Capítulo 22

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Maratona 5/5

...
Hoje o dia foi corrido, com a chegada do pessoal todo hoje a gente tinha que se virar nos 30, sem contar que o Diogo não tinha chegado ainda porque ele ia trazer o pessoal que ia tocar amanhã, então tava tudo no nosso cu né. Eu não tive nem tempo de respirar, não sei de onde saiu a ideia de que ia aproveitar o dia pra tomar sol e curtir. Mas aqui ta nois, depois de um banho revigorante, com uma roupa qualquer de ficar em casa, sentada junto da Mari enquanto os dois donos de casa fazem a comida.

- Quero só ver se essa porra ficar ruim ein, to aqui morrendo de fome e trabalhei que nem corna. – Falei olhando pros meninos.

- E eu... meu estomago é refinado e Matheus espero que saiba que isso faz parte do meu teste drave pra ver se você serve ou não.

- Uuuuuui. Gostei de ver ein, Mari. Bate. – A gente bateu as mãos e os meninos ficaram resmungando.

- Se eu não fui corno nessa vida eu com certeza fui nas outras. Olha minha situação, não to comendo nenhuma das duas mas to aqui me servindo de escravo. – Eu gargalhei e na mesma hora a campainha tocou. Levantei pra abrir a porta...

- Ai Kaio se toca garoto... não ta comendo porque não quer, maior gostoso. – Quando eu finalmente parei de falar fui ver quem tava na porta e era o Bernardo, ele tava me olhando sério provavelmente pelo que tinha ouvido eu falar e acho que fiquei até branca. Ai meu Jesus viu. – Oi.

- Oi. To atrapalhando? Posso entrar?

- Entra ai. – Abri caminho pra ele passar e fechei a porta novamente.

- Eai lek, o que devemos a honra. – O Matheus falou enquanto cortava alguma coisa.

- Vim filar a boia aqui, já que onde eu to não tem nada pra comer.

- Pô meu parceiro se veio comer vem ajudar aqui também. – O Kaio disse e o Bernardo deu um sorriso todo fechado pro garoto, ai mais eu mereço viu.

- Vou lá em cima gente... volto já. – Falei me retirando dali e indo até o quarto que eu dividia com a Mari. Fiquei ali contando até 10 pra me acalmar umas 20 vezes, até que alguém bateu na porta. – Entra... – AI MEU CARALHO. Era exatamente essa a expressão de ver quem era que tava na porta.

- Ta fugindo de mim?

- Tem certeza que é você que pode me fazer essa pergunta, Bernardo? – Ele ficou sem jeito e só fez se calar. – Ta fazendo o que aqui?

- Vim te chamar porque o jantar ta pronto. – Eu assenti.

- Beleza, pode ir descendo que eu chego já.

- Valentina. – Ele disse fazendo com que eu encarasse ele. – Eu gosto de você, de verdade... talvez eu nem sabia que podia gostar tanto assim. – Falando isso ele saiu e eu fiquei na merda né, quem é que entende um garoto desses... puta que pariu, quando acho que a gente tem paz. Calcei a chinela e desci, os meninos tinham feito uma macarronada e eu comi quase de joelhos de tão boa que tava, ainda repeti umas 2 vezes.

- Essa minha irmã é um pedreiro todinho né. – A Mari falou rindo e depois cochichando algo pro Matheus.

- Eu quem o diga, era sempre uma ida a falência sair com ela pra comer. – O Bernardo disse e na sua voz havia um tom mais animado.

...
Bernardo saiu dali e foi se “arrumar” pra festa de hoje e eu e Mari subimos pra gente se arrumar pra hoje. Já eram 22:30 e provavelmente a festa já teria começado, mas who cares?! Hoje eu tava especialmente gostosa e se tem uma coisa que eu decidi era que não ia ficar de mimimi se o Bernardo me queria ou não, se ele quisesse problema dele e se ele não quisesse problema dele em dobro.

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora