Capítulo 166

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Falei rapidinho com a Valentina e a Renata, antes delas entrarem lá na sala. Meus sogros saíram de lá, deixando as duas e depois a Renata veio, Valentina demorou maior tempão lá dentro e quando ela saiu, ela saiu chorando pra caralho, fiquei preocupado na mesma hora.

- O que foi? Ela tá bem?

- Tá sim! Só as dores que aumentaram um pouco, Bê... ela tá te pedindo pra ir lá. — O Bernardo assentiu e entrou e a Valentina ficou abraçada com a Alice, tava chorando pra caralho. Bruno ficou falando umas coisas pra elas, pra acalmar... mas dava pra ver que ele tava nervoso também.

VALENTINA.
Quando o Mateus me ligou no meio da festa eu não tava acreditando, hoje ou seria o melhor dia da minha vida ou seria o pior. Comecei a gritar no meio daquela festa, todo mundo comemorando que meu sobrinho ia nascer, eu tava feliz demais.

- Qualquer coisa eu ligo pra vocês. Tchau gente!

- Vou com vocês. — Renata disse e deu um selinho no Felipe. — Se comporta.

- Bora. — Bernardo disse e foi abrindo caminho no meio do pessoal pra gente passar, chegamos no carro e o Bernardo foi dirigindo que nem maluco. Ele estacionou lá e a gente desceu do carro.

- Tô com medo. — eu falei.

- Cala a boca ein! Vai dá tudo certo. — Renata disse e o Bernardo me abraçou pelo pescoço. A gente entrou no hospital e já fomos pra parte da maternidade.

- Ei, tá gata ein. — eu disse assim que a gente ficou sozinha no leito que a Mari tá, ela deu um sorriso fraco.

- Já é seu aniversário, né? — eu assenti, veio uma dor muito forte que fez a Mari até vomitar um pouco, chamei a enfermeira na hora e elas ajudaram a Mari mas a enfermeira disse que é normal devido à medicação pra controlar a pressão. — Desculpa, não era esse o presente de aniversário que eu queria te dar.

- Relaxa, você já vai dá o melhor presente de aniversário da vida. — A dor que a Mari tava devia tá muito forte, porque ela tentava não gritar mas ainda assim ela fazia uma careta horrível.

- Você sabe porque eu te escolhi pra ser madrinha do Guigo, né?

- Mari... esse assunto não, não vai fazer bem trazer essa energia.

- Deixa eu falar, por favor... pode ser a última vez que a gente vai ter essa conversa. Antes de tudo, quero te desejar só coisas boas, que eu tenho muito orgulho da pessoa que você tá se tornando, da mulher incrível que você é. Eu te amo muito, você é minha irmã, minha melhor amiga, uma parte do meu coração. Quero te agradecer por aceitar ser madrinha do Gui, Tina... — ela respirou fundo e eu já tava morrendo de chorar. — eu te escolhi porque se não for eu, se eu não conseguir, se não der certo, eu só vejo você como a segunda mãe do meu filho, eu sei que ele vai ser bem criado, bem cuidado e que você vai amar ele como se fosse seu. Eu sei! Não fica com medo, por favor... vai ser difícil e eu sei também que você não quer ser mãe agora, mas eu to te entregando a melhor coisa que eu já fiz na vida, a maior prova de amor que eu tenho nesse mundo, me promete... promete que se tiver que escolher vai escolher ele.

- Eu não... eu não... vou conseguir. — eu não tava conseguindo nem falar quanto mais prometer alguma coisa, ela segurou forte na minha mão bem na hora que outra contração veio.

- Por favor, promete que vai ser ele que vai escolher. Que você vai amar, vai cuidar e proteger ele de tudo. Tenta ao máximo falar de mim pra ele, diz que eu amava muito ele.

- Não faz isso comigo...

- Promete.

- Prometo. — disse e dei um beijo na testa dela. — Apesar de ter certeza que eu não vou precisar fazer nada disso, eu prometo.

- Eu te amo, twin.

- Eu te amo muito mais, twin.

Alisei o rosto dela e eu não conseguia parar de chorar, nem por um segundo. A enfermeira veio com a médica pra poder fazer o negócio lá de toque e a Mari ainda tava com 4 centímetros de dilatação e só sobe pra sala de parto quando tá com 10. Depois que a médica saiu, a Mari pediu pra eu chamar o Bê.

- Vou só em casa trocar de roupa e eu volto pra cá na mesma hora tá. Eu amo você.

- Amo mais.

Sai da sala e eu tava simplesmente morrendo de chorar, fiquei agarrada com a minha mãe que tava chorando também. Parece que a ficha caiu pra todo mundo, sabe? Meu pai me falava umas coisas mas eu não queria ouvir nada ou ninguém. Quando o Bernardo saiu da sala, a gente foi pra casa, porque a gente tava com roupa de festa e não dava pra ficar no hospital assim, levamos primeiro a Rê pra casa dela e depois o Bernardo foi comigo pra minha, tomei um banho pra lavar até a alma, depois o Bê foi tomar o dele. Vesti uma calça legging, coloquei um moletom da Supreme e calcei meu chinelo da adidas, quando o Bernardo se arrumou ele se vestiu parecido também, parece até que a gente tinha combinado as roupas.

- Ei, tira essa carinha. Vai dá tudo certo.

- É minha irmã lá, amor... eu não consigo, minha irmã e meu sobrinho.

- Eu sei, eu sei. Ela é forte e o Gui também. — Bernardo ficou abraçado comigo o maior tempão e me encheu de selinhos, a gente pegou alguns documentos e fomos pro hospital de novo. Já era umas 03:30, assim que a gente chegou la meus pais vieram pra casa pra descansar um pouco.

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora