Capítulo 74

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Maratona 4/10

- Oi minha princesa. — Ele disse pegando a Júlia do meu colo e enchendo ela de beijo, sorri na hora né. Kaio não precisava de muito pra me conquistar, só esse amor todo que ele demonstrava pela Júlia me desmontava todinha.

- Sodade.

- Eu também, amor. Comprei uma cadeirinha nova pra você. — Ele abriu a porta do carro e colocou ela lá e depois veio falar comigo.

- Boa tarde linda.

- Oi Kaio. — Ele me deu um beijo no rosto. — Vamos?

- Vamos.

A gente entrou no carro e ele colocou umas musicas legais e partiu. O Kaio não falava um segundo onde a gente tava indo, já tava me dando nos nervos. Mas ele parou num parque, lugar todo arborizado, programa de família mesmo, tava cheio de família lá. A gente desceu, eu peguei a Júlia e ele abriu o porta malas tirando um monte de coisa de lá, tudo pra um piquenique. Meu Deus, esse garoto não existe.

- Me da minha princesa e leva isso aqui, pode ser? — Eu assenti e ele me deu a cesta pra levar e pegou a Júlia colocando ela na cacunda, pegou uma bolsa térmica e foi levando também, meu neném era só sorrisos quando tava com ele, eles iam andando e eu ia lado a lado né. Ele parou num canto que não tinha tantas crianças, colocou a Júlia no chão e pegou as coisas pra montar. A gente sentou e eu fiquei até espantada com tanto de comida que ele trouxe.

- Trouxe comida pro mundo todo né?

- Claro, tenho que alimentar meus dois monstrinhos.

- Tá tudo incrível, Kaio. De verdade. — Ele sorriu.

- Tudo por você. — Ele sentou mais perto de mim e soltou a Júlia pra ficar brincando, a gente ficou ali comendo. Depois de um tempo brincando, a Júlia veio atras de comida e ele quem deu. Depois foi brincar com ela e eu fiquei lá olhando pros dois. Cara, não tem 3 dias que tava morrendo de raiva desse garoto. Mas olha isso, pelo amor de Deus, tem como não ficar doida por ele?

- Acho que alguém me cansou. — Ele disse voltando segurando a mão da Júlia. Ele sentou e ela ficou lá brincando. A gente ficou conversando umas coisas bobas, ora da Júlia, outra sobre nós.

- Ela é a coisa mais linda do mundo. — Eu olhei pra ele sorrindo. — Na verdade, vocês duas são. Olha, Isa... eu sei que eu te decepcionei em várias coisas, falei coisas que nunca nem imaginei falar e que te magoaram de verdade...

- Kaio, eu... — Ele me interrompeu.

- Não, deixa eu falar. Quero muito te pedir desculpas por tudo, por falar e agir como um moleque, desculpa mesmo por te decepcionar, acho que eu fiquei mais decepcionado comigo do que você e com toda razão. Eu entendi os motivos que te levaram a querer se afastar de mim, e eu sinto muito mesmo por isso. Você é a coisa mais perto que eu tenho de gostar de alguém, às vezes você não acredita em mim, eu nem sei como te provar isso, mas de verdade... eu nunca gostei tanto assim de alguém e eu quero muito continuar sentindo isso por você. Eu sei que você é cheia de inseguranças e traumas, mas porra, não fui eu que te dei nenhum e eu queria muito que você entendesse isso, que eu não sou mesmo o causador dos teus traumas. Porra e se eu gosto de você, se eu acho que tô me apaixonando por você... você pode ter certeza que a Júlia eu amo, puta que pariu, eu amo muito.

- Kaio... — Ele me interrompeu de novo e eu ri.

- Deixa eu terminar de... — Dessa vez eu quem o interrompi. Agarrei na nuca dele e iniciei um beijo, lento, cheio de carinho... com muita saudade também. Ele passou uma das mãos pelos meus cabelos parando bem na minha nuca e me agarrou mais forte, nosso beijo aumentou o ritmo, mas não deixava de ter muito carinho ali. A gente sentiu uma pessoinha se sentando entre a gente e paramos o beijo. Ele me olhava com o maior sorrisão no rosto e eu retribui.

- Eu gosto de você. Demais. — Eu disse olhando pra ele nos olhos. Se possível, o sorriso dele abriu mais ainda. Ele pegou a Júlia e lotou ela de beijos, mas minha neném já tava ficando cansada e também já tava escurecendo então a gente decidiu ir embora. Organizamos as coisas e fomos pro carro, a neném foi dormindo o caminho todo e o Kaio não tirava a mão da minha enquanto dirigia, isso porque o carro era marcha automática então facilitava. Ele estacionou na frente do prédio e tirou a Júlia da cadeirinha e a gente subiu juntos, abri a casa e ele foi deixar ela no quarto enquanto eu fiquei esperando ele voltar.

- Dormiu pesado ein, não acordou nem com meu beijo.

- Ah porque seus beijos né... — Eu falei rindo.

- Ué, meus beijos são gostosos pra caralho.

- Quem disse?

- Eu posso te provar, na verdade. — Mordi meu lábio inferior dando "passagem" pra esse beijo dele que não pensou duas vezes antes de vir com tudo com pra me beijar. É realmente, beijo gostoso pra caralho.

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora