Capítulo 63

20.9K 1.2K 143
                                    


MARIAH.

Domingo...
A gente tinha chegado no domingo umas 04:30 da manhã. Todo mundo numa canseira desgraçada, mas parece que eu tinha comido algum insuportável do tanto que me fez mal, ainda mais misturado com a bebida aí que não deu certo mesmo. No caminho Mateus teve que parar umas 3 vezes pra eu vomitar, inferno. Chegamos em casa, Mateus foi só na casa dele deixar todas as coisas e depois voltou pra ficar comigo, dormimos agarradinho.

09:30 tava Isadora, Valentina e Bernardo se arrumando lá em casa pra sair enquanto eu tinha acabado de sair do banheiro vomitando pela segunda vez.

- Amor a gente não vai. — Mateus falou entrando e me olhando.

- Amor mas vai ser tão legal eu quero tanto.

- Não mesmo, cê já viu seu estado?

- Por favor. — Fiz uma carinha que sempre faço pra conseguir as coisas com ele.

- Não. E nem adianta fazer essa carinha. Vem, deita aí nessa cama que vou fazer alguma coisa pra comer.
Ele saiu do quarto e eu fiquei lá deitada morrendo de tédio, as meninas entraram no quarto.

- E aí, tá melhor?

- Amiga, você tem que procurar um médico, aliás... vocês duas, não é de hoje que ficam passando mal.

- Gente, não vou... acabei de vomitar de novo cara, Mateus não quer ir... enfim, iria só atrasar vocês.

- Não acredito, que bad!

- Tô falando, vocês têm que procurar médico, não se cuidam por isso que ficam passando mal.

- Ih mãe, sai fora. — A Valentina falou. — Vou terminar de me arrumar então amorzona, fica relaxada que vamos curtir por você.

- É Mari, a Júlia vai ficar contigo, cuida direitinho ein.

- Otarias.

Elas saíram rindo e depois o Mateus voltou pro quarto, com um suco verde lá que não sei quem disse pra ele que isso é bom e o domingo de carnaval foi em casa, rezando pra melhorar e poder ir pro Sambódromo à noite.

ISADORA.
Tava todo mundo curtindo o pré no amor né, tudo tranquilo. Eu tava feliz demais, demais. Tudo que tava acontecendo na minha vida, os meus amigos, minha vida... tudo, tudo tinha se encaixado e tava tudo muito bom. Sobre o Kaio, não gente, ainda não consegui transar com ele, não sei o que me dar que sempre na hora H parece que vem todas as incertezas e todas as inseguranças na minha cabeça de volta, sem ter porque. Esses dias com ele na casa de praia, foram perfeitos demais, ele me acalmava e me tirava qualquer preocupação, dava paz mesmo, sabe? Acho que posso dizer que tô apaixonada por ele como eu nunca tinha ficado por ninguém antes, gosto dele de verdade e por isso que quero ir com calma porque eu realmente quero que der certo, Kaio conseguiu minha confiança de verdade.

- PRINCESA, POR FAVOR VOLTE PRA MIM! EU TE AMO MEU AMOR! — Eu e a Valentina cantávamos abraçadas. Dei um gole na Catuaba e fiquei ali cantando as músicas com ela, só funk antigo, a gente tava se acabando. Os meninos estavam perto da gente bebendo e fazendo aquela resenha deles né.

- NA ARTE DO SEXO PODE CRER QUE EU ESCULACHO. — Cantei.

- FAÇO TUDO QUE ELE GOSTA E AINDA DOU MEU CU DE CABEÇA PRA BAIXO. — Valentina cantou.

- QUERO VER TU AGUENTAR QUERO VER TU AGUENTAR DOZE HORAS TU FUDENDO, TU FUDENDO, SEM PARAR! — A gente cantou juntas, nem aí pra hora do Brasil. Os meninos riam da gente e o Bernardo puxou a Valentina com certeza falando alguma putaria porque só isso que eles sabem fazer. Um menino esbarrou em mim e eu virei pra ver quem era...

- Desculpa, princesa. — Ele disse me segurando pra eu não cair.

- Relaxa, tá tudo certo. — Falei me soltando.

- Pô, tu sabe onde fica essa rua aqui? — Ele disse me mostrando o celular.

- É na próxima à esquerda. Só ir direto.

- Valeu gatinha, tu me salvou.

- De nada.

- Ah, já ia sair sem perguntar. Como é seu nome? — Ele sorria e não tirava os olhos de mim.

- Isadora e o teu?

- Prazer, Isadora. Meu nome é Miguel. — Ele disse pegando minha mão e beijando ela. Eu sorri super sem graça.

- Tá tudo bem aqui? — Eu olhei e era o Kaio, sorri pra ele e lhe dei um selinho. —

- Esse dai é o Miguel, Kaio... tava perdido.

- Se achou? — Kaio falou olhando pra ele.

- E aí, cara. — Kaio acenou com a cabeça. — Tô indo nessa gatinha, desculpa de novo e brigada, tá? Cê salvou. — Me deu um beijo no rosto e saiu.

- Quem é esse cara?

- Um aí que esbarrou em mim.

- E você fica dando confiança pra cara que esbarra em você agora?

- Quem deu confiança? Ser educado agora é dar confiança?

- Educado. — Ele riu ironicamente. — O maluco fica dando em cima de você e tá sendo educado? Dai você fica toda de risadinha pra ele. Beleza. Se fosse eu já ia ouvir até não querer mais.

- Kaio, você tá com ciúmes. — Eu ri.

- Que ciúmes o que. Tô te falando o papo reto porque é assim que acontece, eu só posso tá sendo muito trouxa pra ti mesmo.

- Isso tudo porque um cara esbarrou em mim e eu disse qual a rua pra ele? Pelo amor, Kaio. Cresce. — Falei saindo dali mas ele me puxou pelo braço.

- Fica aqui que tô falando com você.

- Ou casal, tá tudo bem aí? — Valentina falou chegando perto da gente.

- Tá sim amiga. — Ela voltou pra onde ela tava. — Kaio, me solta agora. Você não tem o direito de me segurar desse jeito, tá maluco? Se fica bebado então para de beber porra.

- Fala direito.

- Fala direito você, parece doido. Que merda! Não pode ficar quieto?

- Você é maluca, seus conceitos só valem pra mim. Pros outros é beleza.

- Que conceitos, Kaio? Você me viu ficando com alguém?

- Ridículo, namoral. Ridículo. — Ele saiu e foi pra perto dos meninos e eu não ia ficar ali parada com cara de taxo também, continuei curtindo normal. Kaio que se foda. Eu ein!

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora