Capítulo 4

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Fiquei lá na portaria que nem doente mental esperando o Bernardo que tava demorando mais que o normal, já tinha até pegue meu celular pra ficar vendo as redes sociais e só besteiras. Tava muito desligada do mundo olhando pro celular e só ouvi buzinarem, olhei e era ele.

- Demorou pra caralho ein. - Disse fechando a porta do carro.

- Tava resolvendo uns problemas. - Ele sorriu dando a partida.

- Olha aqui pra mim, Bernardo Akkari... se eu tiver sentando em cima da porra de vagabunda que você pega, você nem olhe mais na minha cara. - Fiz cara de nojo e o otario se acabou de rir né.

- Relaxa, ta limpinho tudo ai. Nem sutiã tem no banco de trás.

- Você ta ficando um ridículo ein, ta andando muito comigo... vamo acabar essa amizade.

- Cala a boca cara, não me estressa que hoje eu to muito feliz.

- Ih, Iasmin resolveu te mandar mensagem?

- Que Iasmin o que... não toca no nome dessa garota.

- Quem não te conhece que te compre viu... basta beber um pouquinho pra tu esquecer isso dai que tu ta dizendo.

- Graças a Deus que a gente já ta chegando na tua casa que é pra eu me livrar logo. - Eu só ri e fiquei calada né, rapidinho ele chegou em frente lá de casa.

- Ta entregue pedaço de lixo. Hoje eu to passando aqui umas 21:30 e vamos curtir um pagodinho viu? Não esquece.

- Sim senhor. Vou tentar arrastar a Mari comigo então não vem de moto não.

- Pode deixar capitã. - Bernardo me puxou pra um abraço e na hora que eu fui lher dar um beijo no rosto foi exatamente na mesma hora que ele foi me dar um beijo também e acabou que trocamos um selinho, que era pra ter sido rápido, mas sentir que durou mais do que deveria, a gente se afastou e o Bernardo sorriu.. eu fiquei maior sem graça né, o Bernardo era diferente demais pra eu arriscar algo com ele, não era como o Matheus que era porra louca e eu sabia que não ia se machucar quando eu não quisesse mais... eu sorri de volta pro Bê e tratei de sair rápido ali do carro. Ele esperou eu entrar de casa e pelo olho mágico vi ele dando partida no carro.

- Hummm, bisbilhotando o queridinho é? - Me virei com a maior cara de susto pra Mari que já formava um sorriso no rosto atrás de mim.

- Mariah, porque você não deixa de ser futriqueira? - Falei subindo pro meu quarto e aquela peste veio atrás de mim.

- Você não tem nada pra me contar não, Valentina? - Me joguei na cama e ela ficou lá me encarando com aquela cara de que sabia que tinha alguma coisa. Revirei os olhos.

MARIAH
Quem conhece a Valentina do jeito que eu conheço sabe perfeitamente que ela gosta do Bernardo, ela pode não perceber... ela sempre foi a mais desligada nas coisas mesmo. Mas que ela gosta dele, isso não tem como ela negar. Não sei quando foi que começou isso, mas pelo visto já é um caminho sem volta. Principalmente depois do que ela me contou que aconteceu no carro e pelo sorriso, é... minha irmã ta fodida. Não quer aceitar que ta fodida, mas tá.
- E quando é que você vai admitir pra ele e pra você mesma que você gosta dele?

- Nunca, eu não gosto...

- Ah qual é Valen... sou eu, você pode ser sincera comigo.

- E eu tô, Mari. Se eu te falar que eu não acho ele bom de papo, bem gato e gostoso - eu rir - eu vou ta mentindo pra você... mas não é minha intenção ficar com ele ou gostar dele, o garoto é todo complexado... morre de saudades da ex e com certeza deve gostar dela ainda e eu sou toda porra louca, você sabe, não gosto de ficar presa... se envolver comigo só seria mais um problema pra ele.

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora