Capítulo 5

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VALENTINA
"Pode se arrumar, não precisa muita coisa porque a gente vai ficar sem roupa. 1, 2, 3 e já... me diz se vai ou se não vai nesse avião... se insinuar que vai negar não vou deixar você falar e vou correndo pra beijar sua boca, eu quero ficar a noite inteira coladinho com você fazendo amor." Tava cantando de dançando coladinho com o Bê essa música, ele era engraçado e cantava ela todinho de olhos fechados, a coisa mais fofa. Até que alguém passou rápido esbarrando nele e ele me segurou mais forte pra gente não cair. Nossos olhos se encontraram automaticamente e aquilo foi estranho, de novo. Eu não sabia se desviava ou talvez simplesmente não queria e ele parecia ta na mesma coisa. Nessa hora não fazia nem ideia se tinha alguém nos olhando o que provavelmente era o que tava acontecendo... eu só não sabia o que fazer, acho que já tava até suando vendo o Bernardo olhar pros meus olhos e olhar pra minha boca nunca sequencia que tava perturbando, quando finalmente desci pra vida ele me segurou com mais força.

- Me solta Bê... - Ele sorriu e passou a mão pela minha nuca me puxando pra um beijo, era rápido mas não desesperador, tava uma delicia e depois de ta ali beijando ele parei pra me perguntar porque nunca tinha feito isso antes, Bernardo era tímido mas tinha uma pegada e um beijo fora do normal, não via o tempo passar e não conseguia nem sentir o ar faltando de tão perdida que eu tava naquele beijo. Até que a gente escutou a Mari me chamando e paramos na hora.

- Opa... desculpa atrapalhar casal... - Eu tenho certeza que eu devia ta toda vermelha de tão sem graça. Ela se virou saindo de onde a gente tava provavelmente voltando pra onde o Matheus tava e eu me soltei do Bernardo fazendo menção de que ia atrás dela.

- Fica aqui comigo pô. - Ele me disse sorrindo e eu me sentia a maior idiota do mundo, não dava pra dizer não com aquele sorriso no rosto que ele tinha. Ele abraçou minha cintura encostando a cabeça no meu ombro e ai já era, continuei ali dançando e bebendo com ele.

MATHEUS
- Já voltou, anã?

- Nossa Matheus você é tão chato... não sei como você consegue pegar mulher assim. - Mari falou e eu rir arqueando uma sobrancelha.

- Olha aqui pro pai, o conjunto todo da obra... tem certeza que não sabe? - Ela riu.

- Ridiculo. - Dei um abracinho nela de lado... Mari era gata demais, aliás os pais delas tão de parabéns viu... só colocaram filha foda no mundo, mas esse jeitinho da Mari de menininha, bobinha e ingênua deixa ela uma coisa absurda.. até o tamanho dela é proporcional pra mim, pequeninha, corpão... abana né, porque passo mal pra ela de verdade e ela sabe.

- Mas me diz, tu voltou porque se tava fugindo de mim.

- Voltei porque quando cheguei lá tava Valentina e Bernardo se pegando e eu que não ia atrapalhar quando finalmente rolou.

- Quando ela falou isso eu nem acreditei mané, Valentina é foda.. eu não tenho nem duvidas do quanto ela faria bem pro meu irmão, basta comparar os últimos meses dele de namoro, com o Bernardo depois que a filha da puta deixou ele com esse Bernardo de agora, parece até que existe um Bernardo antes da Valentina e um Bernardo depois da Valentina.

- Caô? - Ela riu negando com a cabeça.. - Pô, então só falta tu ficar comigo.

- Deixa de ser escroto.. cê sabe que eu namoro.

- Por falar em namoro, cadê o pela saco? - Ela me deu um tapa no braço - Para doida, ta pegando a mania da tua irmã de bater nos outros.

- Para de chamar ele assim então. E não sei dele não, deve ta por ai.

- Ihhh... sentindo cheiro de DR ein.

- Melhor a gente mudar de assunto tu não acha não?

- Pô, contigo eu acho melhor fazer tantas outras coisas..

- Ai Matheus, cala a boca. Meu deus. Vou te deixar aqui sozinho se você não se calar.

- Não pô fica ai.

- Cheio de menina aqui nessa festa, anda, vai atrás de alguém e aproveita e me traz uma bebia. - Ela disse se voltando pro palco e indo sambar, eu babei né... mas fiz o que a mandona pediu...

VALENTINA
Depois de ficar muito tempo junto, eu e o Bê descemos lá pra frente do palco onde o Matheus, Mari e uns conhecidos do Matheus estavam, Mari já tinha bebido muito, Matheus também mas aquele cão nunca dava PT, pela graça de Deus, Bernardo tava tranquilo ainda.

- Ei, psiu. - Odiava demais quando ele me chamava com psiu, já virei puta e ele me mostrou aquele sorriso me dando um selinho demorado.

- Vou pegar bebida, tu quer o que?

- Me traz um copão de 500. - Ele piscou saindo e eu continuei ali com o pessoal.

- E ai, virou minha cunhada mesmo? - Disse o Matheus passando o braço em volta do meu pescoço.

- Sai pra lá mané... teu irmão é doido e eu mais ainda.

- Pô, podia rolar um lance de cunhados duplos, tu com meu irmão e eu com tua irmã. Me da essa moral ai.

- Deus me livre, Mariah já namora um traste vai trocar por outro? Eu hein, Deus é mais na vida dela. - Ele me deu um se liga.

- Otária.

- Que é que tem eu ai ein? - Mariah disse se chegando perto da gente.

- Nada, papo de maluco desse doido... bora dançar. - Falei puxando ela e dançando com a mesma. Sentir uma mão me envolver pela cintura e me virei achando que era o Bernardo mas era um garoto que eu conhecia, só não lembrava de onde. -
- E ai Valentinha.
- Pô e ai. - Falei tirando a mão dele da minha cintura.. -
- Ta me reconhecendo não né?
- To não..
- O Pedro maluca, teu monitor em Arquitetura. - Na hora me liguei quem era ele, o moleque era doidinho mas inteligente pra caralho, ainda era gostoso. -
- E ai Peu. - Disse dando um abraço nele - Pô não chega assim nas mina não que tu vai levar um se liga. - Ele riu. - Xô te apresentar... essa aqui é a Mari. - Puxei minha irmã pela mão. - Mari esse é o Pedro um colega meu.
- Tu é a famosa Mari? Pô, deveria ter apresentado antes ein... - Mari sorriu toda sem jeito né, minha irmã é toda tímida. Eles se apresentaram direito lá e depois o Pedro veio pra dançar comigo, moleque gastava todo mundo e eu não parava de rir com ele.. -
- Tô atrapalhando? - Falou o Bernardo chegando onde a gente tava e me entregando meu copo com cerveja. Bernardo ficava olhando pro Pedro e pra mim e a Mari rindo, aquilo me dava uma agonia. -
- Ai.. ta não. Esse doido ai é o Pedro, colega meu das antas.
- Hm. Sou o Bernardo. - Pedro estendeu a mão e o Bernardo apertou, mas logo soltou e passou a mão pela minha cintura me dando um beijo no pescoço. - Tu conhece ela da onde?

- Faculdade. - Pedro disse todo sem jeito. - E esse dai é teu namorado Valentinha?

- Para de falar esse meu apelido escroto. - Eu disse revirando os olhos.

- E não Pedro, ele não é meu namorado.

- Ainda né... - A Mari disse eu ri.

- E ai família... - Falou o Matheus chegando onde a gente tava, com a blusa toda amassada e um chupão enorme no pescoço - Tudo tranquilo?

- Credo garoto quem tava tirando teu sangue? - Disse a Mari e o Matheus ficou sem jeito. -

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora