Eu não quero minha filha com nome de cachorro. Manda a segunda.
Alfonso: Deixa pra lá, vai achar feio também.
Anahi: Da pra falar, pirracento? Depois não reclama.
Alfonso: Maria Eduarda.
Ela ficou em silencio.
Eu já sabia a resposta-a mesma quando eu sugeri Joao Victor para Filipe.
Alfonso: Eu sei, você não gosta de nome composto.
Anahi: Eu gosto, alguns são bonitos. O problema é que ninguém vai falar Maria Eduarda, é um nome grande de mais, amor.
Alfonso: É, já sabia.
Anahi: Ah, Poncho, vai ficar com essa cara agora?
Alfonso: Vou superar, eu sempre supero –dei de ombros.
Por que mesmo que criei esperanças?
Anahi: Agora vai ficar com raiva de mim.
Alfonso: Não estou com raiva.
Ela me beijou, por dois minutos.
Anahi: Você está.
Alfonso: Um pouco, talvez.
Anahi: Está sendo infantil.
Alfonso: Eu sei.
Anahí rolou os olhos.
Anahi: Todo mundo vai chama-la de Duda, então é mais fácil registra-la assim. Tanto nome simples para escolher. Sei lá, que tal Bruna?
Alfonso: Não gosto.
Anahi: Bárbara?
Dei de ombros.
Anahi: Camille? Luiza? Ana Paula?
Alfonso: Composto! –acusei.
Nós rimos.
Anahi: Pelo menos você riu, a raiva não tá tão grande assim.
Alfonso: Nunca é.
Anahi: Olha, só Eduarda, é bonito, um nome só.
Alfonso: Sabe que vai virar Duda de qualquer jeito, não sabe?
Anahi: Ou não, o nome é menor, não fica cansativo de falar, e é um nome forte, não precisa do Maria.
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A Musa do Futebol.
RomanceNinguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por em...