Capítulo 23

825 54 28
                                    


Estava aliviada pelo fato do Alfonso não ter vindo de conversível. Quer dizer, já era bem chato evitar os gritinhos de Dulce, por ir com ele, se fosse no conversível eu seria obrigada a mata-la, para descansar meus ouvidos.

Alfonso: Quem vai na frente comigo? - perguntou olhando pra mim. Mas antes que eu respondesse Dulce já abrira a porta e se sentara no banco da frente. O que eu podia fazer?

Mane: Obrigado, Dulce, por nos dar o enorme prazer de escolher um dos bancos traseiros - disse abrindo a porta.

Christian: Ela está empolgada - murmurou.

Alfonso: Se você não tivesse dito eu não saberia - resmungou me olhando.

Anahi: Hei, eu não tenho culpa! - me defendi.

Mane: Você a chamou-acusou.

Christian: Errado, ela se auto-convidou.-corrigiu.

Alfonso: Você escolhe seus amigos pelo descaramento, falta de educação e coisas do tipo?

Anahi: Do mesmo jeito que você escolhe os seus pela falta de QI e acúmulo de dinheiro - retruquiei revirando os olhos e entrando no carro.

Mane: Obrigado pela categoria, Any.

Anahi: Disponha - resmunguei.

Dulce: Hei! - gritou - A gente vai se atrasar, não?

Mane: Acho que a ruivinha neurótica tem razão - falou entrando - E eu não estou afim de encarar uma Maite brava.

Alfonso: Se não tem outro jeito - murmurou entrando.

Alfonso não estava a vontade, podia perceber a quilômetros. Eu não o conhecia tão bem, não fazia idéia do porque ele assinava Herrera e seu irmão De La Parra, nem mesmo tinha ideia de seu prato predileto, mas podia perceber quando ele não estava a vontade, como agora. E eu até podia entender, afinal de contas ter alguém que sabe tudo sobre sua vida, ao seu lado, lhe dizendo isso não deve ser a melhor coisa do mundo.

Pelo menos eu não gostaria

Alfonso parou no sinal e batia os dedos impaciente no volante. Seu problema não era com fãs, ele conversava educadamente com Chris e até ria das piadinhas do meu amigo, seu problema era com fãs como Dulce. Ela tentava puxar assunto mas ele respondia com monossílabos sem muita atenção.

Alfonso: Quantos minutos atrasados, Mane? - perguntou.

Mane: Hm, cinco. Mai vai te ligar a qualquer...

O celular do Alfonso tocou nos fazendo rir.

Anahi: Er, momento - completei.

Mane: Nem olhe pra mim. Detesto a ira da Maite - revirou os olhos - Tô fora.

Dulce: Se quiser eu atendo.-ofereceu-se prontamente.

Alfonso: Não - ele me olhou pelo retorvisor - Atende, Any? Ela já te conhece.

Mane: E você é mais brava que ela.

Anahi: Bando de covardes - rolei os olhos, rindo - É só uma empresária querendo controlar o seu futuro - peguei o celular.

Christian: Acho que por isso estão com medo. Mulher controladora - fez careta - nem um gay aguenta.

Anahi: Calem a boca - sussurrei - Fala, Maite. É a Anahi. E, não, infelizmente, Alfonso não morreu.

Maite: Seu amor por Alfonso me comove, Any - ela riu do outro lado - Vocês ainda vão se casar.

Anahi: O quê? Com esse ser sem coração? Se eu subir no altar com ele me interne urgentemente numa clínica de desvairados.

A Musa do Futebol.Onde histórias criam vida. Descubra agora