Capítulo 2

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- teu irmão não é o bernardo? – ele assentiu com a feição de preocupado novamente – então, bora lá pegar ele.

– a gente voltou lá pra onde tava o pessoal e eu não sabia se eu ria ou se eu ficava com pena, bernardo já tava em pé em cima de um dos pufs de decoração da festa, sem camisa... enquanto passava a camisa pelas pernas.

- maluco – ele riu – o que foi que deram pro meu irmão? Isso precisa ser filmado. – tirou o celular do bolso e começou a fazer alguma coisa lá, enquanto eu fui salvar o bernardo.

- porra André, eu disse pra não zoar o menino – falei tentando segurar o braço dele – bernardo desce dai garoto, ta todo mundo olhando... anda bernardo – nada dele descer e em uma das tentativas de tirar ele de la, ele quem me puxou, me agarrando pela cintura e tentando dançar comigo. – bernardo, vamo descer vai. ta todo mundo olhando.

- não não não... eu to feliz valentina, ta vendo? faz muito tempo que eu não era.

- você não ta feliz bernardo – disse olhando pros olhos dele e ele era realmente a coisa mais fofa do mundo

– você só ta bêbado. – ele sorriu de canto de boca e me deu um beijo estalado na bochecha e outro no pescoço.

- bora. – todo sem jeito ele desceu do puf e o Matheus veio caminhando até a gente.

– fala meu maninho, fiz o que tu mandou eu fazer, que se foda aquela filha da puta. – Matheus riu

- bora é pra casa que tu ta doidão e o pai vai falar pra caralho no meu ouvido. – Bernardo resmungou, resmungou e convenceu o Matheus de ficar mais um pouquinho.

Quando deu umas 04h da manhã eu decidi ir embora, tinha trabalhado pra caralho tanto na preparação quanto na decoração da festa e ta muito errado quem acha que promotora não se cansa. Dei tchau pros meninos e no meio do caminho achei os dois irmãozinhos gostosos.

- já ta indo embora? – o Matheus perguntou, fiz que sim com a cabeça.

- boa sorte ai com a princesa.

- pô, tu não quer uma carona não? a gente mora ali na barra mas eu te levo.

- também moro pro lado de la, vou aceitar sim que carona não se nega. – ele riu e eu ajudei ele a levar o Bernardo até o carro e jogar no banco de trás. Matheus era muito legal, a gente foi o caminho todo conversando sobre vários assuntos que eu só percebi que já tava perto de casa quando eu comecei a dar as instruções pra ele chegar até lá. Me despedi dele e entrei em casa, com a graça de Deus não tinha ninguém acordado então eu iria ficar sossegada. Tomei um banho rápido, coloquei um blusão, liguei o ar e capotei.

BERNARDO.
- Bora cambada de vagabundo, acorda e vamo pra praia. – acordei com um martelo enfiado na minha cabeça e batendo sem parar e ainda tinha que ouvir a gritaria do meu pai.

– bonito né, os dois dormindo no sofá da sala porque não conseguiram ir nem até o quarto. – Matheus já tava acordado e sentado, eu só consegui mesmo abrir meu olho.

- Po pai, colabora ai. Fala baixo. – Eu reclamei jogando uma almofada dele.

- EU TÔ FALANDO BAIXO. – Ele dizia rindo e terminando de comer a maçã

– Vocês dois ein, do Matheus eu sempre espero essas coisas, agora tu, Bernardo?

- Ih... lá vai, a ovelha negra ta se retirando. – Ele saiu, com a blusa no ombro e subiu pro quarto.

- Primeira e ultima vez velhote. – Eu disse finalmente me levantando. –
- Quero só ver ein.. bom, vocês dois que se virem porque eu não vou perder as melhores ondas do dia porque as duas princesas tão de ressaca. – Ele pegou a prancha e calcou a chinela

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora