Capítulo 72

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Maratona  2/10

- Fala logo, garota. — Meu pai disse e eu olhei pra Valentina e ela assentiu com a cabeça.

- Pai, mãe. — Olhei pra eles. — Tô grávida. — Eu comecei a chorar logo. — Pai me desculpa de verdade por te decepcionar. Eu não sei como aconteceu, eu me cuido muito bem pra isso, mas aconteceu. Desculpa de verdade, vocês devem tá me odiando agora, né. — Eu não conseguia parar de chorar. —

- Filha, senta aqui. — Meu pai falou, ele tava branco tadinho. Valentina também tava chorando. — Da onde você tirou que a gente tá odiando você? — Ele me abraçou e eu consegui me acalmar mais. — Olha aqui pro pai. Você nunca me decepciona, você... vocês, são os maiores orgulhos da minha vida. Claro que eu não esperava que você engravidasse agora, nem muito menos esperava ser avô porque não tenho nem idade pra isso. Mas, seu bebê vai ser o bebê mais amado do mundo. Eu sou seu pai, Mari. Eu vou tá do seu lado pra tudo que você precisar nessa vida.

- Ai eu já sabia. — Minha mãe disse. — Ué, mãe sabe... você tava com todos os sintomas de gravidez filha, aliás, tava era com medo de ser as duas que estivessem grávidas. — Meu pai olhou pra Valentina que riu.

- Eu não ein, Deus me livre.

- Mamãe vai tá sempre aqui pra você filha, quando você descobriu?

- Fiz os exames hoje mãe. To grávida de 1 mês.

- Parabéns filha, tenho certeza que você vai ser a melhor mãe do mundo. Agora tem que se cuidar direitinho. O Mateus já sabe?

- Não mãe, eu não quis contar isso por telefone. Ele tá vindo aqui agora.

- Mas ele é um rapaz tão bom, com certeza vai te apoiar em tudo.

- Rapaz bom sou eu. — Meu pai falou se metendo. — Eu ein.

- Aí, namoral... eu amo vocês. — A Valentina falou puxando a gente pra um abraço. — Amo muito muito muito mesmo.

- Aproveita ein, que não é todo dia essas demonstrações de amor. — Meu pai falou e a Valentina mordeu ele. — Tá vendo. Vamos ficar sempre juntos bebês do pai.

Meu pai ficou comigo no colo e ficava conversando com a minha barriga o tempo todo. A campainha tocou e só podia ser o Mateus... e era ele mesmo, chegou junto do Bernardo. Ele me puxou pra um beijo enquanto o Bernardo já foi entrando em casa.

- Que saudade neném.

- Vamo entrar? Tenho um assunto sério pra falar com você.

- Cê tá me deixando é preocupado, loirinha.

- Vamo? — Eu falei puxando ele com a mão e a gente entrou em casa.

- Aí Mateus, depois desse que tenho o papo contigo. — Meu pai falou tão sério que até eu fiquei com medo imagine o Mateus. A gente foi pro quarto e ele entrou todo preocupadinho.

- Tá, se eu tava preocupado agora eu to com medo.

Deitei na cama por cima dele e fiquei olhando ele nos olhos, ele ficou me dando uns beijinhos.

- Você tava chorando, loirinha? Que aconteceu, amor?

- Tá tudo bem, loirinho.

- Cê jura? — Eu assenti e dei um beijo nele.

- Mateus, você pensa em ter filhos?

- Claro, pô. Já vou fazer 24 anos esse ano amor. Antes eu não pensava em casar e nem em ter filhos, mas agora eu tenho você né. — Ele sorriu.  Tenho que começar a pensar nessas coisas porque eu tenho certeza que você é a mulher da minha vida. — Quis esmagar ele nessa hora. — E eu entendo que você só tem 18 anos, que tá começando a faculdade agora e tudo mais... vou esperar você, loirinha. Vou fazer um filho contigo. — Ele disse me beijando.

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora