- Cara, que bosta. Não sei o que falar. — A Rafa falou.
- Isso não muda nada, o Kaio é o pai dela, tá na certidão de nascimento e no coração dela, foda-se esse babaca. Ele não tem direitos. — A Renata falou e eu só sabia chorar, que ódio.
- Mas ele pode pedir um exame de DNA, sei lá.
- Eu duvido, Isadora. Ele nunca quis ser pai, vai ser pai agora? — A Marcela falou.
- Meu Deus o Kaio. — A Valentina falou. — Olha, o Tiago não é pai dela, ele não tem direitos e você recusa o DNA, mas agora, a pessoa que você tem que falar é com o Kaio, isso é o primeiro problema real que vocês tão enfrentando como casal, eu sei que somos suas amigas e a gente vai tá aqui PRA TUDO, mas agora você precisa ir atras do seu namorado, do pai da sua filha e contar o que tá acontecendo. — A gente conversou mais um pouco e eu liguei pro Kaio avisando que ia pra casa, ainda bem que a Julinha já tava dormindo nessa altura do campeonato.
Quando cheguei em casa o Kaio tava sentado na sala, com o boné enterrado na cara, assim que eu entrei ele me olhou.
- A gente precisa conversar.
- Eu sei, desculpa de verdade. — Ele falou já se levantando.
- Kaio, esquece... vou colocar a Júlia no quarto e já volto, tá bom?
- Você tava chorando?
Não respondi e coloquei a Júlia deitada no quarto dela, liguei o ar e voltei pra sala.
- Eu fui pro shopping com a Júlia...
- Você me desculpa? — Ele me interrompeu
- Kaio, me deixa continuar. — Respirei fundo. — Eu fui com a Júlia no shopping, levei ela pra comer e ficamos na área do pátio... Kaio, eu não sei como falar isso pra você.
- Você vai me deixar é isso? Porque se for eu, eu... vou ficar louco. Você não...
- Kaio o Tiago apareceu! — O Kaio ficou BRANCO!
- QUE?
- Eu tava lá com a Júlia, sentou uma pessoa só meu lado falando que a minha filha era linda e quando eu virei era ele.
- O que ele queria, Isadora? Ele só falou isso?
- Eu não deixei ele falar, eu só peguei a Júlia e sai dali. — O Kaio não parava de andar de um lado pro outro.
- Eu vou matar esse arrombado.
- Para. — Falei ficando em pé na frente dele. — No fundo nós sabíamos que isso podia acontecer, eu não sei o que ele quer e não sei se quer assumir ela, mas isso é uma coisa que ele não vai. Você é o pai dela, você meu amor. — Falei e abracei ele. — A gente tem que enfrentar isso juntos. Somos mais fortes juntos e nada vai atrapalhar nossa família.
- Não deixa ele tirar ela de mim... — Ele pediu me abraçando forte.
- Ele não vai. — Me deu um selinho e saiu dali indo ao quarto da Júlia, deixei ele lá porque não queria atrapalhar em nada, fiquei ali na sala pensando em tudo... que merda. —
segunda-feira.
Mariah.
Acordei morrendo de dor de cabeça e minha barriga já tava tão grandinha, parece que cada hora o Gui aumentava ainda mais, que eu não tava conseguindo nem levantar da cama. Pois é, eu já to morando na minha casa com o Mateus... a gente achou melhor se mudar logo, porque o casamento só seria no próximo ano, quando o Gui já tivesse maiorzinho e eu tinha que me acostumar a ter uma casa né. Não tava tudo pronto ainda, faltava algumas coisas mas tinha o essencial, nessa parte a Valentina que tava me ajudando a escolher tudo. Mateus tava se arrumando pra ir trabalhar é isso eu sabia porque o Mateus é a pessoa mais barulhenta, da pra ouvir tudo que ele faz pra se arrumar... mas continuei de olhos fechados.- Gordinha, não é melhor você ir pra casa da sua mãe? Não gosto da ideia de te deixar aqui sozinha se você tá sentindo dor de cabeça assim.
- Não amor, já ta passando. Tô bem.
- Tem certeza?
- Sim.
- Então tô indo nessa tá? — Ele disse me dando um beijo. — Te amo!
- Te amo mais.
- Cuida da nossa princesona ein neném. — Ele disse e deu um beijo na minha barriga, depois me deu um selinho e saiu. Eu fiquei ali deitada mexendo no meu celular, me levantei pra comer alguma coisa e depois voltei pro quarto, fui fazer xixi e senti uma dor forte.
- Ei, Gui. — Falei alisando minha barriga — Calma aí, amor... deixa pra brincar com a mamãe quando tiver aqui fora.
Deitei novamente na cama e tentei voltar a dormir, mas eu não conseguia porque tava sentindo um calor desproporcional já que o ar tava ligado, tava suando muito, senti uma dor muito forte na barriga que me fez gritar um pouquinho e depois foi como se eu tivesse feito xixi nas calças, mas quando eu olhei era sangue que tinha ali e eu entrei em desespero imediatamente... meu filho... meu Guilherme, eu não podia tá perdendo meu filho... comecei a chorar, peguei meu telefone e não conseguia abrir no número do Mateus porque tava tremendo muito, no terceiro toque ele atendeu.
📲
- Mateus... amor... vem pra casa por favor.
- O que? O que foi?
- Eu tô perdendo...
- O QUE? FALA
- Eu acho que tô perdendo o Gui, por favor...
📲O Mateus desligou na minha cara e Deus ajude que nada aconteça com ele porque se eu conheço o meu marido ele tava desesperado, eu comecei a rezar e a pedir a Deus pra nada tá acontecendo, liguei pra Valentina...
📲
- Oi.
- Valentina vem pra cá por favor... eu to sangrando, me ajuda, não me deixa perder meu filho.
- Porra! Fica calma, não sai de onde quer que tu esteja. Eu to chegando.
📲Fiquei lá alisando meu neném e chorando, só escutei uma batida na porta e o Mateus já tava na porta do quarto, ele tava muito nervoso. Me pegou no colo e correu comigo até o carro.
- Não desisti, eu vou voar até o hospital. Vai ficar tudo bem. Eu amo vocês.
Ele disse e eu não conseguia parar de chorar, Mateus tava indo realmente voando até ao hospital, ele foi muito rápido mesmo e quando chegamos só deu tempo falar pra ele avisar a Valentina e me levaram pras salas...
- EU AMO VOCÊS... — Deu pra ouvir antes de ir.
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Vai namorar comigo sim!
Teen Fiction"Eu vim acabar com essa sua vidinha de balada e dar outro gosto pra essa sua boca de ressaca. Vai namorar comigo SIM, vai por mim... igual nos dois não tem. Se reclamar cê vai casar também com comunhão de bens. Seu coração é meu e o meu é seu também...