Vai namorar comigo sim!

Capítulo 124

MARCELA.

Cara que vergonha da noite de ontem, ainda bem que lembro de pouca coisa. Mas geral passou o café da manhã me zoando, menos o Diogo, que só ficava calado na dele. O único momento que não fiquei com ressaca foi de manhã cedo quando a gente foi surfar, já disse né? Mar cura tudo!
Tava saindo da água e o Diogo tava saindo também...

- Aí, valeu por ontem.

- De nada. — Ele disse colocando a prancha na areia. — Tá melhor?

- Agora sim. — Falei olhando pro mar.

- Que bom. — Ele disse e tirou a prancha da areia e foi subindo pra casa.

- Diogo... — O chamei, eu queria falar algo que nem eu sabia o que falar, quando ele virou eu perdi até a fala. — Nada não. — Eu disse e ele assentiu com a cabeça e continuou, Bernardo e Mateus ainda tavam na água então eu resolvi entrar também. Depois de um tempinho ali, bateu a fome e a gente foi ver se a comida tava pronta.

- Tu tinha que ver ela ontem Mateus, dando pala pra caralho.

- Vai se foder, Bernardo.

- Isso dai você queria fazer com o Diogo. Ficou chorando no ouvido da Valentina dizendo que ele não te queria mais.

- Mentira que perdi isso? — O Mateus disse rindo.

- Para de ser mentiroso, Bernardo. Mateus não acredita nele, eu não fiz nada disso. — Falei e dei um tapa no braço do Bernardo.

- Acredito no meu mano.

- Então vai tomar no cu os dois.
A gente entrou na casa e guardamos a prancha, dai o pessoal tava todo na cozinha colocando a mesa pro almoço, que pela sorte de Deus era macarronada.

- Caô que é macarronada. — O Bernardo falou dando um beijo na Valentina.

- Finalmente saiu do mar né viciado.

Sentamos todos juntos e cada um foi se servindo, a gente mais ria do que comia ou era igual? Nem sei... porque eu comi que nem uma porca.

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Era impossível que o sábado tivesse sido melhor, tava da forma que eles queriam... os meninos passaram a manhã toda na praia, Marcela também. Quando chegaram o rango foi uma macarronada das brabas.

- Aí, nunca pensei que você tivesse algo pra ser elogiado, Renata... mas meu parabéns, tá do caralho a macarronada. — O Kaio falou e a Renata mostrou o dedo do meio pra ele.

- Nunca mais te dou da minha comida.

- Tá boa mesmo. — O Felipe disse e deu um selinho na Renata.

- Hummmmm... gostei Felipe. — O Mateus falou.

- Boa irmão, cada dia tu tá mais craque em domar cobra. — O Bernardo disse e todo mundo riu.

- Valentina, vê se cala a boca desse seu namorado. Garoto babaca.

O resto do almoço foi muito de tudo, bebida, brincadeiras e curtição. Eles realmente amavam estar ali um com os outros. As meninas tavam tomando sol, todas juntas e a fofocada rolava solta.

- Marcela você tava impagável.

- Aí nem me lembre, que da dor de cabeça só de pensar. Ainda bem que eu não lembro de tudo.

- Aí queria tanto ter visto essas cenas. — Mariah falou.

- Não queira amiga, não queira. Pior que quem cuidou de mim foi o Diogo e eu tenho certeza que eu falei várias merdas.

- Se você tiver falando pra ele o que você tava falando pra mim, então sem duvidas... — Valentina disse e as meninas riram.

- Verdade, Marcela bebada não tira o nome do Diogo da boca. — A Renata disse.

- Aí gente, porque é tão difícil?

- Porque você dificulta tudo, Marcela.
— A Isa falou. — Todo mundo ouviu os dois lados da história e todos sabemos que nenhum dos dois saiu ganhando e pelo que o Kaio me contou, os três meses que ele passou atras de você, ele ficou ruim de verdade.

- Mas o que me machuca não é o fato das traições ou não traições. É que tipo, porra, eu nunca existi na vida dele, entendeu? Sempre foi escondido.

- Eu acho que você tá perdendo tempo, Ma. De verdade, entendo que te machucou, mas o Diogo é lindo, incrível, gente boa pra caralho... você só vai se da conta que tá perdendo esse tempo quando ele aparecer com outra. — A Mari disse.

- Verdade amiga e não falta mulher, eu sei que você é melhor que todas elas, mas ninguém fica correndo atrás de ninguém pra sempre. — A Rafa terminou de falar.

- Aí gente, vamos mudar de assunto. — Foi a vez de Valentina falar vendo que a amiga já tava ficando bem triste.

- Mãe! — Elas ouviram aquela vozinha que da vontade de esmagar. — Porque não fico com marquinha de biquíni também? — Ela disse colocando a mão na cintura e as meninas caíram na gargalhada.

- Não é possível essa garota. — Valentina disse rindo.

- Vai perguntar isso pro seu pai, só pra mamãe ver uma coisinha. — A Isadora falou e elas morreram de rir e ela foi atras do pai dela. —

- Papai, porque eu não fico com marquinha de biquíni também? — Quando Júlia foi até o Kaio e a roda dos meninos que tavam jogando uma altinha e perguntou isso o Kaio engasgou com a própria saliva.

- Que história é essa garota? Quer me matar do coração?! — Ele disse pegando ela no colo.

- Quero uma marquinha, todas as minhas titias tem e elas falaram que os meninos gostam.

- Quem foi que mandou tu falar essas besteiras? Tira isso da cabeça ein?! Tá doidona? — Ela riu.

- Caralho... — O Mateus falou quase se engasgando de rir.

- Vocês tão rindo do que? Aí Júlia, vamo lá na tua mãe que ela tá me fazendo perder a paciência.

- Júlia não liga pros meninos, princesa. Tu só vai namorar depois dos 25 e o cara vai ter que falar com cada um dos teus tios. — O Bernardo disso.

- Isso mesmo, depois dos 25 que tu namora, Ju. Tu não quer magoar o tio Diô, né? — Ela balançou a cabeça e o Kaio foi até a piscina com ela no colo.

- Isadora vem cá. — Ele disse e a Isadora já levantou rindo.

- Oi amor. — Ela disse dando um selinho nele.

- Oi amor... oi amor, já ouviu o que tua filha anda falando? Você quem fica ensinando essas coisas a ela. — As duas riram. — Não riam não.

- Amor, ela só tá brincando... né filha?

- Tô não mamãe, eu quero mesmo.

- Júlia... tu ama o papai né? — Ela assentiu. — Então não mata o papai do coração não.

- Mas é que eu tenho um namoradinh...

- Ah não, ah não. — Ele disse e colocou ela no chão. — Essa conversa é demais pra mim e se tu arrumou isso na escola, segunda mesmo tô te mudando de lá. — Ele disse e foi saindo, Júlia foi pro colo da Isadora rindo e as duas fizeram um toque de mão.

- Boa filha, você ganhou na missão de irritar o papai. — Isadora deu um beijo na bochecha dela que riu.

- Papai tá bravo mamãe.

- Tá nada amor, depois você da uns beijinhos e passa.