O momento se desenrolava como uma dança sinuosa, onde cada movimento, cada toque, era uma nota na partitura da paixão ardente que nos consumia. Victoria, impaciente e ansiosa, sussurrava contra minha pele, seus dedos explorando cada curva, cada contorno do meu corpo enquanto eu buscava a chave certa para adentrar em meu apartamento.
Finalmente, entre risos e beijos, encontramos o caminho para o interior da casa, entregando-nos à voracidade do desejo que ardia entre nós. Seus lábios encontraram os meus com fome voraz, como se o tempo se diluísse em um instante eterno de entrega mútua.
O ambiente pulsava com a intensidade de nossos corações entrelaçados, enquanto nos perdíamos na teia do desejo que nos envolvia. Cada peça de roupa que caía, cada toque que se tornava mais intenso, era uma promessa sussurrada ao vento.
Victoria se entregava aos meus toques com uma entrega sem reservas, seus gemidos ecoando na penumbra do quarto como uma melodia sedutora. Sua pele, macia como a seda, incendiava-se sob meus lábios famintos, enquanto eu explorava cada centímetro de seu corpo com devoção. Nossos corpos se fundiam em um encontro voraz, onde o desejo se transformava em um frenesi de sensações indomáveis. Meus dedos mergulhavam em sua intimidade, explorando as profundezas de seu prazer, enquanto ela se entregava às ondas de êxtase que a envolviam.
A cada gemido, a cada suspiro, o fogo que nos consumia se avivava, alimentando-se da chama que ardia entre nós. Seus olhos, brilhantes de desejo, encontravam os meus em uma comunhão silenciosa, enquanto nos entregávamos ao êxtase que nos envolvia. E assim, entre suspiros entrecortados e gemidos de prazer, nos perdemos um no outro, mergulhando em um oceano de sensações que nos arrastava para além dos limites do tempo e do espaço. Éramos dois corpos em um único ritmo, dançando ao som da paixão que nos consumia.
-- Isso foi bom, hum? -- A loira disse sorrindo. -- Confesso que quando bati meus olhos em você eu senti algo diferente. -- Victoria afirma prendendo seu olhar no meu.
-- Eu concordo com você em todos os pontos. -- Após minha fala deixei um beijo carinhoso em sua nuca e sorrindo logo após o ato.
-- Hum, o que acha de mandar mensagem para o Bryan para avisar que já estamos em casa? Eles devem estar preocupados. -- Victoria fala deixando outro beijo em meus lábios.
Com um sorriso nos lábios, ergui-me da cama, estendendo a mão em direção ao criado-mudo ao lado. Ali repousava meu fiel companheiro digital, o celular, pronto para registrar e compartilhar cada momento. Com dedos ágeis, deslizei pela tela e redigi uma mensagem rápida para meu amigo, informando-lhe que já estava em casa, acompanhada por Victoria. O brilho da tela iluminava o quarto, enquanto meus olhos percorriam as palavras digitadas, ansiosa para compartilhar a novidade com meu confidente.
Despertei suavemente, como se emergisse de um sonho profundo, sentindo um calor reconfortante sobre meu peito. Os primeiros raios de luz da manhã filtravam-se pelas frestas das cortinas, banhando o quarto em uma aura dourada. Lentamente, abri os olhos para o mundo desperto, e lá estava ela, Vi, deitada junto a mim de uma maneira tão serena e delicada, como se tivesse sido esculpida pelos deuses do sono. Seus braços envolviam minha cintura com ternura, e sua cabeça repousava suavemente sobre meu peito, como se buscasse o abrigo do meu coração. Um sorriso involuntário curvou meus lábios ao contemplar aquela cena encantadora, um vislumbre de pura serenidade no turbilhão da vida cotidiana.
Com cuidado para não perturbar sua paz, tentei erguer-me delicadamente, deslizando suavemente para fora dos lençóis macios. No entanto, mesmo em seu sono tranquilo, Vi pareceu sentir minha movimentação, seus cílios roçaram suavemente contra a pele enquanto ela se agitava levemente. Seus olhos se abriram lentamente, revelando a profundidade de sua alma adormecida, e seu olhar encontrou o meu com uma mistura de sonolência e doçura. Por um momento, permanecemos ali, imersas na quietude da manhã, compartilhando o silêncio que falava mais do que mil palavras poderiam expressar.
-- Bom dia também, viu --, ela murmurou suavemente, sua voz como um sussurro reconfortante na quietude da manhã.
Sorri em resposta, acariciando delicadamente seus cabelos enquanto me preparava para iniciar o dia. No entanto, sua insistência em prolongar o momento de paz nos cobria com um manto de preguiça reconfortante, e eu cedi, concordando em desfrutar mais alguns preciosos instantes de tranquilidade.
Mas a responsabilidade chamava, e eu me levantei com relutância, deixando Vi na cama enquanto me dirigia à cozinha. Sob a luz suave que filtrava pela janela, preparei com carinho um desjejum reconfortante, criando um banquete de aromas tentadores que preenchiam o ar ao meu redor.
Enquanto as panquecas douravam na frigideira e o aroma do bacon cozido se misturava ao ar, meus pensamentos se voltaram para o mundo além das paredes da cozinha. Peguei meu telefone, encontrando uma enxurrada de mensagens dos meus queridos amigos, como cartas virtuais que atravessavam o espaço para alcançar-me naquela manhã tranquila.
Senti o abraço caloroso de Victoria por trás, envolta na minha blusa do dia anterior, e sua presença exalava uma beleza serena.
-- Preparei café para nós. Onde estão Bryan e Naclara? -- Perguntei, enquanto observava a tranquilidade que se instalava em seu rosto.
-- Eles ainda estão na cama do Bryan, entregues ao sono profundo. Passei lá antes de entrar para o banho -- Respondeu Victoria, com um sorriso suave brincando em seus lábios.
-- Em breve eles acordarão. Enquanto isso, permita-me conceder-lhe um beijo -- Sugeri, acariciando sua pele com suavidade.
-- Seu fogo nunca se apaga, não é? -- A loira comentou, antes de nos entregarmos a um beijo lento e apaixonado, onde cada toque acendia chamas intensas de desejo.
-- VOCÊS NÃO CANSAM NÃO, EM? -- Bryan disse em tom brincalhão, interrompendo nossa intimidade matinal com sua típica irreverência.Ana Clara seguiu atrás dele, oferecendo um bom dia com uma expressão nada animadora, revelando vestígios de desapontamento da noite anterior. Vi cumprimentou-a e a abraçou, preocupada com sua aparente melancolia, perguntando se estava tudo bem. Mesmo que ela afirmasse que sim, era evidente que algo a perturbava profundamente.
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Perdido ao sonho
Historical FictionQuando nos apegamos ao passado, o futuro promissor se obscurece sob o véu das lembranças, aprisionado entre os escombros do que já foi. É como se nossos sonhos, outrora radiantes e audaciosos, se perdessem na penumbra da nostalgia, enquanto nos enco...