Capítulo 7

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Estacionei o carro na frente da casa do Bernardo e apertei a campainha, demorou um tempinho e seu Ricardo abriu a porta pra mim.

- Fala marrentinha. - Ele disse me dando um abraço... seu Ricardo era a mistura perfeita das personalidades do Matheus e do Bernardo... ele era um graça. - Entra ai menina, casa é tua já. Fiquei sabendo que tu é até minha nora.

- Ih seu Ricardo, não vai na onda do Matheus não que tu sabe que aquele moleque não tem o juízo meio certo. - Ele riu.

- Tu vai ficar pra jantar? Fiz uma lasanha daquelas.

- O senhor sabe que eu não sou de negar comida né? Mas hoje não vai dar. - Fiz bico.

- É.. e não vai dar porque? - Olhei pra trás e era o Bernardo vindo da cozinha, todo lindo com aquele sorriso que me mata.

- Porque eu to de saída né doido, só vim deixar teu carro mesmo.

- E tu vai sair como? - Ah não... ta ai, dar satisfação é algo que eu não me dou bem. Bufei.

- To vazando, de DR to fora. - Seu Ricardo riu e subiu pro quarto.

- Vai ficar me regulando agora? - Eu disse me levantando do sofá e o Bernardo veio na minha direção. - Eu ein, vai crescer peste. - Peguei minha bolsa e tirei a chave do carro dele de lá e entreguei.

- Tu não me respondeu ainda não, vai sair como? Eu te levo lá pô.

- O Pedro vem me pegar aqui.
- Aqui? - Ele riu todo irônico - ta zoando?

- Não ué. Qual que é o problema, moleque é mó maneiro.

- Moleque é mó maneiro. - Ele disse me imitando e eu ri -
- Você não fica me imitando. - Taquei maior porradão no braço dele. Ele puxou meu braço e me agarrou pela cintura.

- E você deixa de marra que eu tiro ela rapi10.

- Ah é? - Eu perguntei quase até num sussurro, a mão dele já tinha voado pra minha nuca e puxado meu cabelo com força, nossa boca já tava quase colada uma na outra e ele não esperou mais nada e me deu um beijão. Se eu tinha achado que o Bernardo tinha pegada ontem que ele tava bêbado... hoje ele sóbrio era uma coisa que não cabia no mundo, a gente ficou viajando no beijo e ele começou a parar com os selinhos e já dando aquele sorriso safado que me mata. - Você quer parar de se aproveitar de mim?

- Não. - Ele me deu um outro beijo e eu já tava doidinha pra ficar ali com ele né...

Fiquei ali de namorinho com o Bernardo maior tempão, ele era engraçado, só falava bosta e coisa que eu nem sabia que ainda existia em homem em pleno século XXI. Até que meu telefone tocou e ai que eu fui me dar conta da hora, porra.. Pedro tava me ligando e já eram 22:10.

- Pera Bernardo, me deixa atender o telefone - Eu disse terminando de dar um selinho nele e atendi.

📞📞
V: Oi Peu.
P: Cadê tu, mulher?
V: Pô Peu, desculpa... me atrasei. - O Bernardo começou a beijar meu pescoço e aquilo tava me dando vontade de ri, dei um tapa no braço dele que tava envolvendo minh cintura.. -
P: Tu não vem mais?
V: Vou, claro que eu vou. Pô tu já me viu furar com alguém.
P: Tu ainda quer que eu vá te pegar na casa daquele teu amigo ou não precisa mais? Se precisar eu vou de boa.
V: Não Peu, pode deixar. Eu me viro aqui. Manda só a localização.
P: Ta certo, quando chegar me avisa ein doidona. Tô te esperando.
V: Pode deixar, eu te ligo. Beijo.
P: Beijo, até daqui a pouco.
📞📞

- Bora, tira essa bunda do sofá que tu vai me deixar.

- Porque você não pede pro Peu - ele disse com um tom todo irônico no Peu

- Você é muito mané né - Eu ri - Você me atrasou agora que aguente, vai me levar lá sim.

- Eu até vou, mas vou ficar lá contigo. Quero ver qual é dessa social ai.

- Minha nossa senhora, virou carrapato? Vai acabar com minha reputação.

- Que reputação se você não tem? - Ele me deu um se liga na cabeça e subiu pro quarto pra se arrumar, mas eu mereço mesmo... quando acho que vou pegar o Peu de novo ou algum garoto novo Bernardo resolve me regular.

30 minutos depois...
- ANDA BERNARDO, VOCÊ É PIOR QUE MULHER... JÁ SÃO 23hrs CARAA!

- To aqui pô você reclama de tudo.

- Tu demorou esse tempo todo pra sair que nem mendigo? - Eu ri

- Vai se foder. Vambora logo antes que eu te tranque lá no quarto e você não sai pra canto nenhum.

- Opa, essa ideia ai eu gostei. - Ele me olhou e riu, me deu um selinho e passou a mão em volta do meu pescoço e a gente saiu de lá.

- Tu não vale nada né garota. - Bernardo abriu a porta do carro pra mim e eu pisquei pra ele, Bernardo tinha o cavalheirismo na veia, de verdade... ele é daqueles que abre a porta, que quer sempre pagar a conta, que carrega tuas compras no shopping e eu acho isso a coisa mais fofa nele. Daqueles que te da um bom dia, boa tarde e boa noite... sabe? Ele logo entrou e colocou o endereço no gps dando partida no carro.

A gente chegou no local da social e era uma casa de praia, muito linda... pelo menos por fora né. Assim que o Bernardo estacionou, eu comecei a ligar pro Peu e logo ele atendeu dizendo que ia pegar a gente na entrada. Bernardo como sempre desceu do carro antes pra abrir a porta pra mim e a gente foi andando juntos até a entrada. Pedro já tava lá e não conseguiu disfarçar a cara de surpreso dele quando viu o Bernardo.. o que fez o debochado abrir maior sorriso.

- E ai parceiro. - Bernardo falou tocando os ombros do Pedro.

- E ai cara. E ai Valentinha. - Ele disse me dando um abraço e um beijo. - Pô não sabia que tu ia trazer companhia

- Pois é, nem eu sabia.. mas ando sempre levando minha malinha pra qualquer lugar.

- Tem como a gente entrar logo? - Bernardo falou só pra cortar o assunto do Pedro e eu me segurei ali pra não rir.

- Pô cara, tu pode ir entrando se tu quiser... tenho mesmo um assunto pra falar com a Valentinha. - Meu Deus, só posso merecer mesmo essas duas crianças.

- Bora entrar todo mundo logo, andem.. - Falei me soltando do Bernardo e indo na frente e os dois idiotas vinham atrás. Que? Pirou que eu vou ficar dando corda pra confusão de homem né, não sou nem troféu pra ficarem de putaria. Conhecia uma galera que tava lá e sai cumprimentando todo mundo e apresentando o Bernardo também né.

- Onde é que fica as bebidas? - Perguntei pro Pedro.

- Bora lá que vou mais tu.

- Ai Pedro, para com isso... não vou me perder não. - Bernardo riu, era muito debochado mesmo. Cabou que o Pedro me disse onde era. - Tu vai querer o que? - Perguntei ao Bernardo.

- Antes quero isso. - Ele disse me dando um beijo. Parou com um monte de selinho e a gente riu. - Mas pode me trazer lá uma cerveja. - Eu virei pra ir pegar.

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora