Capítulo 40

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VALENTINA.

Meu domingo foi lindo né, da melhor maneira de sempre. Praia, meu pretinho loiro, as inúmeras tentativas que ele faz pra tentar me ensinar a surfar... não tinha nada melhor do que os meus momentos com o Bernardo.

- Para com esse ideia maluca de querer me dar uma prancha garoto.
— Faz tempo que esse menino tá cismando que vai me dar uma prancha de surf e nem surfar eu sei.

- Ah amor, você ia amar. — Ele disse cravando a prancha dele no chão e me agarrando. — Vou ali na frente jogar uma altinha com os moleques tá?

- Tá certo. Vai lá, acaba com eles. — Ele riu e me deu um selinho demorado. Estendi minha canga na areia e me deitei pra pegar sol.

- Tô de olho! — Ouvi ele gritando e ri. Coloquei os fones, fiquei ouvindo um pagodinho e esqueci do mundo... se duvidar até dormi, mas uma sombra se formou em cima de mim...

- Para de tampar o sol, Bê. — Falei de olhos fechados.

- Quase que você acerta. — A pessoa falou rindo e eu reconheci a voz, abri o olho pra ter certeza. E sim, era o Pedro.

- E aí, Peu. — Falei me levantando e dando um abraço nele, que retribuiu me apertando. — Tava foragido garoto? Sumiu.

- Tava trabalhando demais, só. — Ele disse coçando a nuca. — E você? Altas festas?

- Pô, a produtora tá indo né. O HotelRio foi um sucesso, achei que cê ia.

- Pois é, tô estagiando na empresa do meu pai, sem tempo pra nada... mas queria muito ter ido, falaram que foi muito boa.

- Sou suspeita ne. — Falei sorrindo simpática.

- E você? Decidiu que vai ser só promotora e publicitária agora? Largou o ramo de modelo, levava mo jeito pô.

- Cê tá me zuando idiota? — Falei dando um tapa nele. — Eu recusei uns trabalhos por conta que tava corrido os preparativos pro Hotel, mas qualquer coisa que pintar tô aqui. — Falei rindo. — E eu levo muito jeito sim viu, seu babaca.

- Eu sei, eu sei tô te zuando.

- Papo tá maneirinho né. — Ouvi aquela voz e não precisava nem virar pra reconhecer quem era.

- Oi amor. — Disse virando o pescoço pra dar um selinho nele que tava atras de mim me agarrando.

- E aí, cara. — Pedro falou estendendo a mão pro Bernardo que nem ao menos pegou na mão do garoto. Dei um beliscão disfarçado na barriga dele. Pedro riu e recuou a mão. — Tão namorando mesmo?

- Tamo sim! — Bernardo respondeu. — E você? Arrumou uma namorada não?

- Pô, nem arrumei. To esperando uma mina aí me notar. — Pedro falou rindo e o Bernardo me agarrou mais forte. Eu queria me enterrar na areia se possível. — Tô indo, valeu casal. Se cuida modelinho. — Ele acenou com a cabeça e saiu dali. Me virei pro Bernardo que tava como né? Bolado e puto.

- Esse cara brota do chão, só pode. — Ele falou revirando os olhos.

- Você fica com cara de cu toda vez que a gente encontra ele, por isso ele implica contigo.

- Na verdade, ele implica comigo porque gosta de você e eu queria entender porque você tem que ficar de papinho com ele.

- Aí amor, nem começa. Não fico de papinho com ele, nunca mais nem vi o Peu.

- Peu — Ele falou imitando minha voz
— Peu é meu ovo. — Dei um tapa nele.

- Deixa de ser ridículo, sério.

- Que é que ele queria contigo?

- Nada demais Bernardo, ele veio conversar comigo, você não conversa com suas amigas? Eu ein.

- Minhas amigas não dão em cima de mim.

- Ah não, e as Iasmin faz o que então? — Já tava começando a me estressar. Odeio bancar a ciumenta mas o Bernardo me tira do sério com os ciúmes dele.

- Lá vai você... — Eu me soltei dele e sentei de volta na minha canga.

- É?! Então me deixa quietinha aqui em nome de Jesus. — Falei me deitando de com a bunda pra cima. Passou um tempinho e o Bernardo sentou do meu lado me oferencendo água de coco. — Quero não, brigada.

- Ô pretinha. — Ele disse beijando meu ombro. — Olha aqui pra mim. — Deu mais um beijo no meu ombro e eu continuei quieta. — Você sabe que eu sou um ciumento chato mas odeio discutir com você, não sabe? Ein... pretinha?! — Ele falou me cutucando.
— Olha aqui pra mim vai.

- Aí como você é chato. — Dizer rindo e olhando pra ele, que me puxou e me deu um beijo e com o beijo desse garoto eu esquecia de tudo.

- Desculpa tá? Mas cê viu o que ele disse?

- Ele só faz pra provocar e você cai. Quem é meu namorado? Você ou ele?

- Eu!

- Então. Tá resolvido né. — Dei um selinho nele. — Eu quero você. Sempre.

- Te amo, pretinha. — Ele me deu mais um beijo. A gente ficou mais um tempinho ali na praia e depois fomos pra casa, Bernardo passou na dele primeiro pra tomar banho e deixar a prancha. Assim que chegamos Mateus tava lá largadão no sofá.

- E ai vagabundo. — Falei dando um tapão na testa dele. Enquanto o Bernardo riu e foi pro quarto dele.

- AÍ CARALHO! Para com essa mania escrota de me bater suas ridícula.

- Ih. Mais respeito com a tua cunhada porra.  — Disse rindo. — Aí, fiquei sabendo que tá namorando com minha irmã agora. Muito cuidado em maluco, te quebro.

- Cala a boca maloqueiro, eu sei cuidar da loirinha.

- Eu sei, por isso que quero vocês dois juntos pra sempre coisa linda. — Falei apertando as bochechas dele.

- Sai pra lá, acabei de tomar banho e tu cheia de areia me encostando. — Eu ri e fui na cozinha pegar água.

- Mateus cadê meu sogro? Tirando meu namorado ele e o único homem que se preze nessa casa.

- Foi no mercado né, alguém precisa fazer o almoço.

- Vou mandar agora um whats pra ele falando pra ele acabar com a exploração aqui nessa casa. — Mateus riu e o Bernardo desceu todo cheiroso com aquele cheiro que eu amaaaava. Despedimos do Mateus e fomos pra minha casa, ele ficou jogando sinuca com meu pai na "caverna" dele enquanto eu fui tomar banho.

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora