2 temporada- capítulo 25.

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Anahi: Amor, sinceramente, por que não fala o que está pensando? Não era tão cauteloso assim, sabia? Tá um saco ter que ficar adivinhando o que realmente quer, não sou uma boneca de porcelana, droga, não vou cair e me quebrar. O fato de estar fragilizada não quer dizer que tem que medir todas as suas palavras- vai acabar me deixando louca.

Alfons: É muito egoísmo meu, Any, primeiro te forcei a morar do outro lado do oceano por causa do meu trabalho e agora que já se adaptou eu peço para voltarmos ao Brasil.

Anahi: Primeiro, não é egoísmo, é a sua vontade. Somos casados, mas isso não quer dizer que temos que anular nosso querer pelo outro. Então, sim, você tem todo o direito de debater o assunto para que juntos possamos entrar num consenso. Certo? E segundo, você não me forçou a nada. Vim morar contigo porque era o melhor para nós e parei de dançar porque eu quis, não teve nada a ver contigo. Achei que sempre soubesse que sou feminista de mais para ser mandada por um homem –eu sorri –Só que agora não é só mais você e eu, se assim o fosse eu pegava um avião agora para o Brasil, sabe disso. Mas tem Thiago e Filipe e precisamos pensar no que será melhor para eles, para a adaptação e tudo mais. Não dá para decidir agora, a questão tem que ser estudada. Entende?

Alfonso: Então você gostaria de voltar?

Anahi: Claro, sinto falta do calor, sabe disso. O problema maior é Thiago.

Alfonso: Ele ia amar. Ia ficar mais próximo de Bella.

Anahi: É verdade. Mas será que seria bom para ele? É diferente da maioria, aqui a escola o conhece, os professores, os alunos, todos sabem que ele é mais inteligente que o normal. Será que vai ser bom, tira-lo de um lugar que mesmo todos conhecendo já não é tão adaptado e coloca-lo numa escola diferente, num país estranho, amor? Essa é a minha preocupação.

Alfonso: Tem razão.

Anahi: Só por curiosidade... se voltássemos não seria para São Paulo, né? Não quero criar meus filhos com medo de violência.

Dei um sorriso. São Paulo –capital –nem estava na minha lista antes de decidir voltar ao Brasil.

Alfonso: Também não quero cria-los numa jaula. Mas também não pode ser numa cidade muito pequena, Thiago enlouqueceria sem seus cursos.

Anahi: Estou curiosa. Tem a ver com aquele tal de Diego, né?

Alfonso: Você é impossível. –ri –Vou te dar uma dica, lembra-se da nossa primeira vez?

Anahi: Claro –fez uma careta –Quando você foi um canalha e me expulsou da cama. Aliás, é exatamente por isso que quando estamos brigado tenho sair do seu lado.

Alfonso: Bom saber. Eu devia ter imaginado. Enfim, lembra-se onde foi?

Anahi: Pergunta estupida... Quase fiquei sem pés ao ir embora andando naquele gramado inútil. Como poderia esquecer/ -rolou os olhos –Foi no chalezinho lindo e simples com um lago artificial maravilhoso. Aliás só fui pra cama contigo por causa do lago e não porque me seduziu, vale acrescentar. Mas por que ta me fazendo lembrar disso tudo?

Alfonso: Foco, loirinha –ri baixo –Você consegue.

Ela levou meio segundo para entender, dando um pulo da cama, toda agitada.

Anahu: Não! Não! Você ta me dizendo... Ai, meu Deus, Poncho! Eu nunca mais disse que queria morar num chalé... Achei que nem e lembrava. Aí me aparece com essa. Quer me matar?

Abri a gaveta e peguei a chave.

Alfonso: É seu, está em seu nome. Esse é o meu presente.

Anahi: Ah, meu Deus! Onde? Como ele é?

Alfonso: São José dos Campos. Espero que tenha ficado lindo, pelo dinheiro que gastei decorando os móveis rústicos. E o lago é de verdade. Quer ver as fotos?

Anahí pulou no meu colo, me fazendo rir.

Anahi: Eu te amo, muito, muito, muito. –disse num fôlego só.

Alfonso: Eu também te amo. –a beijei –Não quer ver? Só preciso pegar o notebook.

Anahi: Amanhã. –abriu os botões da minha camisa –Vamos comemorar –disse, então efetivando o fim da conversa.

Eu tive medo de acordar na manhã seguinte. Era um dia por si só, triste e Any ficou bem o mês todo, tinha medo que tivesse uma recaída, o que seria muito justificável. Gerard disse que essa era a hora para ver se ela estaria mesmo recuperando, que triste ela ficaria mas não deveria deixar isso domina-la e se abater.

Ela brincou com a minha corrente no pescoço em silencio. Ainda de olhos fechados, fiz carinho em seu cabelo.

Anahi: Bom dia, amor. –sussurrou.

Alfonso: Bom dia –abri os olhos e a encarei.

Aparentemente ela estava bem.

Anahi: Você está me devendo umas fotos, sabe?

Alfonso: Achei que não queria ver. –sorri.

Anahi: É claro que quero, quero achar todos os defeitos do meu chalé. –disse, provocando, como sempre.

Alfonso: Seu? Não tenho lugar nele não?

Anahi: Besta –rolou os olhos –O que é meu é seu, somos casados.

Alfonso: Não é bem um chalé, Any, preciso avisar. Você sempre quis algo simples, eu exagerei um pouco... Foi de propósito. Pensei no bem estar de todos, especialmente dos meninos. É grande, mas dei ordens para ser acolhedor.


Anahi: Poncho, bobinho, o que faz uma casa ser acolhedora é a família, é transforma-la em lar. Essa casa é enorme, é alugada e é muito acolhedora. Não é?

Sorri.

Anahi: Aliás, não vai me dar um beijo? –pediu fazendo beicinho

A beijei de leve, carinhosamente. Rocei os lábios ao terminar e ela mordeu o meu.

Anahi: Tem trabalho hoje?

Alfonso: Hoje não. Tirei o dia para ficar com você.

Anahi: Você é muito preocupado, amor. Eu tô bem. É sério. Tô triste, dói, claro que dói, mas quero virar a pagina. Não esquecer, mas superar mesmo.

Alfonso: Não pensei exatamente em você, pensem em mim também. Me culpo por não ter ficado naquele dia contigo, talvez o fim tivesse sido diferente.

Anahi: É loucura, Poncho.

Alfonso: Eu sei, o pior é que eu sei. –dei um sorriso infeliz.

Anahi: Então ficaremos juntos o dia todo para melhorar a tristeza que sentimos –mordeu meu queixo –E no final do dia estaremos realizados. E Line, onde quer que esteja, estará feliz.

O dia foi assim, até mesmo Filipe, elétrico e hiperativo, estava mais quieto. Thiago decidiu-se por ficar em casa depois da escola ao invés de ir para a computação, e nem eu nem Any ligamos, afinal, ele nunca faltava.

Foi um dia de família unida e se curando.

Any ficou eufórica ao ver as fotos, toda elétrica andando de um lado para o outro, fazendo planos, empolgada. Era até engraçado de ver, isso porque ontem ela disse que tinha que pensar naquilo com calma e tudo mais.

Alfonso: Amor... –sentei na cama –não foi você que pediu para decidirmos com calma?

Anahi: Ai, mas a casa tá linda, poncho! –deu um pulinho –Nem posso imaginar o quanto gastou para arquiteta-la.

Alfonso: Seu sorriso paga –dei de ombros, sincero.

Anahi: Sabe de uma coisa? Durante todos esses anos eu me perguntei porque você me enchia de joias se eu sempre fui tão simples.

Alfonso: Porque eu gosto de te ver com o brilho delas no corpo –sorri –Você fica tão sexy.

Ela rolou os olhos.

Anahi: Acho que é a primeira vez que me dá algo que é a minha cara.

Alfonso: É muito difícil te agradar sabia? -suspirei.

Anahi: Está sendo injusto. –veio até mim.

Alfonso: Estou? Sabe quantas mulheres nesse mundo adorariam ganhar joias caras e raras de aniversário?

Anahi: Muitas. Então você tá casada com a mulher errada.

Alfonso: Muito errada –passei a mão pela lateral do corpo dela.

Anahi: Também não casei com o homem certo e é por isso que somos felizes.

Alfonso: Acho que sim mordi seu queixo –Então repensou na minha proposta para o Brasil?

Anahi: Que tal em julho? Thiago vai ter terminado o ano letivo e as férias podem ajuda-lo a se adaptar.

Alfonso: Ele não vai gostar de ficar seis meses sem estudar.

Anahi: Relaxa, já pensei em tudo.

Alfonso: Você sempre pensa.

Anahi: É verdade. E você sabe o que to pensando agora?

Aí o post, deeesculpa, coloquei o celular pra tocar, mas acabei nem vendo.
Booa leitura.  ♡

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