Vai namorar comigo sim!

Capítulo 23

Bônus

...
Já tava doida. Matheus tentava fazer com que a Mariah não ficasse doida também mas tava uma missão quase impossível também. Eu ficava doida e eu tinha certeza disso, mas eu não ficava cega e muito menos burra, nem era daquelas que dizia que não lembrava de nada. E eu tava vendo muito aquela porra daquela menina em cima do Bernardo e ele saindo, garoto maluco... ainda queria brigar com o André porque a gente tava dançando junto, eu não mereço viu.

- Vou no banheiro. – Eu avisei pro pessoal.

- Vou contigo. – A Mari disse me puxando pela mão

- Ihhh.. ta achando que eu vou me perder? – Eu falei rindo

- Na verdade só queria pegar mais uma bebida mas o Matheus não queria deixar. – Ela disse e a gente riu entrando no banheiro. Deu uns 7 minutos e a gente saiu. Mari pegou a bebida dela e a gente foi andando e rindo de tudo por ali.

– Ou, vamo voltar ali comigo rapidinho? – Ela disse me puxando e desviando minha atenção.

- Voltar onde garota ta doida?

- Ali, Valen. Pegar um sanduba. – Eu olhei pra ela sem entender.

- Ta doida cara? Não vou não.

- Vamo. – Ela disse tentando me puxar.

- Ta certo, vamo. – Falei pra ela soltar minha mão e quando ela soltou eu segui reto.

- Valen, ESPERA. – Ela gritou mas não o suficiente pra tirar minha atenção. Eu já tinha visto o que eu não queria ver e eu realmente não estava acreditando naquilo. Porque isso ta acontecendo cara? Bernardo beijando essa menina? Jura? De verdade, não vou dizer que não esperava porque pra mim isso era obvio, mas ali? Na minha frente? Eu não cobre satisfação de ninguém mas uma coisa que eu sempre espero de quem eu trato bem é consideração e o Bernardo não tava tendo a porra de uma consideração se quer comigo. Na minha frente e na frente dos meus amigos não. Vai pra puta que pariu.

- E AI GENTE. – Eu falei alto e ele empurrou a Iasmin me olhando e nem ele acreditava naquilo. Eu sorri. Matheus ficou balançando a cabeça negativamente como quem não sabia o que tava acontecendo e o Bernardo veio na minha direção.

– Agora não, Bernardo. Sério. Não chega perto. – Eu disse desviando da direção dele.

- Valentina...

- Pô cara, deixa ela... é melhor. – O André disse se metendo. Eu não tava aguentando ficar mais ali. Ele não podia ta com aquela cara de quem não tinha feito nada pra mim, não acredito nisso. Eu sai rápido dali e escutei eles me chamarem, sabia nem pra onde eu tava indo cara, mas precisava de praia. Já tava quase encostando o pé na água quando senti me puxarem.

- Cara. Não faz isso. – Era ele e eu não tava acreditando em nada. Ele me deu um abraço apertado. – Você não entendeu nada. – Eu empurrei ele.

- Ué, eu acho que entendi sim. Você não tava beijando ela?

- Mas... não... isso não era pra acontecer, não fazia parte do plano.

- Plano? Plano, Bernardo? Olha... essa historinha você conta pra outra pessoa.. eu não quero saber. Cara, como você pode fazer isso comigo, Bernardo? Comigo? O que foi que eu te fiz? Eu nunca te cobrei satisfação, nunca... mas na minha frente? Eu achava que merecia pelo menos uma consideração. Porra... O QUE FOI QUE EU TE FIZ?

- Valentina cara, eu juro... não você ta entendendo tudo errado. – Ele disse segurando meu rosto. – Olha pra mim por favor, eu nunca achei que ia fazer isso por mais ninguém... eu gosto de você. Valentina, eu amo você. – Ele disse e me beijou, eu neguei o beijo dele no começo mas acabei beijando no final e só depois que eu cai em mim o afastei. – Não faz isso. – Ele disse segurando ainda meu rosto.

- Essa é a última vez que você me beija, Bernardo. Você não sabe o que é amor, não mesmo. Eu amei você e você fez isso comigo. Na verdade, Bernardo. Eu só servi pra você curar as feridas que outra pessoa causou em você... enquanto eu curava suas feridas, Bernardo... você abriu milhares de feridas em mim. Aqui. – Eu disse segurando forte meu peito. – Você não tinha o direito. – Eu não queria chorar mas já estava chorando e pelo visto ele também.

- Não faz isso. – Ele disse me puxando mais uma vez mas eu me afastei.

- Acabou Bernardo, qualquer coisa que a gente achava que tinha, pelo visto que só eu achava que tinha... acabou. – Eu disse e sai dali o mais rápido possível tentando achar onde era a casa naquela porra. –

BERNARDO.

Passei vários e vários dias montando tudo na minha cabeça, no começo era só uma ideia vasta... mas a medida que a gente ia ficando mais “separado” e eu via que eu sentia ainda mais vontade dela eu sabia que era o certo, eu iria sim pedir ela em namoro. Eu sei que não é certo eu ta dando tanto espaço assim pra “assistência” com o Matheus vive falando, mas se eu queria que tudo desse certo eu teria que fazer isso. Mas vocês devem ta se perguntando, onde a Iasmin entra nessa história? Então... ela antes de qualquer coisa era minha amiga e eu sabia de tudo sobre ela, inclusive sobre o irmão que ela tinha em uma clinica de reabilitação e foi justamente por causa dele que a gente se reaproximou. Ela veio me pedir ajuda por ele está muito mal e eu não deixo as pessoas na mão, pois é... seja qualidade ou defeito isso. O que eu não ia imaginar é que dias depois eu estaria contando sobre os meus planos de pedir alguém em namoro pra Iasmin e ela até me ajudou nisso, no começo pelo menos... e ai que tinha sido o meu erro, eu devia ter contado desde o começo que a menina que eu iria pedir em namoro seria a Valentina, pra essa louca não ficar imaginando merda. Como vocês já sabem não foi o que aconteceu. Eu já tinha me estressado o suficiente essa noite, primeiro com a Valentina e o André, porque eu sabia que eles trabalhavam juntos e eu deveria respeitar isso... mas cadê que eu conseguia? Era bater o olho neles que meu sangue fervia, eu sabia que o erro era meu por não falar logo, por ter trago minha ex namorada aqui, mas ela tava me ajudando e tava pra baixo eu não ia deixar a mina na mão. Amanhã seria o grande dia, o dia que eu iria pedir ela em namoro e seria perfeito. DROGA! Pra completar a noite com chave de ouro, a Valentina chega bem na hora que a Iasmin surtou e resolveu me beijar do nada... quem estava lá sabia que tinha sido do nada, mas ela não... porque ela não viu, ela não tava na hora... ela não saberia... não tinha como e o burro aqui não deu motivos pra ela confiar em mim. Tudo errado, tudo errado... eu não sabia se eu chorava de raiva ou de medo de perder ela pra sempre.

- Pô cara... eu tava te procurando. – Disse o Matheus chegando.

- Na boa, Matheus... agora não. – Eu disse já me saindo, ele me parou.

- Fica ai pô... vamo conversar. Eu vi que você não queria beijar ela.

- Tudo errado, Matheus... – Eu disse e já tava chorando de novo. – Cara... já tava tudo certo. – Comecei a contar pra ele tudo o que eu tinha planejado fazer pra esse final e semana.