Capítulo 3

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Assim que a gente entrou em casa tava minha vó e minha mãe no sofá conversando enquanto meu pai assistia jogo na televisão e te falar, deu logo uma agonia, se a gente ia escutar muito por ter feito tatuagem sem avisar a gente ia ouvir o dobro porque a minha vó simplesmente odiava tatuagem, deu vontade de passar logo reto pelo quarto, mas parece uma coisa, quanto mais tu foge da cruz mas o diabo te pega.

- Valentina e Mariah A-fleker Vilela, o que é esse plástico do braço das duas.

- Ta ali, a velha tem uma visão do cão e viu de longe a parada. Mariah riu, ela sempre faz isso quando fica nervosa, meu pai que tava deitado sentou logo porque ele sabia já que coisa boa não iria vir.

- Então... - eu comecei a falar com uma certa impaciência... - a gente tava no shopping e resolveu que ia fazer uma tatuagem de irmãs e ta aqui. - sorri

- VOCÊS O QUE? - minha mãe já começou né

- Mãe, ta lindona a tatuagem... a minha é pra Val e a dela é pra mim. Vocês deveriam era fazer uma pra nós também.

- Eu não estou acreditando, Alice... daqui um dia a Valentina vai ta toda rasbiscada e a Mariah ta indo pelo mesmo caminho, vocês querem me matar é isso? - pronto, minha vó é a senhora rainha do drama -
- Vó para de perturbação, essa é pequena e bem fofinha. Eu já tenho um bocado a Mariah também já tem outras duas, tu vai fazer isso sempre que a gente fizer?

- Eu vou é pegar uma água que eu não aguento vocês. - Ela disse se levantando e indo pra cozinha.

- Bruno fala com as suas filhas porque minha filha não da jeito nelas mais.

- Tô esperando o sermão senhor Bruno.

- Eu não vou falar mais nada pra ti, Valentina. Como tu mesma diz, já tem 19 anos nos coro né? E tu, Mariah... ta ficando doida da cabeça? Não vai pelo caminho da tua irmã porque ela é maluca.

- Pai, para com isso. Vocês não vão nem ver o que tem na tatuagem? - Ela disse sentando no sofá.

- Cadê deixa eu ver isso, anda Valentina... senta aqui também. - Eu sentei e a gente mostrou pra ela, minha mãe é muito manteiga derretida e ficou logo emocionada com a tatuagem, saiu beijando a gente e tudo. Meu pai disse só que era muito bonito e pra gente sempre se amar, mas continuou calado, só minha vó que voltou lá da cozinha reclamando ainda mais por meus pais já estarem de boa com a gente. Mariah que é bem bandidinha subiu correndo com a desculpa de que tinha que guardar umas coisas enquanto eu tive que ficar lá em baixo ouvindo aquela mesma ladainha de sempre. Com a graça de Deus, a campainha tocou e eu corri pra atender.

Olhei pelo olho mágico antes de abrir a porta e era o Bernardo, o que será que esse maluco ta fazendo aqui em casa? Abri rápido a porta e já fui fechando.

- Ta fazendo o que aqui doido? - Ele abriu maior sorriso

- Vim te ver... na verdade - ele coçou a nuca - eu vim mais te agradecer por ontem mesmo. E como eu não tinha pegue teu telefone e o Matheus tinha vindo te deixar, eu resolvi vir aqui.

- Ah sim... tu é estranho - Eu disse rindo

- E tu mau educada. - Assim que ele falou isso eu dei um tapa no braço dele - Ai. Não vai nem me chamar pra entrar não?

- Eu não, nem te conheço direito... vai que tu ta afim mesmo é de roubar minha casa. - Bernardo caiu na gargalhada - É não, não vou te chamar porque lá dentro ta rolando maior sermão.

- Ih... olha pra essa tua carinha de quem leva sermão.

- Pois é, digamos que novamente tu foi meu salvador da pátria me livrando de lá...

- E tão te dando sermão por causa de que doidona? - Mostrei meu braço com a tatuagem pra ele.

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora