Nem tudo é o que parece

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Em certos momentos de nossas jornadas, somos assolados por uma inquietante ânsia de retornar ao passado, reviver momentos em que agimos impulsivamente ou tomamos decisões complicadas. Contudo, é fundamental compreender que cada escolha, por mais desafiadora ou equivocada que possa parecer, contribui para nosso constante processo de evolução.

A vida, por sua vez, não nos presenteia com um manual de instruções, e é natural que ao longo do caminho cometamos erros, pequenos ou grandes. No entanto, é por meio desses erros que extraímos preciosas lições, que moldam nosso caráter e nos impulsionam em direção ao crescimento pessoal.

Portanto, não devemos nos aprisionar em remorsos ou autocríticas excessivas por nossas falhas passadas. Cada desvio de rota nos conduz a uma nova compreensão de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. Afinal, é nos momentos de adversidade que encontramos oportunidades de transformação e aprendizado.

É importante lembrar que, embora o destino possa nos guiar, somos os arquitetos de nossas próprias vidas. Devemos agir com determinação, assumindo a responsabilidade por nossas escolhas e buscando sempre o melhor para nós mesmos.

Ao doarmos nossa energia ao universo, abrimos espaço para recebermos em retorno uma variedade de experiências e aprendizados. Devemos nos libertar do medo de errar e abraçar nossa autenticidade, confiando no fluxo da vida para nos conduzir ao encontro de nosso propósito e felicidade verdadeira.

                         

Despertei com os raios dourados do sol iluminando meu rosto, enquanto meu braço repousava dormente em torno da cintura dela. Um sorriso se formou em meus lábios ao perceber sua presença ali. "Eu ainda estou com raiva de você, então nem venha tentar puxar assunto", sua voz soou rouca e áspera.

"Bom dia, em primeiro lugar", respondi, tentando dissipar a tensão no ar. "Em segundo, não me lembro de nada sobre ontem, exceto que a Ana me deu banho em vez de você."

"Ela vai te contar o que você fez. Você só deve ter problema mesmo", ela se levantou abruptamente.

"Se eu soubesse pelo menos o motivo, até tentaria discutir sobre isso. Eu estava bêbada, sabia?", minha voz soou mais firme agora.

"Não coloque a culpa na bebida, por favor, Nathalia."

"O que diabos aconteceu, Victoria?"

"Pergunte para a Ana Clara, ela vai te responder."

"Não, Victoria, eu não quero que ela fale. Quero que você me diga o que diabos aconteceu ontem à noite, o motivo pelo qual você está assim comigo."

"Quer mesmo saber? Então, que seja. Você beijou a Ana Clara ontem quando estavam brincando de verdade ou consequência", ela disse, quase chorando.

"Você só pode estar me zoando, né?"

"Olhe bem para o meu rosto e veja se estou brincando", ela respondeu.

"Vi, eu não beijei a Ana! Eu não queria pois meu coração e mente estavam em você"

"Nem vem com essa, Priscila."

"Não sou perfeita, eu bem sei, mas sei que estou apaixonada por você com toda a minha imperfeição. Me perdoa, Vi?", as lágrimas já escorriam dos meus olhos.

"Você se arrepende?", ela perguntou.

"Me arrepender? Eu estou aqui te falando que nunca aconteceu nada! Que eu não quero outra pessoa além de você!" Respondi olhando em seus olhos e transparecendo todo o meu sentir.

"Ela te perdoo, pois acredito em voce. Não me decepcione, eu gosto de você e quero fazer valer", ela disse indo em direção à porta.

"Ei, Vi, já disse o quanto sou apaixonada por essa voz rouca pela manhã, ou pelo teu cabelo, ou pelos teus olhos que me fitam e transbordam a minha alma de dentro para fora?", eu falei, mas ela já havia saído de cena.

Perdido ao sonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora