Capítulo 136

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Maratona 6/7

- Oi minha gostosa.

- Me respeita ein, ainda posso te dar uns tapas.

- O que é que cê quer? Beijo? — Ele dizia tentando passar uma animação que não tinha, que não conseguia ter.

- Quero que você se cuide meu amor, cuide de você e do seu irmão. O que eu podia fazer por vocês eu já fiz, agora é com vocês e eu sei que eu não falhei, vocês são maravilhosos. Tenho tanto orgulho de você, Diogo.

- Nem vou precisar cuidar dele tia, tem a senhora pra cuidar de nós dois.

- Eu não sou pra sempre meu amor. Infelizmente. Mas, eu sei que você vai sair melhor do que você imagina.

- Fala isso não cara.

- Eu amo você, você é o filho mais velho do meu filho, não esquece disso tá? Não deixa ele ficar triste e você não é pra ficar também não, ok? Aproveita a vida de vocês, as festas, tudo do mesmo jeito. Tá bom?

- Tá bom tia, vou cuidar do cabeção e sei que ele vai tá cuidando de mim também. — Diogo limpou algumas lágrimas e respirou fundo. — Vai da tudo certo tia, a gente chegou longe demais. Você é maravilhosa, sabe disso né? Carequinha tá mais linda ainda, tio que tome cuidado porque muitos tão te querendo e eu quero ser o primeiro da lista. — Ela sorriu fraco, o que acabou fazendo com que ela tossisse um pouco. — Calma, calma...

- Te amo filho.

- Amo a senhora. — Ele disse e deu um beijo na testa dela, voltando a se sentar no sofá.

Nesse período, Isadora desceu pra pegar um chá pra sogra, um que ela amava, veio esfriando um pouco o chá e lhe entregou.

- Bebe todinho dona Carla. — Ela disse se sentando na cama e ajudando a sogra a beber o chá. A mãe de Kaio deu mais algumas goladas no chá e respirou fundo.

- Pode ficar aqui, Isadora. — Ela disse e a Isadora ficou sentada. — Você me desculpa por tudo?

- Não tenho o que desculpar, dona Carla.

- Claro que tem minha filha, eu julguei você quando na verdade você só tava fazendo bem ao meu filho. Quero que você saiba que eu não queria seu mal, nem da sua filha, pra mim ela é minha neta, mas é que eu fiquei com medo do meu filho sair machucado dessa história toda, ele já não iria me ter, né? Se ainda perdesse mais não se se ele aguentaria. Mas eu sou grata demais por você ter aparecido na vida do meu filho, quando a Juju acordar, eu sei que não vou tá mais aqui.

Ela disse e respirou fundo, tomando fôlego pra continuar e aquilo fez com que Isadora derramasse algumas lágrimas.

- ...Eu sei que eu não vou tá mais aqui, então abraça ela e beija por mim? Fala que a vovó ama ela muito, mesmo que eu não vá está aqui em alguns momentos importantes, mas a avó dela ama ela. Vou cuidar dela lá de cima, mas cuida dela aqui de baixo... — Ela disse chorando um pouco.

- Mãe, PARA! PARA DE FALAR ESSAS COISAS! — Kaio disse em meio a choro.

- Cuida dela e cuida do meu filho. Ele vai precisar muito de você, ele tem esse jeito doido dele mas tem paciência com ele, porque ele ama você mais que qualquer coisa, da pra ver pelo olhar dele. Não deixa ele usar aquelas coisas nunca mais, eu percebi que ele parou depois que te conheceu. Eu sei que você é cheia de sonhos, então minha filha, não deixa todos pra trás. Nunca é tarde demais. Você é tão guerreira e forte, educou uma filha linda por tanto tempo e sozinha, você consegue tudo.

- Você vai tá aqui nos momentos bons ainda, não acabou. Descansa um pouco agora, não precisa se despedir de ninguém.

- Precisa. — Ela sorriu. — Eu tô indo embora e eu quero deixar todo mundo do jeito certo.

- Eu vou fazer tudo, dona Carla. Eu vou ajudar esses meninos, não prometo fazer tão bem quanto a senhora, mas vou.

- Obrigada, filha. Você pode me dar um abraço? — Isadora sorriu assentindo e as duas se abraçaram.  Me promete, promete, que vai fazer o nosso combinado? — Ela disse baixinho no ouvido da Isadora. As duas desfizeram o abraço, Isadora segurou na mão da sogra e sorriu.  Prometo.

- Obrigada... — Ela sorriu. — Kaio...

- Nem começa, mãe. Vou aí não, pra que? Pra senhora ficar com esse papo? Quero despedida nenhuma, não vai nem morrer. Para com isso cara.

- Kaio... por favor.

- Não! Mãe, por favor quem diz sou eu. A senhora acha que tá legal isso dai? Não tá não, ninguém aqui quer se despedir de você não, já tá se auto enterrando? Para! Já tá 2 anos nessa luta e não vai ser agora, a a senhora passou a semana toda boa.

- Kaio, vai lá meu filho. Por favor. — O pai dele falou colocando a mão no ombro dele. Que olhou pro Diogo...

- Vamo mano, não vai acontecer nada, não hoje. Mas se ela quer isso, vai até lá. — O Diogo disse, Isadora ainda tava sentada na cama, então ele se sentou na sua frente, a namorada ainda fungando, encostou a cabeça nas costas do rapaz.

- Você tá tão lindo, filho. — Ela disse e alisou o rosto dele.

- Sempre fui, mãe. — Todos riram.

- Eu sei, sempre me deu trabalho por ser lindo demais. Você sempre foi ainda mais lindo por dentro, filho... tenho orgulho da pessoa e dos princípios que você tem, sabia? E você tá mais bonito ainda agora, que tá deixando transparecer. Você sempre foi tão independente, às vezes eu tinha raiva de você por isso, por não precisar tanto assim de mim...

- Mas eu preciso, mãe. Eu sempre precisei e vou continuar precisando.

- Não, meu amor. Você é independente de mim desde os 15 anos, Kaio. Às vezes eu fazia você achar que era só pra te der aqui, de baixo das minhas asas. — Ele deixou algumas lágrimas caírem. — Ô meu amor, não chora. Não tá vendo? Eu to feliz, Kaio. Eu to feliz demais.

- Eu vou ser muito egoísta se falar que eu não quero nada disso... você devia ser eterna.

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora