Capítulo 197

22K 904 114
                                    


RAFAELA.
Passei o dia com a Renata pra saber o sexo das nenéns e nem preciso falar o quanto eu to feliz de ser tia de duas meninas né? Meu Deus.. coisa de não ver a hora pra esses nove meses passarem. Assim que cheguei em casa meus pais tavam na sala, dei um boa noite meio insosso pra eles e já tava indo subir pro meu quarto, mas escutei a voz do meu pai.

- Rafaela.

- Oi – falei me virando pra olhar pra eles.

- Então quer dizer que são meninas?
- O que?

- Os filhos da Renata. – ele disse meio baixo

- Sim. São duas meninas. – pela primeira vez em muito tempo eu consegui ver o meu pai deixando algumas lagrimas caírem na minha frente, lágrimas que ele rapidamente limpou. – Pai...

- Me desculpa minha filha, por tudo que você e sua irmã tão passando esses meses, eu não sei onde eu tava com a cabeça. Eu fiquei muito assustado, um pouco decepcionado, mas eu devia ter encarado isso de outra forma e não da forma como eu encarei.

- Ela não merecia isso, pai.

- Eu sei... e eu estou arrependido. Ela realmente não merecia. – ele se levantou e me deu um abraço. – Me desculpa de verdade, filha.

- Não é pra mim que o senhor tem que pedir desculpas, pai. O senhor tem que falar com a Renata, conversar com ela.

- Eu conheço sua irmã, Rafa. Conheço ela como mais ninguém nesse mundo conhece e a certeza que eu tenho é que assim como eu sou orgulhoso, ela é em triplo. O tanto de orgulho que não foi pra você, ela pegou só pra ela.
- Mas ela não vai carregar pra sempre. Mãe, a senhora também, os dois. Vocês tem que falar com a Renata, ela ta vivendo a fase mais bonita da vida dela e vocês dois vão perder, vocês deixaram abertos pros pais do Felipe viverem isso por vocês, como ela mesma chama o seu Felipo e dona Andreia de segundos pais, porque na fase mais difícil e ao mesmo tempo mais maravilhosa de uma mulher, é neles que ela ganha apoio. – minha mãe começou a chorar.

- Como elas são? – minha mãe perguntou –

- Não da pra saber, né? – eu ri – mas elas são incrivelmente saudáveis.

- A barriga dela já cresceu muito? – foi a vez do meu pai perguntar

- Só um pouco, acho que ela não vai ter o barrigão.

Começamos a conversar como fazíamos antigamente, mas só sobre a Renata e sobre as bebês, eu contei pra eles que ela e o Felipe já tinham comprado um apartamento, já tinham mobiliado, só faltava o quarto das bebês porque eles esperaram pra saber o sexo, mas já estava quase tudo pronto pra eles irem morar juntos. Meu pai ficou me perguntando se eles não iriam se casar primeiro já que até filho tinham e eu ri perguntando se ele não conhecia a Renata.

RENATA.
- Anda Felipe. – falei revirando os olhos, era a milésima vez que eu chamava ele pra sentar na mesa porque o almoço tava pronto, mas ele não parava de brigar com a televisão, pois é queridas, aprendam a dividir o seu tempo desde já não apenas com jogos de futebol mas também com programas que tem comentários de futebol, sobre time, jogadores e jogos. As vezes esses programas te rendem mais xingamentos novos do que os próprios jogos, incrível, né?

- Caralho esse cara é um bosta. Como essa porra se formou em jornalista? É comentarista da onde, não fode – Ele disse jogando a blusa no braço do sofá e vindo se sentar na mesa. – Caralho amor, mandou muito. – falou assim que viu que tinha macarronada e purê de batata. Não me perguntem como, mas esse ser humano que eu cai na besteira de me apaixonar, AMA purê de batata, ele come até no pão. Pois é, quando você começa a morar junto e viver casado, você descobre todas as vontades. Depois que descobrimos o sexo das bebês a gente se mudou já no meio daquela semana, porque tudo tinha ficado pronto então não fazia sentido continuar morando na casa dos meus sogros. Esses dias meus pais me ligaram, mas sinceramente, eu não quis falar com nenhum dos dois, não quero stresse. Hoje era domingo e o Felipe trabalhou pela manhã e ia trabalhar mais tarde, lá pras 16 horas em um projeto novo que eles tão lançando agora lá na Lagoa, que no caso, todos vão, porque é estreia e é uma festinha mais light. Da pra levar a família toda, cachorro, papagaio, etc. Terminamos de almoçar e eu me levantei, dei um selinho no Fê.

- A mesa e a louça são suas. – pisquei e fui pro quarto me deitar.

- Que folga ein. – Ele disse se jogando na cama e vendo que eu já tava deitada. – E ai princesas. – falou beijando a minha barriga.

- Felipe, você já pensou no nome das nossas filhas? – falei passando a mão no cabelo dele.

- Uma vai se chamar Juliana. – ele disse eu dei o maior puxão naquele cabelo dele. – AI CARALHO, Ta maluca?!

- Não estou nem brincando com você, Felipe. SEU CU! Que minha filha vai ter o nome daquela vagabunda que você comia até um dia desses. Nossa, você só me estressa. Anda, rala daqui. – Falei empurrando ele pra ele sair de perto de mim.

- Calma ai, amorzão. Você sabe que eu tô brincando contigo. – ele disse beijando meu ombro – e para de viajar, que quando eu comecei a ficar sério contigo não fiquei com ela não.

- Não tem graça, babaca. – falei puxando o cabelo dele de novo. –

- Mania feia essa de puxar cabelo, eu ein. – ele disse segurando minha mão e mordendo um dos dedos, depois ficou me olhando.

- Que foi?

- Você é linda demais. – ele disse sorrindo.

- Para de palhaçada. Eu já te desculpei.

- Tô falando sério ô ogra, sou muito apaixonado em você. – eu sorri e demos um beijo, ele me puxou pra mais perto dele pra ficarmos agarradinhos e ficou fazendo carinho nas minhas costas. – Tava pensando que podiam se chamar Francilene e Juscycleia. – eu dei uma gargalhada.

- Elas iriam odiar a gente pra sempre, as crianças já iriam nascer com 40 anos.

- De verdade. – ele disse rindo e beijando meu ombro. – O que você acha de Felipa?

- Ah ta, seu pai já é Felipo, você, Felipe. Não existe criatividade nessa família? É isso que vão pensar... eu gosto de Liz.

- Só Liz?

- Só.

- Liz e Luna.

- Luna?

- Sim. São nossas filhas, nós escolhemos o nome que a gente quiser.

- Não tinha como elas serem normais, né?

- Não tinha. – nos rimos.

- Eu gostei de Liz e Luna. – eu disse. – Você tem bom gosto.

- Eu tenho um ótimo gosto, né bebês do pai. – ele beijou minha barriga, depois me deu um beijo e me abraçou pra que a gente dormisse coladinho.

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora